INTRODUÇÃO
Nos estudos do folclore, o mito trata da
descrição de fenômenos, seres ou ocorrências relatadas como
sobrenaturais e suas ações serem identificadas no céu, na terra e na
água.
Os mitos normalmente são amigos, quando
eles se apresentam como assombração, as vezes, a utilizam para afugentar
os predadores que entram nas matas e florestas com o objetivo de
destruição. A maioria dos mitos no Brasil tem sua origem indígena.
Normalmente a representação de fatos ou personagens reais, são
exageradas pela imaginação popular.
MULA SEM CABEÇA
Diz a lenda que Muleca linda filha de
Avanhanda antes dos 15 anos, se apaixonou pelo valoroso guerreiro
Guaiaré, casaram-se. Certo dia foi seduzida na beira do Rio Xingu pelo
semi-deus Urutantã.
Tupã sabendo da traição da infiel mandou
puni-la, transformando-a numa Mula Sem Cabeça.
Na voz do povo a índia se transformou em
mulher do padre, que foi amaldiçoada.
SACI PERERÊ
Entidade encantada que se diverte fazendo
travessuras como: escondendo brinquedos e objetos, soltando animais dos
currais e derramando sal e outras coisas nas cozinhas, mas toma conta
das crianças.
Está sempre pedindo fogo aos passantes
para acender seu cachimbo e só aparece quando quer.
NEGRINHO DO PASTOREIO
É uma lenda meio africana, meio cristã.
Nos tempos da escravidão ele vivia numa fazendo de um homem muito
malvado.
Um dia quando voltou da lida faltava um
cavalo baio, foi espancado e amarrado num formigueiro.
O malvado no outro dia foi vê-lo e tomou
um susto com a visão.
O menino estava são e salvo ao lado de
Nossa Senhora do Baio e o rebanho, o homem pediu perdão, mas o garoto
nada respondeu.
Beijou a mão da Santa, montou no baio e
partiu com o rebanho.
IARA - MÃE D'ÁGUA
Iara a jovem tupi mais formosa das tribos
que viviam próximo ao Rio Amazonas. Todos os seres à amavam, plantas e
bichos.
Numa tarde quando se banhava, foi
surpreendida por homens estranhos que à violentaram e jogaram no rio.
O espírito das águas a transformou em
sereia, seu canto atrai os homens de maneira irresistível.
Ao vê-la eles se aproximam dela, que os
abraça e os arrasta para as profundezas das águas e nunca mais voltam.
LOBISOMEM
Segundo a lenda o lobisomem é um ser que
seria resultado de uma reza poderosa feita numa noite de sexta feira de
preferência lua cheia. Num estábulo de burro ou cavalo no qual a pessoa
rola como se fosse um animal, dizendo reza que é feita com o pacto de
entidades malignas. Também numa encruzilhada onde a pessoa repete os
mesmos atos do animal.
Na zona rural ele é o sétimo filho homem
de um casal.
Antes do amanhecer ele sempre procura um
cemitério e lá volta a sua forma humana.
CURUPIRA
É um mito do Brasil que os índios guaranis
já conheciam desde o descobrimento.
Índios e jesuítas o chamavam de protetor
da caça e das matas. É um anão de cabelos vermelhos com pelos e dentes
verdes. Como protetor ele costuma punir os agressores da natureza que
mate por prazer. Seus pés são voltados para trás para despistar os
caçadores, deixando-os seguir rastros falsos.
Quem o vê perde o rumo, e não acha o
caminho de volta.
Uma carta do padre Anchieta em 1560 dizia!
Aqui há certos demônios a que os índios chamam de Curupira. Os índios
para lhe agradar deixavam nas clareiras penas, esteiras e cobertores.
VITÓRIA-RÉGIA
Os pajés tupi guarani contavam que no
começo do mundo, toda vez que a lua se escondia no horizonte, ia viver
com as jovens e se gostasse de uma delas, a transformava em estrela do
céu.
Nayá filha de um chefe ficou impressionada
com a história, passou a perseguir a lua querendo virar estrela. Numa
noite ela viu a imagem da lua num lago, se jogou nas águas achando que a
lua veio buscá-la. A lua para recompensá-la pelo sacrifício a
transformou em estrela das águas, branca e perfumada que só abre ao
nascer do sol.
BOI TATÁ
Dizem que Boi Tatá era uma espécie de
cobra que foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu toda
a terra.
Para escapar ele entrou num buraco e lá
ficou no escuro, assim seus olhos cresceram. Desde então anda pelos
campos em forma de cobra com os olhos flamejantes, as vezes como um
facho cintilante de fogo correndo de um lado para o outro da mata. Em
alguns lugares do nordeste é chamado também de cumadre fulozina.
BOTO COR DE ROSA
A lenda do boto é mais uma crença. Contam
que nas noites de festas juninas, enquanto as pessoas estão distraídas
celebrando, o boto rosado aparece transformado em um bonito e elegante
rapaz, mas usando chapéu porque sua transformação não é completa, pois
sua narina fica no topo da cabeça fazendo um buraco. Ele conquista a
primeira jovem bonita e leva para o fundo do rio, e engravidando-a.
Por isso quando uma jovem engravida e não
se sabe quem é o pai, é comum dizer ser "do boto".
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