Antes somente conhecíamos a versão
portuguesa da História do Brasil, após a década de 60 isso muda, estudos
e pesquisas arqueológicas revelem a verdadeira história.
Descobertos para o mundo em 1.500, já
éramos habitados entretanto 50.000 anos antes.
Com um modo de vida diferente dos seus
descobridores, esses seres eram nômades (mudavam constantemente de lugar
em busca de alimentos), viviam da caça, pesca, agricultura e coleta de
frutos; construíam canoas, cabanas, flechas; faziam a tapiragem (mudança
das cores das penas), pintura corporal, arte plumária, em pedra, madeira
e cerâmica, redes, cestos e esteiras; conheciam geometria, músicas,
danças, teatro e astronomia. O seu modo de vida era caracterizado pelo
completo equilíbrio com a natureza.
Com a chegada dos portugueses, que se
julgavam os novos donos da terra, começa o processo de colonização.
Guerras contínuas eram travadas contra os indígenas com a finalidade de
escravizá-los, tendo os bandeirantes papel importante neste processo.
Descobriu-se entretanto que eram difíceis de serem subjugados, na grande
maioria preferiam a morte ou o isolamento dentro das matas à escravidão.
Paralelamente os jesuítas iniciavam o
processo de doutrinação das crianças e mulheres indígenas. As primeiras
eram retiradas de suas família e educadas em colégios pelos princípios
europeus. As mulheres eram cruzadas com soldados portugueses
inicialmente, depois com os negros africanos que substituíram os
indígenas no papel de escravos.
Deste último processo surge o mameluco, o
mestiço e o cafuzo, uma mistura de europeus, africanos e índios, esta
miscigenação se tornaria entretanto a base do povo brasileiro.
Como resultados deste processo de
colonização, hoje dos 5 milhões de indígenas que aqui viviam em 1.500,
restam apenas 250.000 espalhados em pequenos grupos por todo território
brasileiro.
Neste início de milênio, e aos 500 anos de
nosso descobrimento, a Escola de Samba Candeia do Cangaíba, vem
homenagear aqueles que constituem a essência do povo brasileiro, sem
dúvida os verdadeiros donos da terra.
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