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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. UNIDOS DE GUAIANASES - CARNAVAL 2010
Enredo: Amazonas, O Eldorado do Brasil

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

ABERTURA - A AMBIÇÃO E O SONHO DO ELDORADO

Para fortalecer a história que na América havia um Eldorado os conquistadores espanhóis acreditavam que os Incas tinham fugido para o interior quando da invasão do Peru, e que haviam carregado consigo muitos tesouros e fundado um grande império.

Com o passar do tempo e os resultados negativos das expedições, os espanhóis estenderam sua cobiça para além das Cordilheiras dos Andes, em direção ao leste, para onde apontavam os novos relatos dos índios peruanos.

A partir disso, muitos viajantes, descreveriam a Amazônia e seus habitantes ao longo de diversas expedições em busca do famoso "Eldorado".

SETOR 1 - A FLORESTA, AS AMAZONAS, ÍNDIOS E OS EUROPEUS

A história amazonense começa antes do descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era povoado por índios.

Antes de ser batizado de rio Amazonas, o mesmo era chamado de Icamiabas que em tupi quer dizer mulheres sem homens, ou ainda mulheres que ignoram a lei.

Deve-se a Francisco Orellana o descobrimento da região formada atualmente pelo Estado do Amazonas.

As Icamiabas eram índias que dominavam aquela região riquíssima em ouro. Quando desceu o rio em busca de ouro, descendo os Andes (em 1541) ele era chamado de Rio Grande, Mar Dulce ou Rio da Canela, por causa das grandes árvores de canela que existiam ali. A belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tamanha que o fato foi narrado ao rei Carlos V, o qual, inspirado nas guerreiras hititas ou amazonas, batizou o rio Amazonas. Amazonas é o nome dado pelos gregos às mulheres guerreiras. Iniciava-se, à época, a lenda de que a mítica cidade de "Eldorado".

Depois dessa aventura a região ficou abandonada e esquecida até que os frades Domingos de Brieba e André Toledo, empreendendo nova descida do Rio Amazonas, despertando a ousadia de outros capitães portugueses interessados em apanhar escravos e expandir os limites portugueses.

Um companheiro de Orellana, Gonzalo Hernandez Oviedo y Valdés, divulgou relatos da expedição, com descrição nas riquezas e dos habitantes da região que foram publicados em Veneza em 1556. Uma nova expedição em 1561 tentou repetir a façanha de Orellana, mas quase não conseguiu.

Apesar de Orellana não ter encontrado o "Eldorado" e suas riquezas de ter que se contentar com as árvores de canela que encontrara no começo da jornada, a narração feita pelo Frei Gaspar de Carjaval, repercutiu muito na Europa e percorreu o mundo criando muito mais expectativas às lendas sobre o "Eldorado".

A primazia da ocupação da foz do grande rio (atuais estados do Amapá e do Pará), em função da sua exploração econômica, coube aos ingleses e holandeses, que sabendo das potencialidades do local resolveram fazer incursões no Amazonas com a finalidade de colonizá-lo e explorá-lo. Instalaram feitorias nas margens dos maiores rios da região, para extrair madeira e especiarias, como o cravo, o urucum, o guaraná, resinas e outros chamados (drogas do sertão), desde 1596.

De 1648 à 1652, o bandeirante paulista Raposo Tavares desce o Amazonas, os portugueses conquistam os Rios Solimões, Negro e Branco e se apossam formalmente da região. Iniciam-se as missões franciscanas e a construção de um forte em Guaporé. Foi a primeira expedição luso-brasileira de amplo reconhecimento.

Em 1669, foi fundado o Forte de São José do Rio Negro, para defender a posse lusitana no Amazonas, pelo capitão português Francisco da Mota Falcão.

Para catequizar os índios, os jesuítas (principalmente espanhóis) construíram missões, principalmente nas bacias do Solimões e do Juruá, liderados pelo padre Samuel Fritz. No entanto, a atividade missionária foi vista como ocupação estrangeira e a Coroa portuguesa determinou a expulsão dos jesuítas da região. Vários grupos religiosos iniciam a tarefa de sistemática colonização, espalhando as suas missões pelo vale amazônico e iniciando a exploração econômica. Levaram riquezas em nome da fé. Os padres jesuítas foram substituídos por funcionários leigos na catequese e na educação dos índios.

Os franceses e espanhóis voltaram a fazer incursões na região, e os portugueses decidiram fechar o rio Madeira à navegação estrangeira em 1732. Mesmo assim, os bandeirantes José Leme do Prado e Manuel Félix de Lima exploraram a área, descendo até Cuiabá no Mato Grosso, e criando um eixo de comércio amazônico, entre Cuiabá, Manaus e Belém.

A formação da população amazonense só foi possível depois da criação do forte dedicado a Santíssima Trindade, quando se estabelecessem os mitimais, uma forma de estratégia social inventada pelos Incas do Peru e posta em prática pelos espanhóis. Os portugueses adotaram o mesmo sistema, a fim de evitar que humanidades inteiras, ocupando uma pequena aldeia, chegassem à sublevação e a desordem.

A capitania chega a ser responsável por 1/3 da exportação total da região amazônica.

A criação da Capitania de São José do Rio Negro, assegurada pela carta-régia de 3 de março de 1755, sob a influência política e prestígio de Francisco Xavier de Mendonça Furtado, primeiramente governador do Pará, mais tarde na qualidade de Comissário de Limites e Demarcações, trouxe para a Amazônia benefícios sem conta em todas as áreas: administrativa, econômica, financeira, cultural, mas principalmente como criação de núcleos ativos, considerando-se a enormidade de população indígena entrada na mestiçagem.

A Independência do Brasil não trouxe benefícios ao Amazonas. A Comarca do Amazonas, subordinada ao Grão-Pará, teve a sua hegemonia política prejudicada, uma história muito comprida que envolve a participação da Igreja, da milícia e dos cidadãos de Manaus. Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguirem enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto do Amazonas. Com a Cabanagem, entre 1835 e 1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para este último, renomeada como Manaus em 1856.

SETOR 2 - DA BORRACHA À INDUSTRIALIZAÇÃO

Em 1886, quando começa a crescer a importância da borracha para a economia local, o Rio Amazonas é aberto à navegação internacional. Empresas estrangeiras, principalmente inglesas, investiam capital na região. A lucratividade da borracha criou fortunas, financiou o crescimento de Manaus e atraíram imigrantes. A província começou a receber a migração de várias partes do Brasil (sobretudo nordestinos para a coleta do látex, ou seja, os chamados seringueiros), e a imigração de países vizinhos como Bolívia e Peru. No auge quase 100% da produção mundial de borracha saia da Amazônia.

Os coletores de "drogas do sertão" se expandiram para o Rio Juruá, o Purus e o Juari, abrindo caminho para a instalação de seringais.

A borracha enriquecia o Amazonas era o verdadeiro "Eldorado" do látex, a capital, Manaus, foi expandida e urbanizada, para ganhar ares de metrópole européia, ficou conhecida como a Paris dos Trópicos. Igarapés foram aterrados e abriram-se largas avenidas e boulevards. Nasce nesse período o Teatro Amazonas, o Palácio Rio Negro entre outros prédios públicos. Manaus é a segunda cidade do país a instalar iluminação elétrica. Tudo isso construídos pelos ingleses e com suas matérias primas. Manaus adquiriu fama mundial. Em seu teatro, apresentam-se as melhores companhias européias, a população aumenta.

A corrida pela borracha também estimulou expedições científicas para catalogar a biodiversidade amazonense. Em 1883 funda-se o Museu Botânico de Manaus.

A província do Amazonas se antecipou em quatro anos à abolição, decretando o fim da escravidão em 10 de julho de 1884. A província do Amazonas tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

O estado do Amazonas torna-se o maior contribuinte, per capta, do erário federal. É o "Eldorado" tropical desenterrado das matas da região norte do Brasil.

O ciclo da borracha durou até 1913, quando o valor do produto no mercado internacional sofreu forte baixa por causa da concorrência da Malásia (para onde foram contrabandeadas sementes de seringueiras anos antes). Em 1920 praticamente já não havia mais extração de látex e o Brasil contribuía com apenas 2% da produção mundial.

Com o fim do ciclo da borracha, a economia amazonense voltou a decair. O estado entrou em crise, o erário perdeu arrecadação e praticamente zerou, inclusive chagando a não pagar os funcionários estaduais durante cinco anos seguidos. O Amazonas se juntou a São Paulo na revolta de 1924. Um movimento civico-regionalista, o glebarismo, reivindicou a retomada da liderança política e cultural pelos nativos da região.

Em 1953 o governo federal criou a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Que servia para liberar verbas de investimento em infra-estrutura, como a construção das rodovias Manaus-Porto Velho e Manaus-Boa Vista.

O principal impulso ao crescimento veio em 1967, quando foi criada a superintendência de Zona Franca de Manaus, um pólo para indústrias de alta tecnologia com isenção fiscal, que permite um aumento turístico na cidade, consequentemente, construíram-se hotéis e um aeroporto internacional. É construída também a Transamazônica, que corta o Amazonas desde Jacareacanga, no Pará, até Humaitá, no Rio Madeira, além das descobertas dos metais preciosos, como o ouro.

Em 1987 é anunciada a descoberta de reservas de petróleo e de gás natural de alta qualidade na região de Coari. Na década seguinte, a Petrobras instalou o campo de Urucu, foi construída também a Refinaria Issac Sabbá, em Manaus.

Atualmente, a estatal é responsável por grande parte dos investimentos no estado, inclusive de projetos de pesquisa ambiental e na construção do gasoduto Coari-Manaus.

SETOR 3 - É PRECISO RESPEITAR E PRESERVAR

Em 1989, inicia-se o movimento internacional pela preservação da Amazônia.

Por ser dono da maior parte do território da Amazônia legal, governantes e locais (amazonenses), passaram a ter uma visão de desenvolvimento sustentável visando à preservação da floresta. Esse movimento atraia o olhar do mundo para a região, mesmo que os outros paises que fazem parte do eixo não se preocupem com a devastação quase generalizada.

Mesmo distantes, geograficamente precisamos nos envolver nesta luta para preservar esta parte tão importante do território da cobiça internacional. Cobiça que não reconhece e não respeita nossos limites e fronteiras. É preciso fortalecer nossas raízes culturais.

Retratar o absurdo que mostram as nossas fronteiras inexistentes na região norte da Amazônia. Apoderam-se de nossas árvores através de madeiras ilegais para o mercado internacional como se não fossemos mais soberanos em nosso território. Habitantes locais, índios ou não, tem suas vidas ameaçadas por estrangeiros que retiram ilegalmente nossas pedras preciosas.

Vemos nossa fauna e flora serem roubadas para fora de nossas fronteiras, muitas vezes de forma cruel com os nossos animais por expedições que agem de má fé, tentando nos tirar até mesmo nomes indígenas de plantas, animais e frutas, protegendo-se com patentes internacionais. Hoje a Unidos de Guaianases tem a honra de através de nosso samba, contar um pouco da história desse estado chamado Amazonas e mostrar que O Eldorado é Aqui!

 


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