Faz parte dos segredos, conhecermos na
vida, lugares iguais à este. Pois sugar a essência onde a beleza e a
natureza, o aroma e o paladar nos fazem bem, é ser privilegiado no mundo
mágico, onde as pessoas não morrem, ficam encantadas.
O NASCIMENTO
São Roque, originou-se da devoção de seu
fundador por este Santo que nasceu em 1295 na França e aos 20 anos,
abdicou de todos os seus bens para ajudar os mais necessitados durante
sua peregrinação.
Capitão Pedro Vaz de Barros, conhecido
como "Vaz Guassú" (O Grande), um nobre português, radicado na Aldeia de
Piratininga, em certa expedição afundou-se tanto sertão à dentro, que
veio dar ao alto da serra do Ibaté (o cume, o pico) de onde avistou toda
a natureza do Vale do Carambeí (Rio das Aves Que Voam Gritando), e
diante de um dos entremontes mais belos e majestosos que já conhecera,
tomou a decisão de plantar um Núcleo de Civilização no local no ano de
1657.
Trouxe sua família e agregados e, contando
com o trabalho escravo dos índios Guaianazes, nativos do local,
estabeleceu sua fazendo ao centro do Vale do Carambeí, entre os
Ribeirões Araçaí (Rio das Araçás) e Carambeí. Além da pecuária e da
agricultura, Pedro Vaz de Barros, foi o primeiro vinhateiro de São
Roque. Através de seus agregados e escravos, cultivou extensos vinhedos
e fabricou, o Primeiro Vinho de São Roque.
Tempos depois, Fernão Paes de Barros,
irmão do fundador, construiu próximo ao Rio Tietê, a casa grande e a
capela de Santo Antonio, um precioso conjunto arquitetônico (preservado
até os dias de hoje), que serviu durante longo período, como parada e
pousada das bandeiras, que desciam o Rio Tietê em busca de ouro e
esmeraldas. Estas duas construções foram consideradas a primeira casa
dos Bandeirantes no Estado de São Paulo.
Durante o primeiro século, o colonizador
europeu, impulsionou o crescimento de São Roque. Chegaram os imigrantes
italianos e portugueses, crescendo ainda mais a exploração do trabalho
escravo. Em 1872, chegava ao município a linha férrea, impulsionando o
crescimento da região. Em 1890, instalou-se em São Roque, a Brasital,
voltada para o ramo de tecelagem, trazendo consigo a mão de obra
italiana, formando uma colônia que até hoje é de expressão econômica e
social da cidade.
NO PROGRESSO DO AROMA AO PALADAR
A Vitivinicultura despontou no início do
século XX, desde então começaram a se destacar diversas variedades de
Uvas e Vinhos, como: licoroso, tinto seco, branco seco, suave e rosado.
A primeira Festa do Vinho foi realizada em
1942, mas o curioso é que a segunda fora realizada somente 10 anos mais
tarde, aí sim, se tornando um festejo anual, realizado pela última vez
em 1986.
São Roque, desde sua fundação, sempre
contou com uma grande atividade agrícola, em razão do seu clima
temperado e de seu solo rico em minérios para o cultivo da uva, do trigo
e alcachofra, entre outros.
Com a chegada do progresso, houve uma
valorização das terras, quando muitos vinicultores começaram a vender ou
lotear suas terras, fazendo com que os grandes e belos vinhedos
desaparecessem e, São Roque que há anos atrás possuía grande quantidade
de produtores de vinhos, reduziu-se ao máximo de vinte vinhateiros.
FÉ, FOLCLORE E DIVERSÃO
São Roque tem um grande potencial
turístico e durante o ano inteiro é visitada por milhares de pessoas,
que vão conhecer suas atividades culturais como, por exemplo, o folclore
e suas tradições
A entrada dos carros de lenha (realizado
no mês de agosto) é caracterizado por um desfile de enormes carroções
repletos de lenhas, puxados por bois. Esta tradição teve início há mais
de um século, na época a lenha era o mais importante combustível que
existia.
A romaria dos cavaleiros de São Jorge
(realizado no mês de abril) é um evento folclórico e religioso de
peregrinação rumo à Pirapora de Bom Jesus.
A corrida de aleluia, realizada a mais de
50 anos, conta com a presença de atletas de renome nacional.
A procissão do padroeiro (realizada no mês
de agosto) é organizada pela Igreja, onde milhares de devotos fazem o
caminhar pelas ruas sobre enormes tapetes ornamentais que cobrem trechos
do trajeto.
A Expofloral (evento realizado no mês de
outubro), localizado no recanto da cascata, local de privilegiada beleza
natural, tem como atração, além das flores, a alcachofra e os vinhos.
Esta combinação que é responsável pelo sucesso da mesma, pois reúne com
harmonia, cores, formas, perfumes e sabores.
Hoje, transformada em estância turística,
devido ao grande potencial, vem conquistando seu espaço, histórico,
artístico, ecológico e cultural, junto ao cenário nacional.
Em São Roque, também há muita diversão,
tendo como uma das principais atrações o Ski Mountain Park, onde é
possível esquiar em qualquer época do ano contemplando em seu circuito,
o belo teleférico de onde é possível avistar um imenso boneco de neve.
São Roque hoje, é com certeza, uma das
mais belas cidades do interior paulista, seu clima, sua beleza, e sua
hospitalidade, encantam todos que a visitam e nesta fonte de admiração e
alegria, será lembrada na maior festa popular do mundo, pois não é "Ela
Que Nasceu Bonita Por Natureza?"
Se você não a conhece, venha conhecer
São Roque está esperando por você!
Obs: "O termo usado Araçaí, é conhecido na
linguagem dos habitantes da época, Índios Guaianazes, no qual a
simplificação do homem branco tornou-se Aracai".
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