Sinopse
A tropicália ou movimento tropicalista foi um movimento cultural que surgiu sob a influência de diversas correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e internacional. Neste carnaval, a águia de ouro e a tropicália irradiam juntas suas magias.
A tropicália que surgiu de um país de natureza linda, de belezas infinitas, do sincretismo religioso e de uma grande miscigenação do folclore brasileiro e do povo tupiniquin, tupinambás, bumbaie-iê, batmacumba, bossa nova ou rock and roll, iracema e até canibais.
A tropicália sobreviveu e fez do movimento um instrumento de conscientização das massas contra a ditadura. a paz e o amor prevaleceu. O Brasil dos grandes festivais música popular brasleira, multitropicalismo em terras tropicais, em geléia geral, brasil tropical e outros parangolés... como dizia o poeta no seu cordel imaginário, tropicalismo a alegoria é a prova dos nove... um poeta desfolha a bandeira... pindorama, país do futuro: samba... carnaval... águia de ouro formando a grande geléia geral brasileira.
Na despedida, espaçonaves guerrilhas, a tropicália da paz e do amor! o movimento que não acabou e trouxe para outros carnavais as influências poéticas e ritmicas de um novo povo e uma nova tropicália. viva a tropicália!
Desenvolvimento
1º setor – país tropical
O país tropical, de araras e bananas não se curva diante da influência cultural de outras nações e, com seu poder de criação e inspiração, reage ao que lhe é imposto. neste carro, a visão carnavalesca dos momentos que marcaram um período importante da história do brasil é marcada por ícones da natureza exuberante do país tropical, do sicretismo religioso, ritmos e que fizeram parte do desenvolvimento da cultura de um movimento chamado tropicália.
2º setor – antropofagia e tropicália: devoção ou devoração
A antropofagia oswaldiana é o pensamento da devoração crítica do legado cultural universal. elaborado não a partir da perspectiva submissa e reconciliadora do bom-selvagem, mas segundo o ponto de vista desabusado do mau-selvagem, devorador de brancos.
a tropicália como estética reafirma a força da música popular como lugar de afirmação do outro, ou sua devoração, caldeirão multi-cultural que buscava através da alegoria das “imagens primitivas do brasil”, inserí-lo no cosmopolitismo do pobre. a alegoria como caminho necessário para transformar a alegria, o luto em luta, negando a busca da nacionalidade como valor essencialista, substantivo, e a arte tropicalista como instrumento de conscientização das massas, colocando a paz e o amor na guerra contra a ditadura militar.
devoração antropofágica. ditadura criada para impedir este país de copular a sua realidade e inverter nossa história.
3º setor – tropicália: os grandes festivais da música popular brasileira
Na década de 1960, o brasil vivia uma grande efervescência cultural da qual uma das pontas de lança era a música. foi nesse período de otimismo que foram criados os festivais da música popular brasileira.
alguns festivais foram marcantes, como o festival de 1967 que ousou desafinar “o bom tom” da música brasileira, predominante na época. com instrumentos acústicos e letras engajadas. gil apresentou “questão de ordem” ao lado dos beat boys com seu visual black power e guitarras elétricas. caetano trouxe “é proibido proibir” junto com os mutantes.
em 1968, tom zé defendeu “são paulo meu amor”. os mutantes concorreram com “2001” de tom zé e rita lee. mas, naquele ano, a grande revelação do festival foi gal costa que defendeu com maestria “divino maravilhoso”.
por meio dos festivais, a tropicália ganhou uma grande força no cenário da música brasileira e fez com que seus membros também alcançassem visibilidade.
4º setor – multitropicalismo
Resultado da conexão de jovens artistas da bahia, fonte da cultura afro-brasileira, com intelectuais de são paulo, o tropicalismo alcançou as imagens do cinema, da televisão, nas experiências sensoriais, nas performances dos artistas de rua e no teatro. o tropicalismo de caetano veloso encontra o cinema moderno e aponta “terra em transe” como uma das obras na origem mítica da tropicália. hélio oiticica dialóga nas artes plásticas com as influências da tropicália.
é essa relação entre procedimentos de linguagem que pode construir um fio condutor capaz de aproximar de forma produtiva, tropicalista a chanchada, cinema novo, cinema marginal, televisão, o teatro, artes plásticas... criando um multitropicalismo plural reivindicado em obras como a peça “o rei da vela”, os filmes o “bandido da luz vermelha” de rogério sganzerla; “macunaína” de walter lima, entre outros.
este impulso kitch que levou o tropicalismo musical a se aproximar da poesia concreta, do teatro oficina, da literatura moderna e do cinema, firmando a tropicália no movimento tropicalista que efervesceu no país da década de 1960.
5º setor – nave louca “a despedida”
Tropicália o movimento não acabou. surge a nova tropicália sofrendo as consequências dos punhos fortes da ditadura, os mentores do tropicalismo deixam o país numa nave surreal que denominamos poeticamente de “nave louca” carregada de emoção. com ela vão-se as esperanças de desenvolvimento de um movimento cultural vanguardista. porém, sua partida serve apenas para que os novos frutos da tropicália ganhem força e ultrapassem as barreiras impostas pela repressão.
salve a tropicália e outros parangolés!
tropicália, uma revolução na cultura brasileira. o movimento que não terminou!
Regras para os compositores
1.respeitar o roteiro do enredo;
2.utilizar licença poética para destacar trechos importantes do enredo;
3.utilizar as músicas abaixo como referência: ( não é obrigatório)
a.pra não dizer que eu não falei das flores (geraldo vandré)
b.alegria, alegria (caetano veloso)
c.tropicália (caetano veloso)
d.proibido proibir (caetano veloso) |