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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. PROVA DE FOGO - CARNAVAL 2014
Enredo: Do Sol ao carnaval. Prova de Fogo é a chama do samba que não se apaga !

O Grêmio Recreativo
Autores: Rosana Pinto e Diego Tadeu

logoNo ano em que a Prova de Fogo comemora 40 anos de fundação, vamos contar um pouco da história do fogo.

De forma resumida, mostraremos alguns fatos importantes da história da humanidade relacionados ao fogo, sua descoberta e aplicação.

Começaremos com o Sol, passando pela descoberta do fogo pelos homens primitivos, mostrando sua aplicação ao longo dos séculos.

O fogo é vida, beleza, um dom da natureza que o homem precisa saber usar. São chamas de uma conquista que ajuda a humanidade a se transformar.

A Prova é fogo! São 40 anos de samba e resistência cultural. Chama do samba que permanece acesa e aquece os corações neste Carnaval.

Introdução

Rasgando o céu, o Sol. O astro rei que ilumina a Via Láctea. Labaredas de fogo dançam no universo para espantar a escuridão. Destinado a sair das sombras, surge o homem primitivo e no embate das pedras e na dança dos gravetos, conhece a evolução.

A descoberta do fogo pelos homens primitivos provocou alterações físicas, demográficas e sociais na humanidade. O fogo deu ao homem pré-histórico
o poder de iluminar a escuridão, dominar animais, cozer alimentos, sobreviver aos rigores do tempo e desenvolver técnicas revolucionárias.

Foram as chamas, um dia dominadas, que deu nova vida a vida humana.

A forma mutável do fogo, com suas cores variadas, calor e luz, sempre gerou fascínio nas antigas civilizações. Mitos e lendas. Alquimia.

Ao dominar o fogo surge a ciência. É o inicio da revolução industrial. Forjam os metais, inventam as máquinas e as ferramentas.

Luz! Tochas, candelabros e velas. O fogo que ilumina nosso amor, transformando nossa vida em uma festa de cores e calor, aquecendo nossos corações no carnaval.

O fogo é a centelha de divindade que brilha dentro de cada um de nós, componente da Prova de Fogo, que foi fundada sob o símbolo do fogo.

É a chama que aquece, ilumina e reacende nossas esperanças por um futuro melhor.

Desenvolvimento

Surge o Sol, nasce a Via Láctea. O raio risca o céu. Há milênios, o fogo fascina a humanidade. No embate das pedras e na dança dos gravetos, a descoberta. Observando os fenômenos da natureza, o hominídio primitivo aprendeu como fazê-lo e como mantê-lo aceso. Isso serviu como proteção, inclusive, para afastar os predadores.

Depois, o fogo passou a ser empregado na caça, utilizando tochas rudimentares para assustar e encurralar a presa. Dentro e fora da caverna, o homem aprendeu a cozinhar os alimentos e criar novas técnicas, como o cozimento do barro para fazer cerâmica.

As chamas, agora dominadas, deram nova vida a vida humana.

Para muitas civilizações, deuses superiores eram os responsáveis por manter a chama acesa. Figuras míticas explicavam a relação do homem com o fogo, como a lenda grega de Prometeu, titã que roubou uma centelha de fogo do Olimpo para dá-la aos mortais.

Com diferentes nomes, Grécia e Roma cultuavam os mesmos deuses do fogo. Hefesto (ou Vulcano) era o deus do fogo e das erupções vulcânicas; Héstia, irmã de Zeus, deusa do fogo.

Héstia era guardiã da chama sagrada e eterna, que se transformava em labaredas no Monte Olimpo quando as cidades disputavam competições que deram origem aos Jogos Olímpicos.

Misturando ciência e misticismo, buscam os alquimistas o elixir da longa vida. Sonhando em mudar o mundo com a existência artificial, transformando o ferro em ouro, pelo poder do misterioso fogo, descobrindo a magna pedra filosofal. Quando as bruxas são descobertas, acusadas de maldição, são queimadas por feitiçaria na fogueira da Inquisição, em nome da purificação.

O clima de medo e superstição também dominou na Idade Média, contribuindo para o surgimento de lendas, como as dos dragões; e das salamandras, que surgem e atravessam o fogo com poder alquímico de transmutação e transformação de energia.

O fogo ajudou a forjar o progresso. Nas caldeiras da Revolução Industrial, siderurgia e a metalurgia produziram riqueza e o desenvolvimento das nações.

Surgem as máquinas a vapor, cuja fonte de energia era o carvão. A partir da queima do carvão, foi possível transformar a energia liberada em outra, que impulsionasse máquinas a fazerem tarefas.

O fogo que arde, também ilumina. As luzes primitivas eram obtidas de lascas de madeiras resinosas embebidas em gordura animal, óleo ou sebo, que serviam como tochas.

Até que surgiu a vela primitiva, que era feita de um pavio de estopa. No Egito antigo, as velas foram empregadas em rituais no templo.

Séculos depois surgiu a iluminação a gás, comum em áreas urbanas, era encontrada nas casas, fábricas e ruas, afastando a escuridão.

Nas cidades, tubos cortam os subsolos, conduzindo os gases, unidos ao fogo, iluminam e aquecem os arranha-céus, tornando segura a utilização do fogo doméstico. Fósforos e isqueiros são criados para fazer nascer chamas.

A iluminação púbica trouxe para as ruas, a figura dos poetas, dos boêmios que louvavam o amor em belas serenatas. É o “fogo da paixão” ardendo no coração daquele que botou “lenha na fogueira” do amor, sem perceber que se tratava de “fogo de palha”.

Do imaginário popular surgem serem fantásticos e personagens enigmáticos.

Nos vilarejos e “arraias”, bandeirinhas a tremular. São os festejos, expressões de cada lugar. O fogo faz a festa na fogueira de São João, onde tem balões clareando as noites do sertão. Fogos de artifício iluminam os céus e anunciam a celebração.

Na luta pra dominar o fogo, entram em cena os bombeiros, verdadeiro anjos que combatem incêndios e salvam vidas. São os bombeiros do ritmo e da alegria, que se deixam consumir pela euforia do samba.

E, assim, surge a Prova de Fogo, fundada há 40 anos por Akimilson de Oliveira Câmara, o Ceará, que sugeriu o nome Prova de Fogo, em homenagem a um bloco cearense formado por bombeiros.

Símbolo de resistência cultural, a Prova de Fogo até mantém viva a chama do samba em Pirituba. O fogo é energia, calor e fantasia, incendeia a passarela neste Carnaval. A Prova é fogo! Aquece e ilumina o coração dos nossos componentes, do público e dos jurados nesta verdadeira apoteose de alegria.

 

 


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