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G.R.C.E.S. ACADÊMICOS DO IPIRANGA - CARNAVAL 1996
Enredo: Frutos do Ébano

O Grêmio Recreativo
Autor: Nunes

 

INTRODUÇÃO

A Escola de Samba Acadêmicos do Ipiranga, vem à passarela disputar a primazia da grandiosidade. Galgando passo a passo, a história do negro, do mulato, enfim, desta raça puramente brasileira, que muitas vezes ficou esquecida, mas hoje faz parte do universo brasileiro.

O ÉBANO

O ébano é uma árvore cuja madeira é de uma cor escura, quase negra, folhas verdejantes e dá frutos essenciais à sobrevivência dos povos de aldeias africanas.

Assim como o ébano, a mãe África nos deu seus filhos de pele escura, que fizeram seus costumes e tradições, no torrão brasileiro, em os frutos do ébano essenciais para a sobrevivência.

OS NEGROS NA BAHIA

Chegando os negros à Bahia com suas forças, crenças e magias, foram vendidos como escravos aos senhores de engenho para trabalharem no cativeiro.

Com a evolução do tempo, houve uma real transformação, e hoje o negro se destaca na sociedade.

O NEGRO NOS ESPORTES

O ébano nos deu o Rei Pelé, o rei do futebol e o atleta do século. Participou de vários jogos elevando o nome do Brasil, onde marcou mais de mil gols e levou-o ao tricampeonato mundial.

O NEGRO NA ARTE

O ébano nos deu frutos como Grande Otelo, Aleijadinho, Rui Barbosa, Castro Alves e José do Patrocínio. Se destacaram no teatro, TV, pintura, jornalismo e escultura, fazendo a magia da arte, as mais belas páginas da história.

O NEGRO NA ALIMENTAÇÃO

O ébano nos deu as iabás e as baianas que fazem os mais deliciosos pratos como acarajé, vatapá, cocada, a feijoada, que fazem parte da nossa culinária.

O NEGRO NA RELIGIÃO

O sincretismo religioso deu nova afeição aos orixás. Iansã foi sincretizada como Santa Bárbara para poder cultuá-las escondidos dos senhores. Ogum, Oxum e Iemanjá também foram relacionados a outros elementos.

Na religião também destacamos a Escrava Anastácia, que é o símbolo de uma raça que não se rende, e que foi amordaçada e recebeu um colar de ferro para não lutar pela liberdade de seu povo.

O NEGRO NA DANÇA

O ébano nos deu Gilberto Gil, Nilton Nascimento e Jorge Ben Jor que elevam a negritude fazendo com que a "música dos brancos seja negra", unindo África e o Brasil.

O negro nos trouxe o samba, a capoeira, a congada, etc, que são danças importantes para nossa cultura.

O NEGRO DE HOJE

Hoje a mãe África está sorrindo, está contente, pois a Escola de Samba Acadêmicos do Ipiranga vem lembrar os frutos do Ébano, os seus filhos que vieram para o Brasil, e lutaram e lutam por nossa nação, assim como o rei de Palmares, Zumbi, lutou pela nossa liberdade.

Hoje, é festa, é alegria, é carnaval, viva o ébano, viva o negro brasileiro.

 


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