Dia 20 de julho de 1873, estado de Minas
Gerais.
Nascia no sítio de Cabangu o menino
Alberto. Sua infância por razões paternais, foi toda envolvida com
milhões de pés de café, quilômetros de ferrovias, sete locomotivas e
outras riquezas, todas elas advindas de seu pai.
Era a ascensão da família. Mas, o futuro
grande Alberto, aquele que viria ser o pai da aviação, queria e sonhava
voar mais alto. Seus sonhos de menino ultrapassavam o limite da
imaginação. Desde cedo, desenvolvia aspirações de que o homem não
poderia mais ficar preso ao solo, e em suas divagações observava
atentamente as nuvens suspensas no espaço, bem como, as aves
deslizando-se no ar.
Não teve dúvidas! Esperou a primeira festa
junina e fez sua primeira experiência com balões. Dali para frente e
cada vez mais, seus sonhos foram se tornando possíveis realidades.
Leitor assíduo de livros de ficção
científica, tais como, Vinte Mil Léguas Submarinas, Cinco Semanas num
Balão e Da Terra a Lua de Júlio Verne, passou a colocar em prática algo
que lia em seus livros. Razão porque começou a construir pipas exóticas
e a montar pequenas aeronaves movidas a elástico e hélice.
Era o futuro gênio se descobrindo.
Dirigiu locomotivas, consertou máquinas de
costura e até manutenção de separadores de café passaram por seu talento
mecânico. Mas, Paris esperava o grande Alberto. Em lá chegando,
envolvido com motores, técnicas e ciência, a genialidade, a dedicação e
a competência do grande Alberto vieram a falar mais alto.
Através do estudo profundo da física, da
matemática e da mecânica, todo seu potencial de inventor veio a
florescer.
Em 04 de julho de 1898, subia ao céu o
menor balão da época, "o Balão Brasil".
Logo após, em 20 de setembro de 1898,
decolava contra o vento para espanto de todos, um balão que evoluía no
espaço por um motor movido a petróleo.
Como prova insofismável de sua competência
recebe o "Prêmio Deutsch".
Não contente com suas experiências, ainda
queria voar mais alto. Constrói, portanto, o Santos Dumont número 9. E,
uma vez mais, para espanto de todos, o número 9 com ele participa de
desfiles, em comemoração a queda da Bastilha, faz ascensões noturnas,
desce em castelos para visitar amigos e contorna a Torre Eifell.
Nada mais era impossível para ele. Mas,
sua realização maior estava por vir. Seu vôo tinha que ser mais alto por
todos os méritos.
Foi quando em 23 de outubro 1906 em
Bagatelle, criando o 14 bis, o primeiro aparelho mais pesado que o ar,
fez um vôo de cinqüenta metros conquistando a taça Archdeacon.
O gênio estava consagrado!
Estava determinado pelos anais da
história, Alberto Santos Dumont o pai da aviação. Aquele que por todos
os méritos, direitos e genialidade de um mortal ilustre, após todos os
seus feitos, foi morar no infinito e virar constelação.
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