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G.R.C.B. CAPRICHOSOS DO PIQUERI - CARNAVAL 2010
Enredo: Feira Livre

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

O tema que mostrará a importância deste comércio milenar que, até hoje, exerce fascínio na freguesia.

Não se sabe ao certo quando a primeira feira livre surgiu, mas o registro mais antigo que se tem notícia data de 500 a.C., na cidade de Tiro no Líbano. Até hoje, no Oriente Médio em geral, as feiras são um importante evento comercial. Mercadores aos berros, vendendo tapetes e todo tipo de comidas e especiarias exóticas, nos famosos mercados livres.

Do Oriente para o Ocidente, chegamos a São Paulo, a maior cidade da América Latina. Por aqui, as feiras existem desde meados do século XVII, onde primeiramente eram comercializados de tudo um pouco: de sapato a palmito. A tradição de ser semanal também vem do mesmo século e persiste até os tempos atuais. Todos os dias, em alguma rua da cidade, ainda de madrugada, o feirante chega com seu caminhão ou perua para montar sua barraca. Logo a rua é tomada pelas barracas de vários tipos e tamanhos. Frutas, verduras, legumes, grãos e especiarias, peixes, flores, além de quinquilharias para casa.

Antes mesmo do sol raiar, a freguesia chega para encher seu carrinho ou sua sacola grande de lona, ecologicamente correta, com mercadorias fresquinhas e deliciosas, vindas do entreposto de hortifrutigranjeiros, carnes e aves, de onde saem diariamente toneladas de produtos que abastecem, só na cidade de São Paulo, mais de 800 feiras livres.

O feirante, com aquele tradicional avental, desempenha papel importante nesta cadeia do abastecimento alimentar, pois é ele quem garante o contato direto com o cliente e possibilita a barganha, principalmente, no finalzinho da feira, a chamada "hora da xepa". Não é à toa que os fregueses conhecem as barracas e os feirantes pelo nome, o que proporciona conforto e confiança.

As feiras livres são grandes fontes de empregos e escoamento da produção de hortifrutigranjeiros, pescados e flores. Além dos aspectos comerciais que movimentam a economia, são ponto de encontro, um lugar para saborear aquele delicioso pastel de feira, acompanhado por uma garapa (caldo de cana).

E é lá, que acontece uma vez por mês o Samba na Feira, uma roda de samba que reúne vários feirante e clientes na Vila Carolina, Zona Norte de São Paulo. Feira livre já é boa, na hora da xepa é uma pechincha e com samba fica melhor ainda. Olha Dona Maria, a banana, a batata e o melão! Moça bonita não paga, mas também não leva!

 


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