A Escola de Samba União da Vila Albertina
vem contar na Avenida através deste enredo como começou o carnaval no
Brasil, como também, em forma resumida, as formas de algumas festas,
como o Entrudo, Os Bailes, o primeiro baile de salão, a história do Zé
Pereira, a Rua, o Cordão, o Cordão Bola Preta, o Corso e as primeiras
escolas até chegarmos nos dias de hoje.
Foi a partir da guerra do Paraguai que se
introduziu no Brasil o atual carnaval, antigamente era o Entrudo festa
de origem Européia.
A água, a farinha de trigo e o polvilho
faziam a alegria de todos fazendeiros e peões, brancos e negros.
O ENTRUDO
Foi um carnaval porco e brutal aquele com
qual festejamos Momo nos tempos da colônia e do império, assustando os
primeiros viajantes estrangeiros que aqui chegaram e, com toda razão,
julgaram selvagens os folguedos carnavalescos sem considerar que
estávamos apenas refletindo e repetindo hábitos de nossos colonizadores.
OS BAILES
Até 1887, a fisionomia do carnaval era
mais expansiva, mais popular. Todos os teatros davam bailes, as ruas e
praças decoravam-se com amplitude e profusão, carros de mascarados
percorriam as ruas e os mascarados isolados faziam rir pela
originalidades das idéias, destacando-se pelo espírito.
O PRIMEIRO BAILE DE SALÃO
Com o tempo o Entrudo foi proibido em
algumas cidade. Pretendia-se transformar a festa numa comemoração de
elite. No ano de 1840 o Rio de Janeiro assistia ao primeiro baile de
salão.
ZÉ PEREIRA
O Zé Pereira surgiu em 1846. Um grupo de
foliões de rua, com bumbos e tambores fazendo grande barulho depois das
22:00 hs de sábado. Depois surgiram os cordões. Começaram a se organizar
e a desfilar pelas ruas do Rio.
Cordões de rapazes, só moças ou de homens
e mulheres, a influência negra era visível. Negros fantasiados de
índios, tocando instrumentos primitivos.
A RUA
Nenhum ponto da cidade foi amado pelos
foliões como a Praça Onze de Junho. Impossível superar o samba
carnavalesco da Praça Onze, que segundo uns lhe serviu de berço.
O samba do morro é o herdeiro do batuque
negro primitivo angolas-congues e do escravo brasileiro do ciclo das
plantações e da mineração.
O CORDÃO
Eram grupos de mascarados, velhos,
palhaços, diabos, reis, rainhas, sargento, baianas, índio, morcegos,
mortes, etc...
Vinham conduzidos por um mestre a cujo
apito de comando obedeciam todos. O conjunto instrumental era de
percussão adufos, cuícas, reco-recos, etc. E assim atravessavam as ruas
nos dias e noites de carnaval.
O CORDÃO BOLA PRETA
O Cordão Bola Preta foi fundado em
31/12/18. Durante muitos anos o Cordão Bola Preta viveu dificuldades, em
1939, Chico Bricio assumindo o comando da sociedade, alugou um salão que
ficava em cima de uma fábrica de chocolate. Assim começou o
florescimento do Bola Preta.
O Cordão Bola Preta, segundo Bricio,
nasceu por causa de um pierrô branco com bola preta, que em 1918 surgiu
em plena glória brincando com um dos fundadores do Bola Preta, que era
chamado caveirinha.
O Cordão do Bola Preta, não mantém linha
com cordões do passado. Dá muitas festas, promove um grande carnaval,
mas nada tem haver com cordões que foram a vida e força de passados
carnavais.
O CORSO
O Corso ficou famoso em todo o Brasil. Um
enorme desfile de carros, alguns com capota de lona abaixada. Foliões
com serpentinas e confetes cantando e dançando. O corso carioca
percorria uma extensão de mais de dez quilômetros. Hoje desapareceu.
AS PRIMEIRAS ESCOLAS
A maior festa do carnaval carioca: as
escolas de samba. Descem o morro, cantam e dançam nas ruas. Os
sambas-enredo falam de personagens e acontecimentos da nossa história. A
primeira escola surgiu no Estácio, em 1928.
Compositores, instrumentistas e dançarinos
se juntam para desfilar, as mulheres, as pastoras fazem evoluções, na
academia estão o coro masculino e a bateria de instrumentos de
percussão. Entre as pastoras e os acadêmicos desfilam o baliza e a
porta-estandarte. O resto da escola se divide em pequenos grupos, as
alas.
CARNAVAL DE HOJE
Chama-se Escola de Samba, atualmente uma
associação popular. A origem das Escolas de Samba é o rancho
carnavalesco; o rancho carnavalesco originou-se do Rancho dos Reis.
A estação Primeira do Morro da Mangueira e
a Azul e Branco do Morro do Salgueiro assistiram do nascimento de
Escolas como Paz e Amor, Portela como tantas outras.
A primeira Escola de Samba foi no Estácio
de Sá, todas essas escolas, durante o carnaval costumavam "descer o
morro" a fim de realizar evoluções na Praça Onze, cantando samba
alusivos a acontecimentos nacionais ou locais, no domingo e na
terça-feira gorda.
Em 1978, Amaury Jório, apresentara ao
Prefeito, sugestão para a construção do que ele chamava "Sambódromo" e o
local era o mesmo, a Rua Marques de Sapucaí. Do traço mágico do
arquiteto Oscar Nyemayer nasceu a Passarela do Samba.
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