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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
S.R.C.E.S. IRACEMA MEU GRANDE AMOR - CARNAVAL 2003
Enredo: Inezita Barroso, Viola Minha Viola

O Grêmio Recreativo
Autor: 

 

PREFÁCIO

Inezita Barroso nasceu em um domingo de Carnaval, 04 de março na Rua Lopes de Oliveira, na Barra Funda. Na porta passava o Cordão Camisa Verde (hoje Escola de Samba). A música foi o primeiro som que ouviu e como se diz, não poderia dexiar jamais de amá-la. É mulher do Ano do São Paulo Woman's Club, foi eleita porque representa a mulher valorrosa, lutadora e como personalidade de destaque no ambito do folclore e música regional brasileira.

Cresceu ouvindo violas, catiras, vendo café e gado; passando suas férias nas fazendas da família.

Com cinco anos Inezita já se apresentava com o repertório completo de Carlos Gardel; O mais velho achava impróprio, e os mais jovens aplaudiam e ensinavam mais.

Sua tia e madrinha estudavam violão por música, e foi escondida atrás de um sofá que começou a tocar de tudo o que ela ouvia e aprendia. Percebendo o quanto ela era dotada, resolveram então matriculá-la no curso da Profª Mary Buarque, recén chegada dos Estados Unidos: violão, canto, declamação e boas maneiras!

De seu pai, com importante cargo na Estrada de Ferro de Sorocaba, Inezita herdou o gosto pelas viagens, pelos lados mais expressivos, das peculiaridades regionais que os trilhos indiscretos revelavam. Aprendeu paisagens que se sucediam por janelas que nunca param... (Desse pai Inezita ganhou no aniversário a presença mais ilustre de Raul Torres colega de Sorocaba), com quem aprendeu importantíssimas melodias, e até o antológico "rasqueado", maneira de tocar nas cordas do violão como ninguém o fizera tão bem.

A Sorocabana possuía então uma estação de rádio com rede de transmissão interna. Pois nesse tempo, ainda muito pequena, nossa Inezita já se apresentava ao lado, nada menos do que de Raul Torres.

O LADO MATERNO, PAULISTA QUATROCENTÃO

Família de muitos filhos, o que propiciou a inezita uma infância de passar as férias nas fazendas dos tios, andar a cavalo, conhecer restos de senzalas e conviver com os caboclos das colônias, nos tempos em que, sem outras influências que não a força da própria raça, se ouvia a viola, violão e cantorias.

Por isso que a gente entende como cabe tanto conhecimento em uma só pessoa. É preciso aqui mencionar que junto de toda essa riqueza de influências espontÂneas, o lado formal de sua educação foi igualmente bem cuidado. Formou-se bibliotecária, conhecimentos que até hoje norteiam seu valoríssimo acervo. Dos diversos cursos de teoria musical, técnicas de interpretação e outros, resultaram sua carreira de Professora  e concertista de piano e violão. Afinal, falar de Inezita Barroso é falar de música.

Cantou, desde que se conhece por gente, em todas as festas, formaturas, missas, serestas, concertos, recitais e datas representativas.

Até que já casada, em Recife, numa viagem de recreio, foi lançada para um recital no teatro Santa Izabel. Era Outubro de 51.

Dali. Já saiu compromissada com a Rádio Clube de Recife a quem curiosamente devemos a profissionalização de Inezita Barroso, (sobrenome do marido. Falando de rádio, vem desde então atuando por todos os cantos do país. Rádio Nacional do Rio, Nacional de São Paulo, Rádio Jornal do Comércio de Recife, Rádio Carve de Montevidéo, Rádio Tupi do Rio de Janeiro, Rádio Record de São Paulo e muitas outras emissoras de quase todo o Brasil.

Enquanto isso na televisão, já gavia protagonizado programas ao vivo na TV.

Há também um sem número de significativas lembranças que só a ela conseguiram tocá-la (um guiso de cascavel para dar sonoridade à viola, uma imagem de São Gonçalo Violeiro de 300 Anos, uma Bandeira do Divino, uma viola de cocho...) Cada qual desses documentos têm a sua referência viva no peculiar cotidiano dessa criatura tão única, tão simples e verdadeira.

- Apresentadora e cantora, no programa Viola Minha Viola, da TV Cultura de São Paulo.

- Apresentação, direção musical e parte folclórica da Estrela da Manhã, Programa da Rádio Cultura AM de São Paulo, que vai ao ar das 5:00 às 7:00 da manhã, todos os dias.

- Cursos de Folclore, ministrado para professores pela Secretaria de Educação de São Paulo.

- Palestras inúmeras, sempre sobre temas Brasileiros, sendo que só no ano de 1994 foram realizados mais de 20 eventos em Faculdades, Sesc, Sesi, Eletropaulo, dentre outras entidades de importância similar.

- Trabalhos de pesquisa folclórica, em especial pelo interior Paulista.

- Shows e Palestras por todos os cantos do País, inclusive pelo exterior, também.

Alguns de seus principais grandes Sucessos Musicais.

A Marvada Pinga, Rio de Lágrimas, Divíno Espírito Santo, Estatuto das Gafieiras, Funeral de um Rei Nagô, Viola Quebrada, Mineiro tá me Chamando, e tantos outros...

- Recitais em teatro com pesquisas próprias, direção e apresentação com a colaboração de grupos folclóricos.

- Muitos discos em sua carreira solo e, diversas participações com renomados artistas.

- Agendadado com vários Festivais de música Caipira e Folclore, no país e no exterior.

- Professora de Viola e Piano.

Que vida extraordinária desta incansável e privilegiada mulher, aí está a razão de ser a expressão máxima do Folclore e da música regional brasileira. Marca principal de sua vida ensinando, divulgando, cantando, com sua divina voz, a todos nós que a admiramos.

É o programa mais antigo da televisão de São Paulo, com tradição e boa música... Espaço para reencontro com artistas importantes e descobertas de novos talentos.

Misteriosamente, o Viola Minha Viola agrada todas as gerações, de tal sorte, que não raro avós, pais e netos pedem autográfos á Inezita onde quer que ela esteja (O que não a impede de andar livremente por São Paulo adorada). Tem virado moda pedir a opinião de Inezita sobre os mais variados assuntos e personalidades, artísticas ou não.

Estudantes e professores, jornalistas, antropólogos dos principais museus, professores universítarios, religiosos de variadas corresntes, alunos, todos querendo entrevistá-la.

Parece que as pessoas se deram conta de alguém tão coerente sem intransigência, tão simples nas questões mais controvertidas, tão firme sem ser dona da verdade, tem algo relevante a dizer.

Isto nos conduz a outra importante faceta de seu trabalho: Palestras e Cursos de Folclore para os mais diferentes auditórios. Crianças, idosos, jovens Universitários, religiosos, gerentes de bancos e executivos de Multinacionais, Cientistas em educação, psicólogos, professores, radialistas, liberatos, médicos, dentistas, biólogos.

Vejam e constatem que carreira maravilhosa: De total dedicação e amor à música e ao estudo de nossas raízes (folclore)

- Carreira profissional em discos.

- Docência Universítária. Há 13 anos, nas cadeiras de Folclore Brasileiro e História da Musica Popular Brasileira.

- Conservatório Musical de Pouso Alegre - MG.

- Universidade de Mogi das Cruzes.

- Faculdade Capital - SP

Cinema: sete filmes, inclusive, tendo sido laureada, com prêmio Saci, como melhor atriz do ano, pelo filme Mulher de Verdade, em 1954, com direção de Alberto Calvacante.

Prêmios nacionais e internacionais em todas as categorias em que atuou. Comendas, troféus, medalhas, menções-honrosas, placas comemorativas, diplomas de mérito, votos de louvor, são de frequência inimagináveis...

Tupi de São Paulo, assim como em várias outras televisões do Brasil como Rio, Tupi do Rio de Janeiro, TV Itapoá da Bahia, TV Jornal do Comércio de Recife, TV Farroupilha de Porto Alegre, no Pará, Amazons, Maranhão, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e por aí vai...

Com a TV Record de São Paulo, teve uma ligação maior. Participou da inauguração em 54 e lá ficou até 64, com programas exclusivos de uma hora semanal com direito a grande orquestra, cenários e trajes típicos para cada música, tudo ao vivo!

A discografia de Inezita Barroso dispensa qualquer elogio.

Recebeu o título de "Rainha do Folclore Brasileiro" aliás, a que ela faz jus em todos os dias da sua vida.

Além do seu mágico violão e da querida viola, fez-se acompanhar por orquestras regidas por Hervê Clodovil, Guerra Peixe, Gabriel Migliore, Ciro Pereira, Radamés Gnatalli e outros.

Cantou à capela com os Titulares do Ritmo e com corais como XI de Agosto.

Levou aos estúdios de gravação catireiros, violeiros, berranteiros, sanfoneiros, ritmistas, foliões de reis e grupos folclóricos do Amazonas aos Pampas, sempre respeitando de cada qual o seu lado mais popular.

Ressalta-se que nessa trajetória, há um magnífico trabalho sobre os hinos patrióticos, em que canta com a nossa Banda da Força Pública de São Paulo, de quem é Madrinha mais querida.

Aliás, madrinha, é considerada por inúmeras duplas sertanejas e caipiras que hoje fazem sucesso. São gratos à luta de Inezita pela nossa música raiz. É que estão bem lembrados nos anos 60, quando os ritmos Americanizados varriam o País, com pretensões de trocar nossa identidade.

Nessa hora houve uma moça Paulista que gravou "Clássicos da Música Caipira", em quatro discos da maior abrangência, fechando essa cadeia que se teimava em quebrar.

No cinema, em sua fase de ouro, Vera Cruz convoca Inezita para seis de suas ótimas produções, época de Ziembinsk, Adolfo Celi e todos os nomes que vieram a fazer cinema aqui com tecnologia Européia, para nossa norte.

Contudo, foi na Kino Filmes, dirigida por Alberto Cavalcanti em "Mulher de Verdade", que recebeu um prêmio Saci como melhor atriz de 1954".

Aliás, a tônica de seu programa Viola Minha Viola da TV Cultura de São Paulo que vai ao ar aos domingos.

 


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