1º
Setor - Origens
O imperador SHEN - NUNG caminha por seu jardim, procurando algo que lhe
avive o espírito. Distraído, colhe as folhas de uma planta solitária,
que alguém ali plantara. Faz a infusão bebe-a e sente-se renascer! A
esta planta, SHEN-NUNG da o nome de TE. Esta é uma das lendas que
explicam a origem do Chá?, planta da família das teáceas. Na Índia
ela é silvestre, nasce espontaneamente: e daí, talvez a tivessem trazido os Chineses, plantando-a e divulgando-a pelo resto do
mundo.
Outra lenda nos conta que o príncipe Darma, filho de um soberano da Índia,
se havia imposto a solidão por 9 anos em um templo Hindu onde velava e
meditava. Certa noite, com sono e muito fatigado, involuntariamente
dormiu. Ao despertar-se desesperado, arrancou as pálpebras e atirou-as
ao jardim, neste momento da lenda encontramos 2 versões: Uma diz que as palpebras
atiradas a terra, inraizaram-se e deram origem a planta do Chá. A outra
nos conta que as lágrimas causadas pela ferida nos olhos do Monge
fecundaram a terra e dela nasceu o Chá?, planta da inspiração de da
vida, que afasta o sono e estimula o espírito, energiza e esclarece.
2º Setor - Pelo Mundo
Em São Paulo, as primeiras mudas surgiram na Vila Buarque, trazidas
pelo general Arouche de Toledo Rondon e foram plantadas as margens do
Rio Anhangabaú, que os paulistas construíram no Vale do Rio Viaduto do
Chá? O crescimento do cultivo começou a se dar quando Torazo Okamato
introduziu o Chá?na região de Registro no Vale do Ribeira, em 1922, com sementes
trazidas do Ceilão.
Em 1930, um agricultor japonês, Chuey Yamamoto, iniciou uma pequena
plantação da Sociedade Brasileira Beneficente de Chá?- Chabras. Novas
experiências têm sido realizadas pelo Instituto Agrônomo de Campinas,
o que vem resultando de uma nova variedade de plantas, a
"Brasileira de alta qualidade e produtividade, trazendo maior desenvolvimento ainda
para o Vale do Ribeira, para o Estado de São Paulo, para o país".
3º Setor - Da Colheita ao Consumo
Então por São Paulo ser conhecida como a terra da garoa, começam a
surgir várias casas de Chá nas quais ainda existentes no Vale do
Anhangabaú?, Avenida São João e nas proximidades do Viaduto do Chá.
Até a chegada ao consumo, o Chá passa por 4 fases: Desfolhação,
torração, aromatização e acondicionamento.
Considerada uma bebida nobre e mística, acompanhou o aparecimento da
porcelana chinesa e depois da japonesa, refinada delicadeza capaz de
conservar o sabor e o perfume do Chá.
4º Setor - Tisanas (Chás medicinais)
No Brasil, em suas origens encontra o colonizador a Cunhã da mulher da
Índia, nos veio o melhor da cultura da terra... E, entre outros, o
conhecimento das Tisanas (chá de ervas). presentes de uma natureza pródiga
que guarda, ainda, muitos segredos. tais como nosso Chá de alho, boldo,
erva cidreira, vem com cheiro de canela, de laranja-da-terra e outras dezenas de
outros!!!
5º Setor - É Hora do Chá... de Garfo
E é o? Chá que passa a ser pretexto de encontros mais variados: ABL,
debates são interrompidos e com pontualidade Londrina, os imortais
discutem doces sabores do Chá das cinco... No Chá dançante, casais se
formam em compassos de amor, enquanto elegantes senhoras tomam Chá de
Cadeira, nos salões de beleza, preparando - se fazer do Chá motivo
beneficente de ostentação de jóias e roupas. O Chá de Panela vem
como a prévia de um futuro Chá de Bebe...
E a Colorado faz um chazinho de garfo (manda uma indireta) chamando
aqueles que não tomaram Chá de pequeno e transformaram esta terra em
terra de ninguém. Cancelamos aqueles que tomaram o chá de sumiço,
sabotadores de paz, a colocarem-se réus e nossa indignação: Tomou chá
de sumiço a educação de nossas crianças, a saúde dos humildes; chá
de sumiço a segurança das caminhadas, a cidadania do emprego digno, o
real na medida das necessidades do brasileiro. Princípios morais
tomaram o chá de sumiço e a vergonha passa a ser artigo supérfluo! Mágica
do político descompromissado com seu povo! Adoçando com mel o açúcar,
acompanhado de leite, rodelas de limão ou laranja. Servimos o perfumado
Chá para você.
No rastro secular de uma bebida doada pela generosidade da terra e
suavidade das mãos em trabalho meticuloso e delicado, pregamos motivos
de saúde e oportunidade de aconchego, convite a reflexão! Nossa festa é histórica é cultura de povos, é tradição colorida,
é mesa farta, um doce convite de som e forma!
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