Os índios guaranis, cuja tradição de migração constante de aldeia em aldeia é forte. Tem procurado meios de se fixar com atividades alternativas à coleta do palmito juçara, ameaçado de extinção e a venda de artesanatos. Projetos em conjunto entre Funai e Secretaria de Estado da Agricultura e ONG's.

Alguns deles já cultuvam a própria terra, outros estão sendo iniciados no culivo de peixes e de pupunha, um palmito ecológico e renovável. Mas a atividade que mais tem dado certa é o cultivo de flores ornamentais originárias da Mata Atlântica. A intenção é integrar o pessoal da aldeia na vida do município de modo a manter sua dignidade e sua cultura, procurando romper com o ciclo de assistencialismo ao qual históricamente estiveram submetidos.

COSTUMES

O povo Guarani é agricultor cultivando principalmente milho, batata-doce, aipim, amendoim, erva mate, etc. Sua culinária é criativa e interessante, tudo o que o Guarani faz e constrói tem haver com espiritualidade expressa através da música (instrumentos de percussão, flautas, chocalhos, etc). Eles variam crenças o Deus deles é considerado um herói, são silenciosos, mas sua palavra são ricas em imagem e expressão, com lendas, crenças e músicas.

O artesanato é sempre preocupado em retratar a mata e os seres vivos. Eles matam, pescam, mas mesmo assim têm amor pela natureza. Fazem tecelagem com pedaços de pele como: cobras, onças e outros. Os objetos são feitos de madeira e de argila. Nas aldeias dos índios havia chefes e caciques, que eram curadores.

FAMÍLIAS

As famílias preferencialmente formadas do casamento entre parentes, eram poligâmicas e o número de mulheres era o indicador de status do homem. Estas, ainda podiam ser trocadas conforme interesses e circunstâncias, o que dá um sinal de inferioridade com que eram vistas.

Os homens deviam estar livres para caçar, pescar, fazer guerra, fabricar móveis, providenciar utensílios (cestos, redes, arcos, flechas, etc) e derrubar árvores para que as mulheres fizessem plantações. Elas deveriam, também manter a limpeza da casa, recolher frutos, fabricar farinha, azeite, bebidas fermentadas e ainda quando necessário acompanhar os guerreiros para servir de cozinheiras.

CULTURA

Os pajés orientavam os índios em relação as suas doenças, eram responsáveis pela remoção das enfermidades e faziam isso mediante os poderes e a sabedoria que dominavam.

Para os Guaranis, existe um Deus Supremo (Nanderú Guarú) e invisível que criou tudo e tudo governa.

Admitem semideuses como os justiceiros que amparam cada um dos seres viventes. Acreditam também que a alma é imortal e que o espírito dos defuntos permanece certo tempo no corpo morto com grande poder sobre os vivos.