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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. UNIDOS DE GUAIANASES - CARNAVAL 1995
Enredo: Uma Viagem aos Bares da Vida

O Grêmio Recreativo
Autor: Marcos Araújo de Andrade

 

Este enredo abordará um dos lugares mais freqüentados por todos, principalmente por sambistas, compositores e etc.

Simples, desconfortáveis e, em alguns casos, meio sujos. Mas nada disso importa quando o assunto é “Boteco”.

Botequim lugar tranqüilo onde as pessoas procuram em seu refúgio um momento de descanso e descontração, após um dia cansativo na batalha pela sobrevivência.

Além disto no botequim rola de tudo e principalmente aquele samba de mesa, batido na caixa de fósforo e na palma da mão tomando aquela cachaça ou uma cerveja bem gelada, que ele é a nossa segunda casa ninguém duvida. Afinal é no bar que (quase) tudo acontece.

As pessoas bebem, se distraem, muitas vezes falam mais do que deviam, negócios são fechados, romances começam e terminam.

Pensando nessas mil e uma maravilhas que um bar nos proporciona é que vamos fazer uma homenagem aos bares da vida e seus freqüentadores.

UMA VIAGEM AOS BARES DA VIDA

Começamos nossa viagem retornando ao passado, mais precisamente no ano de 1980, em lugar tradicional do Bairro de Guaianases mais conhecido como “Bar do Cabeção”.

Lugar este conhecido como reduto dos fundadores do G.R.C.E.S. Unidos de Guaianases.

Ali eles se encontravam para uma partida de bilhar, baralho e para rolar aquele pagode, uma roda de samba da melhor qualidade.

Mas além das pessoas da sociedade de Guaianases, passaram pelo bar ilustres pessoas do mundo esportivo que no auge de suas carreiras no futebol os jogadores Sócrates e Biro-Biro.

Por estas e outras que estamos homenageando este bar, que não poderia faltar em nosso enredo.

Continuando, viajamos ao inverno da grande cidade, onde eles funcionam como verdadeiros refúgios onde além daquela cerva bem gelada e aquela cachaça da melhor qualidade, os botequins ainda servem vários tipos de tira-gostos e sanduíches de todos os tipos.

E o menu destes botequins todos conhecem, ovos cozidos,  pernil, peixe frito e etc.

A decoração a mais simples possível, com paredes de acrílico dividindo os ambientes e ainda tem as proteções dos santos geralmente iluminados como: São Jorge, Cosme e Damião e muitos outros e, no pequeno altar não faltam galhos de arruda, vasos de comigo-ninguém-pode e empoeiradas samambaias de plástico.

E apesar de toda esta simplicidade as pessoas que independente da sua classe social vão à procura destes refúgios para relaxarem e esquecer um pouco do sofrimento do dia-a-dia, batalhando pela sobrevivência.

E o botequim também faz parte da história do samba, grandes compositores tiveram seu momento de grande inspiração na mesa de um bar, criando obras de rara beleza da nossa M.P.B.

Grandes escolas surgiram num papo de botequim, como por exemplo o G.R.C.E.S. Unidos de Guaianases, que tem na sua raiz de fundação os freqüentadores dos bares da vida.

E quem nunca discutiu no botequim os problemas da nossa nação, todos com estratégias fantásticas para a salvação do país.

E quem nunca foi freqüentador fiel de um botequim que tem suas preferências artísticas, políticas, econômicas, gastronômicas e até sexuais. 

Acredito que talvez não exista uma instituição tão viva quanto o bar.

E nem o progresso consegue acabar com eles, pois “digo” porque o botequim nunca morre, pois sempre teremos um assunto para discutir na mesa tomando um chopp bem gelado, pois os assuntos estão presentes em nosso dia-a-dia.

Os assuntos preferidos, crise social, caos urbano, crise econômica, e por tudo isso o botequim sempre vai se manter vivo, pois as conversas na mesa de um bar sempre irão existir.

Quem nunca foi um técnico de futebol, um solitário, um cantor frustrado, um salvador da pátria, isto sem contar o pendurador de contas, o famoso eu pago amanhã.

Por essas e outras que sempre irão existir esses maravilhosos refúgios, alguns na sua maioria simples e outros mais sofisticados com a marca de servir para ser um lugar que em nossos momentos de alegria ou de tristeza, procuramos a mesa de um bar para comemorar ou afogar as mágoas.

Elegendo sempre à cada temporada o nosso preferido. 

Porque tudo pode acontecer num papo de botequim a cada gole uma surpresa a cada surpresa uma esperança de que tudo isto nunca vai acabar para alegria geral da nação.

É tudo isso que a nossa escola vai mostrar, com muita irreverência homenageando compositores e freqüentadores dos bares da vida, vamos contagiar a passarela, cantando o eterno renascer das suas canções.

 


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