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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
S. CACHOEIRA IMPÉRIO DO SAMBA - CARNAVAL 1995
Enredo: As Histórias Que Vovó Contava. Cruz Credo Ave Maria!

O Grêmio Recreativo
Autor: Mestre Nézinho

 

LENDA FOLCLÓRICA DO MISTICISMO E DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA

Em nenhum momento pensamos em escrever este tema com intenção de assustar e amedrontar as crianças, mas sim divulgar a cultura brasileira.

Mágicos, fantasmas, bruxas, múmias, as histórias eram fantásticas e maléficas como o Bicho Papão, vovó contava que a cultura deste país e deste povo misturava tanto que nem sempre se podia sorrir com a certeza de uma dança, uma cantiga, uma festa era de origem portuguesa, indígena, negra ou qualquer dos povos citados.

No entanto no meio desta mistura podia distinguir alguma coisa ou fatos folclóricos de cada cultura.

OLHA O SACI PERERÊ

Uma das figuras mitológicas mais populares parece ser o Saci Pererê. Inúmeros escritores já contavam em seus livros, mas as características frequentemente variam.

Em constante folclore, principalmente nas regiões que foram povoadas pelos índios Tupi-guarani de cujo idioma nasce o nome e começa a fazer suas aparições!

Mas as histórias do fim dos séculos XVIII e a partir daí se deu no da cultura popular, na figura do Saci Pererê, funde-se caracteres do Curupira e do Caipora, como Curupira é o que gosta de fazer judiar dos mascates, ou vendedores viajantes, faz perder o rumo nas florestas, assovia e surra os cães. pede fumo para o seu cachimbo e toma as montarias, e seus assovios são estridentes, são motivos para o caçador se apavorar e perder o rumo.

Uma espécie de descendente dele é o Caipora, mais conhecido no Sul do Brasil, a descrição do Caipora varia muito.

A única constante é que vive nas matas, ora é um indiozinho, como o Curupira, só que com os pés normais, ora com uma perna só.

O Saci de uma perna só, sua ascendência é confusa, mas o seu nome deriva do Tupi Guarani - Caipora significa habitantes do mato.

Em algumas regiões do Brasil surge como um índio pequeno e forte com o corpo recoberto de pêlo e doido querer fumo.

Parando todos os viajantes para servir um pitada de fumo para mantê-lo contente, tem que estar com os cachimbos sempre acesos.

É assim mesmo como determina as regras, ele não persegue mulheres grávidas, nem sempre filhotes, sejam quais forem os animais.

Sexta-feira à noite de luar não se caça, nem dias santos ou mingos também são proibidos pelo Caipora.

A vovó contava que o Saci Pererê, era um negrinho de origem indígena e era de uma pena só e usava um capuz vermelho e trazia sempre um cachimbo na boca e se divertia fazendo travessuras e assustando os caçadores.

Caipora - É uma mulher, sua forma varia de regiões, e em outro é uma criança de cabeça muito grande e em outro é um gigante montado num porco do mato.

LENDAS DAS LENDAS

Riquíssima história de personagens fantástica que vovó mais gostava de contar, todas ou quase todas as noites ainda me lembro sentada em sua cadeira de preguiça ela dizia (para meus netinhos não fazerem mais xixi na cama).

Hoje a história é do Negrinho do Pastoreio, e então começava a relembrar os tempos que era uma época de ilusão, e do faz de conta vovó dizia se alguém perdesse um cabeça de gado do rebanho a recomenda era uma só - acenda uma vela para o Negrinho do Pastoreio, ele é afilhado de Nossa Senhora e ele acha tudo que se perde.

Esta velha história é de projeção cuja a área estendeu até a fronteira de São Paulo.

Era uma vez um menino escravo da fazenda de um rico estanceiro. A tarefa do moleque era cuidar dos cavalos do senhor, lavá-los ao pasto e recolher os rebanhos, um dia perdeu-se um cavalo baio. A noite inteira o Negrinho do Pastoreio perambulou pela fazenda procurando em vão pelo fugitivo. De volta cansado o menino foi violentamente castigado pelo senhor. Quase morto o menino foi colocado num formigueiro e não resistiu à tortura e morreu. Logo em seguida reapareceu de laços em punhos cavalgando um cavalo baio à frente de um rebanho, invisível só reconhecido pelo tropeiro. E até hoje corre pelo campo disposto sempre a ajudar o povo que acende velas para chamá-lo, para ajudar encontrar tudo que se perde.

Depois das histórias já cochilando a vovó e os netinhos ouviram mais um conto e mais uma noite que se passava.

E com muita saudade lembro dos versos do poeta, ai que saudade que tenho, da aurora de minha vida, daquela infância querida que os anos não voltam mais.

ASSOMBRAÇÕES

Vovó sempre contava que as assombrações que viviam nas misteriosas florestas como seres capazes de fazer façanhas iguais as dos mitos que conheciam na Europa e os mesmos entes que perturbavam o sono dos que descansavam nas florestas, e passavam a assombrar os que dormiam nas casas grandes.

Os mistérios das noites, entre todas as figuras criadas nas imaginações, são muitos na mitologia.

Como a própria múmia, a bruxa, a mula sem cabeça, etc. O lobisomem define-se pelas vilas e roças, é um homem que se transforma em lobo ou cão geralmente é um homem recoberto de pêlos de lobo que nas altas horas da noite de sexta-feira sai à procura de suas vítimas de quem bebe o sangue.

FIM

Eis um pouco dos ricos contos e lendas do misticismo e do folclore cultural brasileiro.

 


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