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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.B. PARAÍSO DO SAMBA - CARNAVAL 2000
Enredo: Minas Gerais - Terra de Artes e Manhas

O Grêmio Recreativo
Autores: César Augusto e Charles Alexandre

 

Quando falamos do descobrimento do Brasil, não podemos deixar de ressaltar a importância de Minas Gerais. Dos muitos negros trazidos para o Brasil como escravos, pelo Império Português, alguns rebelaram-se e fugiram. Após andar vários dias acabaram por chegar a capitania de Minas Gerais.

Nessa região uniram-se aos índios das tribos dos Aimorés, Caiapós e dos Xavantes, adoradores do sol e da lua, que habitavam a região nesta época.

Desta união nasceu o Quilombo do Ambrósio, hoje terras de São Domingos do Araxá, que serviu de refúgio para muitos outros fugitivos. Foram esses negros e índios que começaram a achar as primeiras jazidas de ouro. Ao tomar conhecimento desta realidade, os portugueses aqui residentes, como a corte portuguesa, voltaram suas atenções para Minas Gerais, uma vez que os engenhos de cana-de-açúcar já não mais garantiam os lucros desejados. A partir daí, inicia-se então o período de expedições, conhecida como as Bandeiras, que tinham como objetivo explorar regiões do interior do Brasil, na busca de ouro e pedras preciosas.

No caminho dos Bandeirantes estava o Quilombo de Ambrósio, que foi destruído, e os negros e índios capturados, foram forçados a trabalhar na busca do ouro. Mais tarde em 1.726, surgiram as primeiras pedras preciosas, dentre elas diamantes e esmeraldas.

Muitas foram as insurreições contra o Império Português, em Minas Gerais não podemos esquecer a dos Inconfidentes liderados pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier "Tiradentes", que tinha como idéias a liberdade de conotação social e o fim das relações com Portugal. Essa época foi marcada também pela luta dos negros por liberdade e direitos iguais.

Vila Rica, hoje Ouro Preto, é a marca registrada da arte barroca, criada sobre a influência do séc. XVIII em Minas, Aleijadinho, mestre Valentim, e o saudoso Ataíde, suas maiores expressões artísticas.

Falar de Minas é lembrar de Chica da Silva, sua história reflete como nenhuma outra, o poder do contratante, e a importância das riquezas brasileiras para a coroa portuguesa, ela era uma pérola que queria ser um diamante, e falar de D. Beija, que diziam ter muito amor para dar.

O Eldorado brasileiro, Minas Gerais mistura de raças: branco, negro, índio, numa malandra miscigenação, terra de Maria Fumaça, do tempero bom que foi parar na Bahia e fez o baiano dizer uai.

Suas quadrilhas misturam o minueto e as polkas européias, com o lundu, a umbigada e o maculelê dos negros africanos. Muitos boêmios, cancioneiros e poetas, abandonaram o Rio e São Paulo, para ter o seu descanso e fazerem os seus saraus em Minas Gerais.

Minas terra do ouro e do diamante, onde tudo acaba numa boa fogueira, com muito bolo de fubá e canjica.

É para deixar esta cidade louca, com muita água na boca que o Paraíso vem aí trazendo para a passarela, abrindo o ano 2000 os caminhos para mais 500 anos desta nação tão esperançosa.

 


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