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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.S. COLORADO DO BRÁS - CARNAVAL 1995
Enredo: Deu a Louca no Xingu

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

INTRODUÇÃO

A arte é o poder que o engenho humano permite exercer sobre a natureza humana e determina o estado de cultura de cada grupo social.

Por maior que seja sua independência, o homem não pode se libertar do meio e da tradição.

E é nesta terra brasileira que se encontra o nativo, povo livre, dourado pelo sol, caçador e pescador, que tem sua cultura e mitologias próprias.

A civilização invade o Xingu e o nosso objetivo é prestar uma singela homenagem ao homem nativo do território brasileiro, os verdadeiros donos da terra.

Desde o descobrimento ou a invasão das Américas, o homem branco vem impondo seu modelo de civilização aos índios.

Poucas populações nativas ainda resistem, dentre elas a dos indígenas do Xingu, cujas terras são cobiçadas por fazendeiros, garimpeiros e vendedores de bugigangas.

E esta "civilização" que está invadindo pouco a pouco o Xingu, e o nosso samba enredo tentará com a ajuda da fantasia, mostrar quais seriam os resultados.

Segundo os habitantes das nações indígenas que povoam aquela área, foi exatamente ali, onde as águas dos rios Luluene Batovi e Ronuro se juntam para formar o Rio Xingu, segundo a lenda foi aí que o mundo começou.

Contam que em vinte de maio de 1951, os Kalapalos juraram ter visto um disco voador, o que na verdade era apenas um eclipse solar. A partir deste fato verídico, imaginamos que ocorreu uma chuva cósmica, causando uma metamorfose em seus habitantes.

Vislumbramos um shopping center, e ao seu redor, 10% de casas e 90% de favelas construídas pelos índios da região para sua morada.

Os índios usam óculos escuros italianos, calça jeans da moda, tênis importados, e com suas torcidas organizadas, participam de quebra-quebras nos estádios de futebol.

Imaginem então o resultado da união de nossos índios, mais o G.R.E.S. Colorado do Brás juntos; loucura total. Por isso insistimos em dizer que: Deu a Louca no Xingu.

SINOPSE

1º QUADRO: A ALDEIA

Como todos os índios do Xingu, eles não tem um Deus, tem um herói. E segundo os habitantes das nações indígenas que povoam aquela, foi exatamente ali, onde as águas dos rios Kuluene, Batovi e Ronuro se juntam para formar o Rio Xingu que o mundo começou.

Contam que em 20 de maio de 1951, os Kalapalos juraram ter visto um disco voador, o que na verdade era apenas um eclipse solar. Imaginamos que uma Chuva Cósmica, caiu sobre o Xingu, causando uma metamorfose em seus habitantes.

2º QUADRO: XINGU SHOPPING

E os povos do Alto e Baixo Xingu estão nas ruas explodindo de alegria. No Xingu Shopping, "templo de consumo", os índios de várias tribos se esbarram, afim de adquirir toda espécie de produtos e agitam no Café Tucano, Lanchonete Tucunaré e Perfumaria Vitória-Régia, todos a consumir as novidades de Miami.

3º QUADRO: ZONA FRANCA DO XINGU

Enquanto isso, no outro lado da aldeia, índios de baixa renda não podendo comprar no shopping, consomem os similares na Zona Franca do Zingu, que já sob influência do homem branco, este tipo de comércio passa a funcionar na aldeia. Através das divinas muambeiras, tudo e todo tipo de muambagem circula pelas tribos. São rádios carajás, relógios kuikuros, atraindo assim os turistas tupiniquins.

4º QUADRO: ESTÁDIO OLÍMPICO DO XINGU

E um grande tumulto congestiona as ruas da aldeia. É a concentração de índios torcedores se deslocando para o Estádio Olímpico do Xingu. São torcidas organizadas e uniformizadas para vibrarem com os atletas da Kuluene Volleyball, Ronuro Basketball e o Xingu Football Club. Numa alegria ímpar, independente de serem perdedores ou vencedores.

5º QUADRO: XINGU DISCO CLUB

Perdendo ou ganhando, todos vão ao Xingu Disco Club, uns para afogar suas mágoas, outros para comemorar a vitória. É um profusão de cores: os Curumins Lambadeiros se unem aos Tupinambás Samba, juntamente com os Caraiba'a Punks, para brincar, pois ninguém resiste aos ritmos quentes do samba, funk e rock'n roll. Imaginem então o resultado da união de nossos índios mais o G.R.E.S. Colorado do Brás juntos. Loucura total. Por isso, insistimos em dizer que: Deu a Louca no Xingu!

 


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