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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. DRAGÕES DE SÃO MIGUEL - CARNAVAL 2010
Enredo: Um Buquê de Poesia... Orgulhosamente o Rei do Baião... Luiz Gonzaga

O Grêmio Recreativo
Autor: Jair de Souza

 

É carnaval cintila uma estrela no céu...

A Escola de Samba Dragões de São Miguel vem homenagear um dos grandes artistas desse nosso país: Luiz Gonzaga.

Um novo dia raiou o ardente Sol do Nordeste nasce um talento, um menino sonhador...

Luiz Gonzaga nasceu em 13 de dezembro de 1912, na Fazenda de Caiçara, em Exu distante da Capital pernambucana, veio ao mundo dividido entre a enxada e a sanfona. Foi observando seu pai animando bailes e consertando sanfonas, que lhe despertou a curiosidade por tal instrumento. Seu pai não desejava que seu filho trilhasse o mesmo caminho que ele, porém, mal sabia que seu filho iria ganhar o mundo. Mesmo assim Gonzaga acompanhava seu pai em festas onde iria tocar a sanfona e adquirir um trocado.

Depois de certo tempo Gonzaga começou a tocar em grandes festas em sua região com o consentimento de seus pais. Logo ganhou a sua primeira sanfona e assim ia tocar e encantar a todos em casamentos e adorava o tempo de festejos juninos na região.

Chega então o momento de decisões em sua vida e resolve entrar para o Exército, com a Revolução de 1930 o Batalhão de Gonzaga atravessa os estados até chegar em Minas Gerais. Aonde conhece então o Sanfoneiro Domingos Ambrósio, o grande amigo que lhe ensinava os ritmos mais populares do Sul; valsas, fados, tangos, sambas. Gonzaga tirou de letra em 1939 deu baixa no Exército seguiu para São Paulo, conhece então a noite boêmia das grandes cidades e em seguida vai para o Rio de Janeiro.

Passou então a se apresentar em Cabarés na Lapa e em programas de Calouros. A partir daí Gonzaga passa a compor e tocar músicas do sertão nordestino.

No programa de Ary Barroso que Gonzaga recebeu aplausos com a apresentação da Música Vira e Mexe, composição de sua autoria proporcionado ao até então desconhecido Gonzaga o seu primeiro contrato pela Rádio Nacional.

O apogeu do baião perpassou a segunda metade da década de 40 até a primeira metade da década de 50, época na qual Gonzaga consolida-se como um dos artistas mais populares em todo o território nacional. Tal sucesso é devido à genialidade musical da Asa Branca, composta por Humberto Teixeira e Gonzaga, na verdade um hino que narra toda a trajetória do sofrido migrante nordestino.

Nessa mesma década de 50 a partir daí começou a se trajar para as suas apresentações com roupas do sertão nordestino, chapéu inspirado no famoso cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião, de quem era admirador, com o surgimento de novos padrões de músicas populares no Brasil o apogeu do Baião começa a decair, apesar de certo declínio Gonzaga não cai no esquecimento no Nordeste do país.

Notadamente foi o movimento Musical Juvenil da década de 60 com: Gilberto Gil e Caetano Veloso que Gonzaga ressurgi no cenário musical regravando o sucesso Asa Branca. Em 1972 com a realização do show no Teatro Tereza Rachel, no Rio de Janeiro foi a sua volta as paradas de sucesso.

Após o longo período de sua vida em atividade profissional em 35 anos, é chegada a hora de retornar a sua terra natal.

Em Exu dá início à construção do Museu do Gonzagão, dentro do Parque Asa Branca, onde deixou escrito.

Lá se encontra o maior acervo de peças pertencentes ao Rei do Baião: suas principais sanfonas, inclusive a que tocou para o Papa em Fortaleza, suas vestimentas, seus discos de ouro, troféus, diplomas, títulos, fotos e presentes a ele ofertado em sua brilhante carreira.

E eternamente em um buquê de poesia... Orgulhosamente Luiz Gonzaga sempre vai se encontrar em meio a nossa cultura brasileira.

Mesmo assim como cintila uma linda estrela no céu...

 


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