LENDA
FOLCLÓRICA DO MISTICISMO E DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA
Em nenhum
momento pensamos em escrever este tema com intenção de assustar e
amedrontar as crianças, mas sim divulgar a cultura brasileira.
Mágicos,
fantasmas, bruxas, múmias, as histórias eram fantásticas e maléficas
como o Bicho Papão, vovó contava que a cultura deste país e deste povo
misturava tanto que nem sempre se podia sorrir com a certeza de uma
dança, uma cantiga, uma festa era de origem portuguesa, indígena, negra
ou qualquer dos povos citados.
No entanto
no meio desta mistura podia distinguir alguma coisa ou fatos folclóricos
de cada cultura.
OLHA O
SACI PERERÊ
Uma das
figuras mitológicas mais populares parece ser o Saci Pererê. Inúmeros
escritores já contavam em seus livros, mas as características
frequentemente variam.
Em constante
folclore, principalmente nas regiões que foram povoadas pelos índios
Tupi-guarani de cujo idioma nasce o nome e começa a fazer suas
aparições!
Mas as
histórias do fim dos séculos XVIII e a partir daí se deu no da cultura
popular, na figura do Saci Pererê, funde-se caracteres do Curupira e do
Caipora, como Curupira é o que gosta de fazer judiar dos mascates, ou
vendedores viajantes, faz perder o rumo nas florestas, assovia e surra
os cães. pede fumo para o seu cachimbo e toma as montarias, e seus
assovios são estridentes, são motivos para o caçador se apavorar e
perder o rumo.
Uma espécie
de descendente dele é o Caipora, mais conhecido no Sul do Brasil, a
descrição do Caipora varia muito.
A única
constante é que vive nas matas, ora é um indiozinho, como o Curupira, só
que com os pés normais, ora com uma perna só.
O Saci de
uma perna só, sua ascendência é confusa, mas o seu nome deriva do Tupi
Guarani - Caipora significa habitantes do mato.
Em algumas
regiões do Brasil surge como um índio pequeno e forte com o corpo
recoberto de pêlo e doido querer fumo.
Parando
todos os viajantes para servir um pitada de fumo para mantê-lo contente,
tem que estar com os cachimbos sempre acesos.
É assim
mesmo como determina as regras, ele não persegue mulheres grávidas, nem
sempre filhotes, sejam quais forem os animais.
Sexta-feira
à noite de luar não se caça, nem dias santos ou mingos também são
proibidos pelo Caipora.
A vovó
contava que o Saci Pererê, era um negrinho de origem indígena e era de
uma pena só e usava um capuz vermelho e trazia sempre um cachimbo na
boca e se divertia fazendo travessuras e assustando os caçadores.
Caipora - É
uma mulher, sua forma varia de regiões, e em outro é uma criança de
cabeça muito grande e em outro é um gigante montado num porco do mato.
LENDAS
DAS LENDAS
Riquíssima
história de personagens fantástica que vovó mais gostava de contar,
todas ou quase todas as noites ainda me lembro sentada em sua cadeira de
preguiça ela dizia (para meus netinhos não fazerem mais xixi na cama).
Hoje a
história é do Negrinho do Pastoreio, e então começava a relembrar os
tempos que era uma época de ilusão, e do faz de conta vovó dizia se
alguém perdesse um cabeça de gado do rebanho a recomenda era uma só -
acenda uma vela para o Negrinho do Pastoreio, ele é afilhado de Nossa
Senhora e ele acha tudo que se perde.
Esta velha
história é de projeção cuja a área estendeu até a fronteira de São
Paulo.
Era uma vez
um menino escravo da fazenda de um rico estanceiro. A tarefa do moleque
era cuidar dos cavalos do senhor, lavá-los ao pasto e recolher os
rebanhos, um dia perdeu-se um cavalo baio. A noite inteira o Negrinho do
Pastoreio perambulou pela fazenda procurando em vão pelo fugitivo. De
volta cansado o menino foi violentamente castigado pelo senhor. Quase
morto o menino foi colocado num formigueiro e não resistiu à tortura e
morreu. Logo em seguida reapareceu de laços em punhos cavalgando um
cavalo baio à frente de um rebanho, invisível só reconhecido pelo
tropeiro. E até hoje corre pelo campo disposto sempre a ajudar o povo
que acende velas para chamá-lo, para ajudar encontrar tudo que se perde.
Depois das
histórias já cochilando a vovó e os netinhos ouviram mais um conto e
mais uma noite que se passava.
E com muita
saudade lembro dos versos do poeta, ai que saudade que tenho, da aurora
de minha vida, daquela infância querida que os anos não voltam mais.
ASSOMBRAÇÕES
Vovó sempre
contava que as assombrações que viviam nas misteriosas florestas como
seres capazes de fazer façanhas iguais as dos mitos que conheciam na
Europa e os mesmos entes que perturbavam o sono dos que descansavam nas
florestas, e passavam a assombrar os que dormiam nas casas grandes.
Os mistérios
das noites, entre todas as figuras criadas nas imaginações, são muitos
na mitologia.
Como a
própria múmia, a bruxa, a mula sem cabeça, etc. O lobisomem define-se
pelas vilas e roças, é um homem que se transforma em lobo ou cão
geralmente é um homem recoberto de pêlos de lobo que nas altas horas da
noite de sexta-feira sai à procura de suas vítimas de quem bebe o
sangue.
FIM
Eis um pouco
dos ricos contos e lendas do misticismo e do folclore cultural
brasileiro.
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