G.R.C. Blocos Unidos de Perus Valença Samba, encantado com o deslumbrante universo das estórias e lendas, desfila no carnaval com toda energia e folia carnavalesca, objetivando levar ao público através de alguns contos, a pureza e a beleza deste tema, numa tentativa de encaminhar nosso gosto pela cultura a este mundo de magia e de incrível imaginação e criatividade.

Uma das características das estórias e lendas são as presenças do lado do Bem e do Mal, que invariavelmente aparecem com o cunho de fantasia e mensagens para quem as procura conhecê-las.

São contadas com uma roupagem onde expressivamente surgem os Reis, Rainhas, Princesas, Fadas, Bruxas, Feitiçarias, Culturas Regionais, prevalecendo sempre o lado bom dos contos. É muito difícil encontrar uma pessoa que não tenha conhecimento de pelo menos uma lenda que seja.

O folclore brasileiro é constituído de muitos contos de muitas lendas. Fala de boitatá (língua de fogo que saem das caveiras dos bois mortos nos pastos); do saci-pererê, pretinho arteiro que vive assobiando e fazendo traquinagens trançando crinas de animais nas estradas em horas-mortas e outras "molecagens". Fala do lobisomem, uma metamorfose de lobo em Homem; Também de Iara a mãe d'água e da mula sem cabeça e muitos outros. Enfim, é de uma riqueza incalculável de cultura históricas e de lendas.

Deste encantador universo, o G.R.C. Bloco Unidos de Perus Valença Samba, optou por mandar para o desfile carnavalesco de 2001, alguns momentos especiais do Folclore, como se seguem:

Reis, Rainhas, Princesas, Fadas e Bruxas

Dessa grande cultura de estória e lendas, o G.R.C. Bloco Unidos de Perus Valença Samba leva num determinado momento as figuras dos Reis, Rainhas, Princesas, Fadas e Bruxas, representando todas aquelas constituídas com essas imagens, tais como por exemplo: Branca de Neve e os Sete Anões, a Bela Adormecida, onde o bem dos monarcas e o mal das feitiçarias, convivem numa luta fascinante, numa imaginação tão linda, que até mesmo a bruxa se materializou em fantasias carnavalescas entre os adeptos do carnaval, vestindo lindas mulheres, o que deveria ser uma reflexão para quem se interessa ou não pelas estórias e lendas.

Vitória Régia

Outro momento mágico do folclore brasileiro, é o da Vitória-Régia. Sua estória é contada, através de uma tribo de índios que viviam às margens de um grande rio. As cunhãs destas tribos, virgens sonhadoras, ficavam horas mirando o céu. As cunhãs acreditavam que se subissem num ponto bem alto e tocassem a lua e as estrelas, passariam a ser uma delas. Com este sonho, a mais sonhadora das cunhãs, neca-neca, subiu numa árvore muito alta para ver se pegava a lua. Não conseguindo ficou frustrada. A mesma desilusão ocorreu quando com suas companheiras, subiram numa delas não se realizou.

Neca-neca, noutra noite, desiludida, saiu de sua rede de embalo de deus sonhos, e chega às margens de um lago. E eis que vê na água do lago, a lua branca, ali refletida.

Era noite de lua cheia, muito contente e encantada, neca-neca, pensou que certamente, a lua estava ali atendendo seus pedidos para que pudesse apanhá-la. Lançando-se na água, a cunhã desaparece. Entretanto a lua apiedou-se de neca-neca e a transformou numa grande flor, a Vitória-Régia. Conta a estória ainda, que é por isso que a Vitória-Régia tem o mais odoroso dos perfumes.

Nas noites de lua cheia, as cunhãs que são Vitória-Régias, aparecem no meio da flor, que tem um brilho todo especial.

Boto Cor de Rosa

Uma das grandes paixões amazônicas de Jacques Cousteau, o boto cor de rosa também é um apaixonante momento do Bloco de Perus Valença.

O boto cor de rosa, segundo o seu conto estórico, é um peixe do Rio Amazonas, que quando transmutado em homem, é tido por incorrigível conquistador de mulheres.

Nenhuma mulher bonita escapa aos seus encantos. Muitas estórias são contadas a respeito do boto. Sua versão de metamorfose humana, consiste num caboclo alegre, forte e grande amigo de danças. Onde freqüenta está sempre de chapéu na cabeça, para esconder o orifício por onde respira.

Quando o boto assalta as canoas que tem mulheres grávidas. É considerado o pai de muitas crianças que nascem por aquelas regiões amazônicas, isto, crença real dos habitantes da região.

A diretoria do G.R.C. Bloco Unidos de Perus Valença Samba, quer saudar com estes momentos maravilhosos, famosos estoriadores como Jean de La Fontaine, expressivo destaque entre outros, no campo das lendas.