Nos séculos XV e XVI, surgiram idéias que contestavam a
visão do mundo medieval. Homens e mulheres passaram a valorizar a
experiência e a observação, o estudo da natureza e da vida humana na
Terra. A vida cultural deixou de ser controlado pela Igreja Católica e sua
deturpada visão teocêntrica. Ela passou a ser influenciada por
estudiosos da Antigüidade greco-romana chamados de humanistas.
Esse grupo de artistas defendia que a cultura pagã, anterior ao
aparecimento do cristianismo, era mais rica e expressiva, pois
valorizava o indivíduo pelos seus feitos heróicos e sua capacidade de
dominar o mundo. Mais tarde, este movimento foi chamado de Renascimento
no qual prevalecia a visão antropocêntrica.
E, nesse momento, que o homem “sacode a poeira” da Idade das Trevas,
liberta-se do domínio dos senhores feudais e dos dogmas da Igreja e dá
a volta por cima”. Torna-se o centro das atenções, considerando-se a
mais perfeita das criaturas de Deus, segundo a Sua imagem e semelhança.
Ele toma consciência de que é capaz de realizar coisas maravilhosas
como: viagens de descobertas, invenções (bússola, luneta...),
pinturas, esculturas entre outros.
O homem, realmente, sente-se mais seguro de seus atos e, porque não
dizer, interagindo com Deus, faz-se criador, aventureiro, sonhador e
guardião da natureza. Mas, entre uma luta do bem contra o mal, eis que
surge a Divina Comédia de Dante Aliguieri, expressão brilhante desse
período de luminosidade. Por outro lado o povo português surpreende o
mundo com a arte de navegar. Então Luíz Vaz de Camões descreve a força
e a determinação desse povo heróico. Eis que surge o poema épico,
marco da literatura renascentista portuguesa, os Lusíadas.
Através da história do Renascimento o Grêmio Gaviões Torcida se
transporta para essa época de luz e faz com que os seus componentes
também dêem a volta por cima, fazendo um grande carnaval para alcançar,
dessa forma, a sua competência no mundo do samba paulistano: a volta
para o grupo especial!
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