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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. PROVA DE FOGO - CARNAVAL 2000
Enredo: Icamiabas

O Grêmio Recreativo
Autores: Jerônimo Guimarães e Bruno Domingos

 

INTRODUÇÃO

Pedro Álvares Cabral e os demais navegadores que desembarcaram na localidade hoje conhecida como Porto Seguro, estado da Bahia, em 1.500 não foram os primeiros seres humanos a pisar em terras brasileiras. Pesquisas realizadas nas últimas décadas revelam-nos que o imenso território que atualmente forma o Brasil já era habitado há dezenas de milhares de anos.

Quando chegaram à América, os europeus pensaram estar chegando às Índias Orientais. Por isso, deram a seus habitantes o nome de índio, denominação que permaneceu mesmo depois de percebido o engano.

A Amazônia foi o berço de culturas avançadas, e o lugar mais desenvolvido do Brasil. Na época de sua descoberta pelos europeus, ela pode ter chegado a reunir 7 milhões de habitantes. Descobertas arqueológicas dos últimos quinze anos mostra que a floresta Amazônica era ocupada por povos muito mais avançados que os índios atuais. Dentre os povos da floresta um merece destaque pela sua origem, crença, tipo de vida e coragem; as Amazonas Guerreiras, ou Icamiabas, como eram chamadas pelos índios.

HISTÓRICO

ORIGEM DAS GUERREIRAS

Este enredo é uma ressurreição de uma das velas histórias helênicas. As Amazonas, eram mulheres guerreiras, fabulosas cavaleiras, que viviam na Ilha de Creta, na Grécia Antiga. Adoradores do Deus Sol, que para melhor manusear o arco e flecha amputavam o seio direito. Em grandes artesãs com o barro.

Fortes e belas, ágeis e valentes, zelosas de sua independência, brancas com cabelos compridos e olhos claros; e tinham costumes extraordinários.

O mundo antigo conhecia sua valentia, subjugavam os homens em sua volta e só mantiam relações sexuais apenas uma vez por ano, somente para procriação. Se por acaso viesse a nascer uma criança do sexo masculino devolviam ao pai ou decapitavam.

Por sua fama guerreira foram incluídas num dos doze trabalhos de Hércules. Trabalhos, esses considerados impossíveis de ser praticados. Hércules teria de matar Hipólita, a rainha das Amazonas Gregas.

HABITAT NATURAL

Francisco D'Orellana, aventureiro espanhol companheiro de Pizarro, primeiro explorador do Amazonas, em 1541, encontrou nas margens do Rio Negro e do Rio Xingu as ferozes Amazonas brasileiras, também brancas de cabelos lisos e olhos claros. Ao chegar na Europa, Orellana narrou o seu encontro com as lindas guerreiras. E delas disse o padre Simão de Vasconcelos, autor da "Crônica da Companhia de Jesus no Estado do Brasil": "... há outra nação de mulheres monstruosas no modo de viver (são as que hoje chamamos Amazonas, semelhantes às da antiguidade, e de que tomou o nome do Rio), porque são mulheres guerreiras, que vivem por si sós; habitam grandes povoações de uma, província inteira, cultivando as terras, sustentando-se de seus próprios trabalhos, vivem entre grandes montanhas, adoram o Deus Sol. São mulheres de valor conhecido que sempre serão conservados sem consórcio ordinário de varões".

Karl Von Den Steinen, ficará maravilhado com a história das mulheres guerreiras, tanto que não temeu abalar a reputação de seu nome, disse: "Ainda quando nunca tivéssemos ouvido falar das Amazonas Gregas, eu acreditaria, sem hesitar, as Amazonas Brasileiras, cuja existência é a mais verossímil".

Orellana, tomou conhecimento dos hábitos das valentes guerreiras, através de índios Paracis, presos quando fora atacado na foz do Rio Janudá.

As Icamiabas, como eram chamadas pelos índios, viviam só entre mulheres, subjugavam as tribos indígenas que viviam sob sua proteção: Parecis, Parintintins e Munducurus.

O PURACÊ

Uma vez por ano, convidavam os vickings que também viviam na floresta para a festa da purificação.

A festa do puracê, começava no anoitecer, Lua Cheia e para dar coragem aos vickings, tinha: o cauim para beber ou o pó para paricar, só assim na hora do amor o medo iria desaparecer. Após o amor, as mulheres guerreiras banhavam-se no lago para purificar-se e retiravam do fundo do lago uma substância verde na qual esculpiam: um sapo, uma tartaruga ou um peixe, a esta escultura chamavam de Muiraquitã, quando a escultura estava seca presenteavam ao homem escolhido para o sexo, era um amuleto da sorte.

Se do amor nascesse menino, devolviam ao pai e se nascesse menina dava continuidade às Amazonas.

IMORTALIDADE

O amor do famoso Muyrakitã conta-nos: "Para mim, a tribo dos Vaupés é a célebre conhecida na história pelo das Amazonas, encontradas por Francisco Orellana. A tradição que existe entre Vaupés, hoje habitantes do Alto Rio Negro, de que de outrora habitaram as amazonas do Amazonas, que deixaram obrigadas por uma grande inundação, concorda com o  lugar que descobri na costa do Peru entre os Rios Yamundá e Trombetas, que denominei Tanarvera das Amazonas; por aí, segundo a história Orellana viu as Amazonas". E adiante conclui: "Se a história e a tradição na lhe falham, aí foi a aldeia das Amazonas, porque lá encontrei os Muyrakitãs e fragmentos da rocha de que são feitos". La Condamine, além de encontrar os amuletos; diz também que os silvícolas de Caiena lhe informaram que elas moravam ao redor das formidáveis quedas de Oiapock.

Hoje, não temos mais notícias das Valentes Guerreiras Amazonas, descendentes das antigas Amazonas gregas e herdeiras legais da ousadia, riqueza e força; porém ficamos felizes em saber que elas estão vivas através da força e do mistério da maior Floresta do Mundo e também do maior Rio.

Guerreira Floresta...

Floresta Mulher...

 


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