Falar em mitologia de um povo, ou de uma
nação é demonstração de interesse pelo estudo dos resíduos culturais dos
mesmos.
Fatos que atestam que, esse ou aquele povo
em épocas recuadas, já possuíam vestígios culturais, escolhemos então a
civilização Iorubá ou Nagô, ter deixado ao Brasil, uma cultura altamente
evoluída com um conjunto de mitos muito complexo. Sua mitologia teve
grande, influência na música, na dança, na educação e, até mesmo no
processo, de formação religiosa do Brasil.
Quando os escravos aportaram no Brasil,
através da Bahia, vieram com eles toda sabedoria e as ciências desses
cultos.
Ao desenvolver esse tema, a "Sai da
Frente" tem a intenção de mostrar na avenida, como povo vê essa cultura.
Espiritualmente rica em fé e, maravilhosamente cheia de Orixás, de
poderes divinos, os quais trazem tanta fé ao povo.
Não importante a nossa existência; O céu,
o mar e a terra, a proposta do nosso trabalho é mostrar uma visão alegre
e criativa da fé de um povo, aliada a sua cultura, sofridamente trazida
à nós com alegria, pelos nossos ancestrais.
Neste contexto de visão e criatividade é
que está a atração das nossas fantasias, enaltecendo as cores do nosso
pavilhão em harmonia com brilho e cores fascinantes, aliada ao som da
nossa bateria.
Aproveitamos agora, no decorrer do desfile
alguns orixás e entidades que fazem parte da cultura Iorubá ou Nagô.
Esses entes aqui mostrados, ultrapassaram o plano místico e integraram o
plano místico, demonstrando que não são simples mitos, passando a ser os
sustentáculos dos cultos afro brasileiros.
Ogun, foi o mais valente guerreiro Iorubá,
defensor da lei da ordem, filho do rei "Ododua", possuía a fama de ser
insaciável nas batalhas que combatia em defesa de seu povo. Na terra ou
no mar Ogum sempre venceu as batalhas.
Abre Ala Carro de Oxalá - Oxalá é Orixá
que simboliza a vida e a terra sendo a entidade do amor universal, vem
apresentando seus orixás menores.
Xangô, nas culturas africanas é filho da
deusa do mar e Orugam, um deus do ar, e o quarto rei legendário, do
poderoso império Iorubá, segundo as lendas, Xangô tinha o dom de soltar
fogo pelas narinas e, acidentalmente, através de seus talismãs atraiu
raios que destruirão seu abismo da terra, transformando-se em Orixá.
Oxosse é a divindade da caça, sua
cultuação entre os Iorubanos é importante, haja visto que sendo ele um
caçador, que percorre as matas está sempre em contato com divindade das
folhas medicinais, portanto Oxosse, pode fazer das matas folhas
curativas perante os Iorubanos ele é irmã de Ogum.
Okê, este Orixá cujo culto é desconhecido
no sul do Brasil, e cultuado na Bahia é o Orixá das rochas, em certos
casos é pedra personificada, alguns o consideram como o protetor do
tempo, o deus da agricultura.
Caboclo Pena Verde, grande chefe prepara
seus guerreiros com muita euforia ao som do tambor e ritmo da dança pede
proteção para a guerra ganhar.
Baianas, aqui representa queridas Pretas
Velhas, entidades feiticeiras e benzedeiras que mantém todo o poder
curativo através das orações e rezas, estão sempre ligadas aos mais
antigos conhecimentos de todos os Orixás e entidades de todas as nações.
Eres não são propriamente Orixás, mas sim
uma forma que os Iorubanos acharam para homenagear crianças gêmeas, já
que no antigo reino nasciam gêmeos em grande quantidade. Na realidade
existe uma falange de espíritos que se manifestam sob o comando de
"Cosme e Damião", espírito de luz.
Cigana, faz parte da linha branca e, não
estão ligadas a nenhum cultos, porém este povo de cultura milenar, traz
suas entidades a todas as nações, e participam de todos os cultos, as
Ciganas nada é desconhecido, pois podem ver através das cartas, da
leitura das mãos.
Nesta união contagiante, a nossa visão,
nos leva a beleza dos Orixás e entidades de maneira natural e criativa,
com a finalidade de proporcionar um desfile bem trabalhado, mostrando
assim toda a atração de nossas fantasias.
Nós da "Sai da Frente", esperamos ter
proporcionado, um desfile alegre e agradável a todos que nos deram sua
atenção.
Um grande axé, e até ano que vem...
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