A comissão julgadora e
ao distinto público a Sociedade Cachoeira Império do
Samba, também conhecida como Caxuxa Preta Véia, uma
escola de morro e de raiz. Apresenta respeitosamente
o seu tema enredo para o carnaval 1997; Kizomba a
Festa do Povo Negro.
MÃE ÁFRICA
Os guerreiros livres,
viviam caçando e pescando e plantando e vivendo em
paz, de repente surgem os traficantes de escravos
portugueses atacando as aldeias, seu objetivo é
fazer prisioneiros homens, mulheres, e crianças,
para serem vendidos como escravos no Brasil. Os
traficantes brasileiros usavam outra tática,
fermentavam lutas entre as tribos e ficavam com seus
navios ancorados no litoral e esperavam as tribos
vencedoras trazerem seus prisioneiros que eram
trocados por barris de cachaça, espingardas, facões,
panelas, vasos e bacias. O esquema funcionava bem
mais em 1.776. A população escrava no Brasil era
estimada em 3.500.000 negros.
As primeiras levas
chegaram na Bahia, os Malês em 1.526 e os Bantos no
Rio de Janeiro em 1.530 e parte deles foram levados
para São Paulo.
FORMAÇÃO DOS
KILOMBOS
Em 1.597 no Nordeste
em Alagoas na Serra da Barriga cem escravos fugidos
dos engenhos de açúcar sob a liderança de Zumbi e de
seu tio Ganga Zumba foi formado o Kilombo de
Palmares e mais conhecido do Brasil. No Sul o maior
Kilombo de Jabaquara estava localizado na Serra do
Mar hoje Serra do Kilombo sob a liderança de Zumbi
Quintino de Lacerda com cerce de 10.000 quilombolas
fugidos das fazendas de interior de São Paulo.
ATAQUES E LUTAS NOS
KILOMBOS
Em Alagoas sob o
comando do bandeirante Domingues Jorge Velho com
tropas do Exército Brasileiro após vários anos de
lutas e grandes derrotas, conseguiram tomar e
invadir, derrotando Zumbi dos Palmares e seus
Quilombolas. No Sul os ataques eram feitos pelos
Capitães do Mato e da Polícia Paulistana; quando o
Kilombo era atacado toda a família lutava, pois
sabiam que estavam defendendo suas casas, sabiam
também que não haveria prisioneiros e se fossem
derrotados seriam decapitados e suas cabeças
penduradas no portal do Kilombo para servir de
exemplo para a população negra.
CULTO AFRO
No Kilombo eles
adoravam seus deuses africanos; orixás e com
sincretismo católicos, assim era Ogum - São Jorge,
Iansã - Santa Bárbara, Oxalá - Jesus Cristo, a Yoca
sereia negra e Yemanjá seria branca, como Rainha do
Mar.
KIZOMBA, A FESTA DO
POVO NEGRO
Tanto na África, como
no Brasil era realizada a festa da colheita, que
durava um mês, tocavam e dançavam o batuque,
Capoeira, o jongo, a umbigada; bebiam bebidas
fermentada de cana, milho e de mandioca e comiam
carne de caça, peixe, mandioca, milho e as frutas
melancia, abacaxis, banana, laranja; nesta festa
Zumbi fazia a união dos casais jovens e ordenava
para eles fazerem amor nas capoeiras atrás das
bananeiras, o resultado depois de nove meses nasciam
um bando de nenês negrinhos que substituíam os
mortos nas batalhas. Era o renascer da vida no
Kilombo.