BANNER 468X60
::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. UNIDOS DE SÃO MIGUEL - CARNAVAL 2002
Enredo: Jorge Amado no Reino de Oxalá

O Grêmio Recreativo
Autor: Paulo Trindade

 

ANÁLOGO

A maior festa popular urbana do Brasil é sem dúvida os desfiles de Escolas de Samba, no sábado e domingo de carnaval, nas principais cidades do país, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.

Assim nós da Unidos de São Miguel sempre nos preocupamos em seguir a tradição, que o regulamento em São Paulo e Rio de Janeiro, em que os temas devem ser objetivamente nacionais, devendo relatar fatos e personagens históricos, mitos e lendas brasileiras, fatos que de alguma forma contribuíram para o engrandecimento desta terra.

Artistas, movimentos artísticos e lendas já tiveram a oportunidade de através da Unidos de São Miguel, despertarem na alma e no coração dos espectadores, o amor, orgulho e gratidão pelos momentos de prazer e enlevo que proporcionam.

Quanto a escolha de um tema, a Unidos de São Miguel usa de critério próprio, objetivamente a escolha do personagem, destacando-se o que é apresentado e o mérito a ser exaltado. Em "Jorge Amado no Reino de Oxalá" estes dois pontos foram de crucial importância, embora a idéia tivesse nascida no momento em que a Bahia e todo o Brasil estava por lamentar a perda do maior escritor baiano, toda imprensa do mundo relatava o fato. E assim concluímos que tal fato poderia resultar num desfile carnavalesco para podermos prestar a nossa homenagem a este grande homem que em uma das suas obras exaltou o carnaval dando o título o "País do Carnaval", e o fato seguiu-se.

Pelo que se verá nas páginas seguintes, com desenrolar do tema, o período que retrata o episódio "Jorge Amado no Reino de Oxalá" está dividido em etapas.

APRESENTAÇÃO

Quem são os Orixás: Eles foram criados por Deus para representar todos os seus domínios aqui na terra. Segundo a cultura religiosa afro-brasileira, Deus criou os Orixás e deu a cada um deles uma incumbência de domínio sobre o firmante, a terra, o mar, os rios e cachoeiras, montanhas, florestas, a chuva, os trovões e os raios, as folhas e os frutos.

Portanto, são qualificados como divindades da natureza e não como espíritos desencarnados que incorporam nos médiuns, uma vez que foram criados para ensinar aos primeiros homens da terra a sobreviverem e, tão logo cumprida a missão, voltariam para o espaço sagrado.

Os cultos realizados na Umbanda e no Candomblé, são uma forma de agradecimento e adoração direta a Deus e os Orixás que ensinaram em nossos primórdios tempos como resistir diante das vicissitudes deste mundo.

Os Anjos Guardiões: A natureza é composta por quatro elementos: água, terra, fogo e ar, regida pelos "Odus" (presságios), que estão ligados aos Orixás, estes podem ser definidos na versão africana como nossos anjos da guarda.

Todavia, diferente do catolicismo, o Candomblé defende que não temos apenas um anjo, mas três anjos da guarda que marcam de forma específica nossa origem e destino.

Para explicar melhor a função de cada um é preciso adentrar nos caminhos da psicologia e atentar aos caminhos que guiam cada anjo, mas isto é uma outra história.

Nós da Unidos de São Miguel nos preocupamos apenas com o nosso personagem que de acordo com a cultura religiosa afro-brasileira, tinha os seus anjos da guarda, que com certeza o conduzia para o espaço sagrado dos Orixás.

SINOPSE

PARTE I - OS ANJOS

No momento em que a Bahia chorava a perda de Jorge Amado, Oxalá ficou comovido com todos os pedidos do povo que vive na terra de todos os santos.

Nomeou uma comitiva de anjos para que conduzisse Jorge, o "Oju-Obá" do mundo dos mortais para o espaço sagrado.

PARTE II - RUFAM OS TAMBORES

Os candomblés da Bahia em respeito à Oju-Obá, "Ministros de Xangô" presta à homenagem dobrando todos os atabaques da Bahia ecoando um rufar de tambores digno de um Rei Negro.

PARTE III - AMADO NO CANTUÁ (GANTOIS)

Foi mãe menininha Gantois que deu-lhe o título de Oju-Obá, o Ministro de Xangô.

E lhe falou que a baianidade dele era melado pelo ouro do cacau, e que ele era uma mistura de pai-de-santo e pajé, sim um pajé que conta histórias bonitas a respeito do santo e do povo baiano, para a imensa taba global.

PARTE IV - O ARCO-ÍRIS

Oxumaré, divindade do arco-íris atendendo o pedido de Xangô, para que o mesmo estendesse o arco-íris, a ponte celestial do céu até a Bahia, terra de todos os santos, para que Oju-Obá fizesse a sua viagem até o castelo de Oxalá para receber o seu posto de direito, e assim foi feito e todos os Orixás se colocaram postados ao longo do arco-íris para reverenciá-lo.

PARTE V - O PAÍS DO CARNAVAL

Assim Jorge partiu para o espaço sagrado dos Orixás. Mas em um lampejo de lembrança o nosso Amado Jorge, que recorda algumas obras literárias que marcaram a taba global, uma destas foi "O País do Carnaval".

PARTE VI - CACAU

Foi outra obra literária que relatou a importância do cacau na Bahia que era chamado de fruto do ouro.

PARTE VII - JUBIABÁ

Outra obra que mostra a ligação de Jorge com os pais-de-santo da Bahia, Jubiabá foi um pai-de-santo que lutou contra o trabalho escravo nos cais do porto na Bahia ensinando o povo humilde, unir-se e lutar contra o trabalho escravo.

PARTE VIII - CAPITÃES DE AREIA

Outra obra que tinha finalidade social. Ele relatou o cenário de crianças sem família que viviam nas ruas, praias e cais do porto.

PARTE IX - TENDA DOS MILAGRES

Tenda dos milagres foi uma das muitas obras suas, que Jorge mais gostava porque ele abordava o tema que ele mais admirava e respeitava, a espiritualidade do povo baiano e o amor do negro para com o seu Orixá.

PARTE X - O CASTELO

Assim apagou suas lembranças e seu espírito se viu atravessando a ponte celestial que ligava os dois lados: a vida e o plano espiritual, e neste momento Jorge teve a sua mais linda visão, o momento que deparou-se com o castelo de Oxalá que refletia luzes e clara muita paz.

PARTE XI - ÁGUA DE CHEIRO

E neste momento, os tocadores soaram as suas trombetas e foi ouvido em todo o castelo que logo após cessar o som das trombetas vem um cortejo com lindas sacerdotisas todas vestidas de branco carregando vasos de água com flores e lavaram a escadaria do castelo, purificando assim o caminho para Oju-Obá, e foi neste momento que Jorge lembrou das baianas lavando a escadaria do Senhor do Bonfim.

PARTE XII - OXALÁ

Assim Jorge foi conduzido até a presença de Oxalá que o recebeu com todo o seu sacerdócio no salão principal com toda a honraria que deu a ele o direito de sentar-se ao lado de Xangô como Oju-Obá, tornando assim um dos doze ministros de Xangô, formando assim o ministério literário do castelo. E neste momento todos os seus encantos sobre a Unidos de São Miguel que hoje canta em homenagem a Jorge Amado.

 


HISTÓRIA ::..::DADOS ::..:: CARNAVAIS ::..:: HINO ::..:: CURIOSIDADES
 
 
 


:: SASP - SOCIEDADE DOS AMANTES DO SAMBA PAULISTA ::
WWW.CARNAVALPAULISTANO.COM.BR
SASP - UMA ENTIDADE COM DIFERENCIAL !!

Copyright ©2000-2024 | Todos os Direitos Reservados