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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. SÓ VOU SE VOCÊ FOR - CARNAVAL 2019
Enredo: A Voz do gueto sou eu

O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

...É que o Zé põe a boca no mundo
E faz um discurso profundo
Ele que ver o bem da favela
Esta nascendo um novo líder... (1)

Em 2019 a Só Vou Se Você For se inspira na sua comunidade e na sua raiz para levar para avenida um enredo com a cara do povo, vamos retratar a comunidade, lugar de gente alegre, simples e humilde.

Nossa história é contada por quem faz parte do povo, um representante da comunidade que assim como muitos brasileiros chegaram de outros lugares do país e se estabeleceram na periferia e por aqui se apaixonou.

Embarque através da voz do gueto nas verdades, alegrias e sonhos de uma gente aguerrida que nunca deixa de sonhar, assim como povo da “Só Vou” que luta bravamente vinda do gueto de Taipas para brilhar no mundo sem medo de ser feliz!

Nas vielas de barro, dos caminhos estreitos de um lugar longe do marco zero da nossa cidade... 
Conto minha história e história da minha gente...

Vim de longe... Dos rincões do Brasil 
Somente com uma muda de roupa e carregado de Esperança, 

Vi gente de todos os tipos em um só lugar...
Fiquei feliz pela recepção, me senti em casa, era gente da gente.

Num turbilhão de pensamentos, me encontro no meio de tudo, no meio de todos...
Entre becos e vielas encontro meus sonhos e os sonhos dessa gente.
E sigo a caminhar...

Consegui e venci, virei líder de uma gente sofrida, guerreira que precisava que alguém olhasse por eles.
Por isso vou contar como é bom ser desse lugar e como dá pra ser feliz em nosso chão.

Chamaram meu lugar de favela, prefiro falar que aqui virou "meu Gueto".
Todos só colocam defeitos...
Eu coloco "tudo meu jeito", jeito simples e alegre de ser.

Aqui entre as casas coloridas e as outras de tijolo batido, moram famílias que sonham com dia melhor.
O cartão postal do meu paraíso tem cor e tem sorriso.

Nas ruas estreitas do gueto eu renovo a minha fé 
Nos terreiros da "quebrada", me prepara pro que der e vier... Axé
Tem capela e tem irmão...
Católico e crente em comunhão.

Tem gente trabalhando saindo e chegando...
O povo aqui é um verdadeiro artista, que faz do trabalho sua arte.
Gente que sai do gueto e se espalha de norte a sul da cidade.
Operários nessa imensa aquarela de sonhos, na busca de encher um “baú de felicidade”

Onde se encontram as tribos das mais variadas possíveis...
Do Rap do bom e ao som do “pancadão”
Ao pagode da nega, o samba de raiz, “Tamo Junto Quebrada” assim minha gente é feliz..

Tudo aqui vira atração, no final de semana rola um lazer em um brinde e uma aposta ao prazer.
Cerveja gelada, uma “fezinha” na loteria, jogo do bicho e aquela resenha...
Tudo vale em busca da alegria.

Também rola a bola no “areão” com batucada e alto astral...
O futebol por aqui move sonhos e vira atração...

Mas pra conquistar a felicidade e a paz foi preciso reivindicar, por a boca no mundo...
Nosso lugar tem que ter educação, ver gente do gueto se formando, se tornando cidadão...
Para no futuro o povo estar em boas mãos.

Aqui não é o paraíso, tem defeitos sim, aliás, o mundo todo já conhece não preciso aqui falar...
Preferi falar das coisas boas... Das maravilhas do meu lugar...

Como da minha escola de samba, onde a alegria se faz presente em um espaço democrático e popular.
Aqui a arte faz raiz, é semeado hoje entre os pequenos para ser colhido em um novo amanhã...
Pois carnaval é cultura, é a magia que encanta uma multidão!

Hoje exalto meu bairro, minha região, meu povo que não foge a luta...
Sou a voz do gueto, a voz de uma comunidade e sei que tenho muito mais coisas boas para falar...
Se o tempo deixasse ficaria ate de manhã pra dizer que na favela, no gueto...
A felicidade de um jeito ou de outro sempre estará!

Fui!...

Enredo livre de conteúdo histórico, usando palavras, rimas e dialetos populares para retratar de forma lúdica e simples a vida e o cotidiano do povo sofrido que vive nas periferias, sem citar algum bairro ou local especifico, uma singela homenagem à essa gente de bem que mora nos lugares mais esquecidos da grande mídia e o poder publico, narrado por um personagem fictício.

(1) Trecho da musica “Zé do Caroço” – Leci Brandão

 


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