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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.B. UNIDOS DE PERUS VALENÇA SAMBA - CARNAVAL 1998
Enredo: Samba no Arraiá

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

Em junho temos o ponto alto do folclore nacional com as festas juninas.

A 13 de junho, festejamos Santo Antonio, o Santo Casamenteiro, aquele que, tradicionalmente, protege o amor e arranja um companheiro ideal para os que vivem sós.

A 24 de junho, festejamos São João, o Santo das mágicas, que adivinha o futuro através de uma série de sortes que os brasileiros herdaram dos portugueses.

A 29 de junho, festejamos São Pedro, chaveiro do céu e protetor dos pescadores. É bom que não seja esquecido apesar de ser o único da trilogia de junho.

Foram os portugueses que trouxeram as festas juninas para o Brasil e, de todas as festas católicas; essas eram as celebrações que mais agradavam os índios, que ficavam maravilhados vendo as aldeias cheias de fogueiras no meio da noite.

Nessa festa, que atualmente são promovidas pelas famílias, casa paroquiais e escola, solta-se balões, fogos de artifícios e bombinhas, com danças típicas com guloseimas como pipoca, paçoca, curau, pamonha, canjica, milho assado e cozido, batata doce, cocada e etc...

No terreiro onde são realizadas as festas, são erguidos mastros e é feita uma grande fogueira e os convidados dançam no centro do arraiá formando a quadrilha, vestidos com roupas remendadas se transformando num tradicional caipira, sanfoneiros e violeiros tocam, cantam diversas músicas sertanejas. Nessa época do ano aparece de tudo, até gente vestida de padre e casal de noivos para homenagear Santo Antônio, o Santo casamenteiro.

 bebida típica da festa é o quentão feito com cachaça, gengibre, cravo e canela, principalmente no sul onde é tempo de inverno, o quentão é preparado com água ardente, açúcar, canela, cravo, limão e gengibre. O engremento da agricultura uva é o aperfeiçoamento da técnica vinícola introduziram, nos últimos tempos, ainda no sul, o hábito de tomar vinho quente também preparado com canela, cravo, açúcar e limão ou laranja.

Diz o povo antigo que na noite de São João quem pular 3 vezes a fogueira e fizer o pedido alcança. Pois, vendo o povo antigo da Europa que costumava comemorar a chegada do verão dançando ao redor de uma enorme fogueira, e saltando sobre suas brasas, para elas, a chegada do verão era muito importante, pois, nessa época se fazia a colheita do que havia sido plantado.

Mas, porque a fogueira?

Por que acreditava-se que o fogo representava proteção contra a peste, a falta de chuva e aridez da terra.

Ao redor da fogueira eram feitos muitos pedidos, colheitas, casamentos, fartura e muita chuva. A tradição das festas juninas nos veio da Europa, particularmente de Portugal mas, sem dúvida, adquiriram um caráter inteiramente brasileiro ao se mudarem para cá.

Como vocês podem ver, o significado atual dessa festa está bastante diferente do motivo original, até mesmo, aos dias comemorativos estão meio esquecidos.

Atualmente, o que mais importa nos novos tempos são as festas que tem vários nomes, Festa Junina, Quermesse, etc... os jovens não participam mais da originalidade das festas e sim, apreciam outros tipos de músicas e degustam outros tipos de bebidas.

Os enfeites de bandeirinhas coloridas, balões, correios elegantes, o famoso pau de sebo, outros, não mais encantam os jovens para uma verdadeira festa típica junina que não encorajam à vestir roupas remendadas.

A tradição da festa junina é vista ainda, em algumas escolas e casa paroquiais, apenas nas datas comemorativas.

Mês de junho, lá na roça é tão cheio de alegria? a moçada se diverte há festança todo dià, as muié faz os quitutes, os home faz a fogueira e a moçada faz um montão de brincadeira. "Zeca pega o foli e veim festeja, sem chuva depois de uma noite linda, o sol começou a brilhar".

Tem reza pra Santo Antônio, São João, São Pedro; todos faiz promessa pra te muita animação.

A fogueira vai queimando que dá gosto de vê.

As estrela ainda pra nasce; tá todo mundo esperando otro dia...

E a festança continua o arrasta-pé, dança home com home, e muié com otra muié.

Atenção! o noivo dança com a noiva, o pai da noiva puxa os home e a mãe da noiva as muié... caminho da roça... cada um com seu par... agora quem não tiver dama pode dançar com o vigário.

Olha a ciranda, roda-roda as dama por dentro, cavalheiro por fora e sobre tudo e sobre todos, sobre os balões, as fogueiras, as novenas, as trezenas, os festejos, sobre o licor do jenipapo e sobre as rezas ingênuas e os noivos entrevistos nas águas paradas nas bacias sobre os Santos de Junho, rola a colheita do milho que cresce no campo próximo.

Junho é o mês do milho e da laranja da Bahia, sumarentas, os enormes umbigos. Quanto maior o umbigo é mais fina a casca, melhor a laranja, diz o povo.

E o Valença vem mostrar como se faz o arraiá no samba, no carnaval.

 


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