INTRODUÇÃO
Nosso enredo
está dividido em seis partes, cada uma dedicada a uma faceta da cidade
que vamos homenagear. As seis partes que compõe o enredo receberam
alguns dos nomes pelos quais a cidade de São Luis é conhecida.
CIDADE DO
REI DA FRANÇA
Aqui
contamos a história da fundação de São Luis em 1612. É a única capital
brasileira que foi fundada por franceses. Daniel de La Touche e François
de Rasilly. Recebeu o nome de São Luis em homenagem ao rei da França
Luis XIII. Depois foi tomada pelos portugueses em 1.615 na batalha de
Guaxenduba e tornou-se sede da Capitânia do Maranhão. Em 1.641 é
invadida e tomada pelos holandeses, que a perderiam para os portugueses
novamente, em 1.644, sob o comando do Capitão Antonio Teixeira de Melo.
CIDADE
DOS AZULEJOS
São Luis é
um festival permanente de azulejos que cobrem as fachadas dos velhos
casarões, desde o chão até o teto, para nos oferecer hoje um dos maiores
conjuntos de arquitetura civil barroca. As sacadas são de ferro,
românticas, misteriosas, não raro artisticamente rendilhadas. As vezes,
percorre-se ruas inteiras com casarões de azulejos coloridos, numa
policromia de amarelo, vermelho, verde e azul. O azulejo é imposição do
próprio clima. Os portugueses perceberam que na costa marítima qualquer
tinta não tem a duração que dela se pode esperar em outros locais. É
como se tivéssemos jogando dinheiro fora, pintando casas de 6 em 6
meses.
CIDADE
DAS LENDAS E ASSOMBRAÇÕES
São Luis tem
muitas histórias e a mais interessantes delas é a de Ana Jansen, figura
lendária que no século passado teve poderosa influência na vida pública
e política da cidade.
Tinha o
monopólio da exploração dos poços de água de São Luis e quando ficava
sabendo que alguém abrira seu próprio poço, mandava matar um escravo seu
e atirá-lo nesse poço para contaminar a água. Dizem que, certa vez
colocou vários escravos agachados para que, pisando neles, pudesse
atravessar, sem molhar os pés, um pequeno rio. O comendador Antonio
Meireles após uma briga com Ana Jansen, para se vingar, mandou fazer na
Inglaterra um milheiro de penicos com o retrato da inimiga no fundo. O
povo de São Luis diz que até hoje à noite, Ana Jansen sai do seu túmulo
e percorre as ruas da cidade em uma carruagem dirigida por um esqueleto
e puxada por cavalos sem cabeça. Outra história corrente em São Luis diz
que embaixo da cidade, escondida em seus diversos subterrâneos, está uma
serpente gigante e que no dia em que a cabeça da serpente encontrar-se
com seu rabo a cidade será destruída. Essas e muitas outras histórias
fazem de São Luis a cidade das lendas.
CIDADE
DOS POETAS
São Luis
ficou conhecida como a "Atenas Brasileira", pela quantidade de poetas e
intelectuais que lá nasceram ou habitaram. Catulo da Paixão Cearense,
Artur de Azevedo, Graça Aranha, Manuel Odorico Mendes e Francisco Sotero
são alguns exemplos. O mais famoso deles foi Gonçalves Dias sempre
angustiado por sua condição de mestiço numa sociedade preconceituosa
como a maranhense, que chegou a impedir seu casamento com Ana Amélia.
Outro nome de destaque na literatura brasileira, também nascido em São
Luis foi Aluízio de Azevedo autor de "O Cortiço".
Segundo os
maranhenses Catulo da Paixão Cearense jamais teria feito "Luar do
Sertão" se não tivesse nascido em São Luis, dado a beleza do luar da
cidade. Também são filhos de São Luis os nossos artistas contemporâneos
Joãosinho Trinta e Alcione.
CIDADE DO
FOLCLORE
São Luis
teve a sorte de conservar bem nítidas as influências negras, indígenas e
européias, cujas culturas se juntaram para apresentar um dos folclores
mais ricos do país. Lá estão: Bumba Meu Boi, Festa de Reis, Fofões,
Dança do Coco, Quadrilha e Casamento da Roça, Tambor de Mina, Tambor de
Caroço, Dança de São Gonçalo, Bambuê de Caixa, Festa do Divino e Tambor
de Crioula.
CIDADE DO
REGGAE
"Jamaica
Brasileira", como é conhecida atualmente São Luis, graças a popularidade
que o reggae, ritmo jamaicano, tem junto ao povo da cidade. A cidade
sintoniza com tanta facilidade as rádios da Jamaica que adotou o reggae
como sua música popular. O reggae é presença obrigatória na programação
das rádios FMs locais. Em quase todas as praias e bares da cidade
existem as "radiolas", a versão maranhense fixa no chão, dos
ensurdecedores trios elétricos baianos, que tocam sem parar reggaes de
autores jamaicanos e também de compositores de São Luis.
Para saber
se o reggae é bom, há um teste: ao se passar perto da radiola, o
colarinho da camisa tem que tremer.
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