“Somente é possível estar inteiro em uma experiência quando todos os sentidos estão ali reunidos. É preciso concentrar todas as percepções para ter uma imersão completa”.
Uma dessas experiências denomina-se “imaginação”. Qual a fase de nossas vidas onde a imaginação corre solta? Onde tudo tem cores, formas, sabores diferentes e inusitados? A infância!
A importância da imaginação, na fase infantil, está ligada à criatividade que a criança desenvolve durante todas as outras fases da vida. As crianças são criativas, inventam universos onde se transformam no que querem ser.
Através da imaginação, a criança tem um amigo imaginário, que é um personagem com o qual ela brinca e até briga, se transforma naquele “personagem” do qual criou uma imediata identificação e quer interpretá-lo.
O mundo infantil é repleto de encantamento e imaginação. Com as suas brincadeiras, a criança transforma a realidade e o mundo a sua volta, fazendo uso de brinquedos e objetos de acordo com seus pensamentos lúdicos e as suas necessidades de expressão.
A cada fase da vida, a imaginação evolui e é preciso incentivar as crianças para que sejam cada vez mais inventivas.
Quando brinca, joga, conversa sozinha, desenha, a criança está criando. Sua imaginação lhe permite sonhar de modo inimaginável e sem limites, trazendo o mundo real para a sua visão pessoal, recorrendo às fantasias presentes em sua mente, formadas desde o seu nascimento.
É através das brincadeiras que a criança expressa o seu mundo “imaginário” formando assim suas experiências e sentimentos. Uma simples brincadeira de polícia e ladrão pode representar a tentativa da criança de lidar com sua vontade de se apoderar de coisas que ela fantasia como proibidas pelo mundo adulto. O medo de uma figura imaginária amedrontadora, formada em sua mente pode ser enfrentado na brincadeira de heróis contra monstros e fantasmas.
O exercício pleno da imaginação e criatividade faz parte da vida infantil e é um elemento essencial para o desenvolvimento intelectual e emocional da criança. Ele favorece o fluir do pensamento criando um lugar de liberdade. Um lugar todo especial onde a criança pode ser autora de suas próprias criações, experimentando o prazer da liberdade de transformar o mundo e de ver refletido, em suas produções, algo de si mesma.
O que dá vida à criação é o mundo interno de desejos e sentimentos da criança, que passam por diversas fases, dos personagens que elas gostariam de ser nas histórias, dos personagens que elas têm medo, das comidas gostosas que elas querem comer o dia todo, das comidas que não têm um sabor gostoso, como a aversão a legumes e verduras pelo simples fator visual, mesmo sem nunca ter provado antes, a forma colorida que elas fazem do mundo à sua volta, um mundo construído cheio de particularidades.
Até os três anos, é a fase da experimentação, onde os objetos ganham vida e as crianças acreditam realmente nesta interação.
Na fase dos três aos cinco anos, as crianças passam a convidar os adultos a participarem das brincadeiras e as histórias ganham mais sentido.
Na fase dos seis aos oito anos, as histórias são lógicas e possuem uma finalidade; trazem temas como raiva, medo, amor e guerra e é também a fase que a criança acredita no herói.
Após os oito anos, já unem a imaginação vivida nas fases anteriores com aventuras reais e os amigos imaginários já se tornam reais.
É esse universo pessoal nos passeios pelos caminhos da vasta imaginação, recheada de heróis, vilões, brincadeiras, guloseimas, perigos e um inigualável gostinho de quero mais que a União da Vila Albertina vai poeticamente soltar a imaginação e vivenciar a liberdade infantil na avenida, trazendo de volta a criança que existe em todos nós.
Prévia da montagem do desfile:
OBS: Não é a montagem definitiva, são apenas pontos de ligação que já desenvolvi.
O que pode ser considerado como pontos principais:
Quem melhor para narrar a nossa história do que o Peter Pan?
Comissão de Frente =Peter Pan
Um pequeno rapaz que se recusa a crescer, mora numa ilha cercado de crianças e que passa a vida a ter aventuras mágicas, narra na avenida o desfile lúdico da união da Vila Albertina, mostrando para todo mundo o vasto universo infantil e até onde pode ir a imaginação de uma criança.
Abre Alas= Castelo de conto de fadas – Toda criança vive por um período num conto de fadas.
1° Casal = Soldadinho de Chumbo e a Bailarina
O primeiro casal vem representando a clássica história do Soldadinho de Chumbo e a Bailarina.
Bateria = Pequenos Príncipes
Pequeno Príncipe, Um eterno clássico da literatura infantil, o Pequeno Príncipe era um garoto que vivia em um distante e pequeno asteroide, até que ele decide visitar a terra, aprendendo muito sobre a vida e sobre os seus sentimentos. Um dos mais maduros e emocionantes livros para criança, escrito por Saint Exupéry.
(obs. Não precisa de costeiro nem de chapéu e é um personagem forte na cultura infantil universal, todos os jurados conhecem).
Baianas= Cantigas e brincadeiras de roda (toda infância até hoje vivencia a cantiga de roda tradicional, tipo atirei o pau no gato, etc.).
Alas:
Doce, doce, doce = chocolates que toda criança adora.
Não, não quero não= Legumes e verduras, que toda criança mesmo antes de comer já odeia, pode ser representada por gilós (fantasia fácil de fazer...)
OBS: Seria bacana uma ala de passistas... Tipo só 10 meninas vestidas de Sininho, fantasia fácil, um corte só de tecido e uma varinha de condão com estrelinha na ponta, e uma bolsinha com pozinho (que pode ser substituído por fragmentos de qualquer papel dourado) jogando na avenida... Indo e vindo, que ajudaria no recuo da Bateria... Pois literalmente elas teriam que “evoluir” indo e vindo como se estivessem voando e jogando o pó mágico. |