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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. PRIMEIRA DA ACLIMAÇÃO - CARNAVAL 1997
Enredo: Dinheiro na Mão é Vendaval, Só Não Faz Chover

O Grêmio Recreativo
Autores: Sérgio Raro e Cida Goulart

 

Diz uma lenda grega que a origem das fortunas viria de uma cornucópia, que morou no fundo do mar transformando-se em pérolas e quem as obtivesse seria afortunado por toda a vida.

Com a decadência do Império Romano, surge o feudalismo com seus castelos, em volta dos quais acontecia verdadeiro comércio com troca de produtos. Vale dizer que no início trocava-se mercadoria por mercadoria, depois metal (ouro, prata e bronze) por mercadoria. As feiras mais importantes eram em Flandres e Nice na França. A movimentação desses comerciantes pela Europa dá origem a várias outras feiras em locais de fácil acesso.

Na Grécia Antiga, Ásia Menor, pelos povos Licios e Lídios foram cunhados os primeiros papel moeda com nome de Denarius com o objetivo de facilitar as trocas comerciais.

O DINHEIRO E O BRASILEIRO

O brasileiro que tem dinheiro, estuda, compra, viaja e vira até doutor. Já o brasileiro que não o tem, labuta, labuta mas na maioria das vezes não alcança seu objetivo.

Alguns vêem na carreira de ator, cantor, atleta ou artista em geral para tentar obtê-lo. Outros enveredam pelo campo da política, artes ou profissional liberal.

Dinheiro também é poder e para consegui-lo algumas pessoas tentam de tudo: matam, corrompem, mentem, roubam, etc. Felizmente a grande maioria trabalha (por enquanto).

Com sua criatividade o brasileiro criou personagens e expressões curiosas associadas ao vil metal: primo rico primo pobre - mão de vaca - chupim - duro - aba do chapéu etc.

Há pessoas que no afã de consegui-lo se arriscam em jogos, cartas, bingo, roleta, dados e tantos outros, mas quase sempre em vão. Outros preferem a noite para consegui-lo: prostitutas, garçons, restaurantes, casas de shows e tantas outras.

Há os consumistas compulsivos que adoram os shoppings center. Ainda com o folclore do dinheiro é comum as pessoas usarem pé de coelho, arruda, figa de guiné, trevos da sorte e amuletos como o elefante em casa. Outros atiram moedas na água e até imaginam haver no final do arco-íris um pote repleto de ouro.

O homem vivendo em busca do dinheiro, esquece-se de sua maior riqueza: "A vida e a natureza" chegando ao ponto de destruí-los para obter lucro; e como diria Paulinho da Viola "irmão desconhece irmão".

Em meio a todos esses fatos fica uma pergunta:

O dinheiro é um meio ou uma finalidade?

 


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