Introdução:
Durante todo decorrer da história dos povos, a LUA exerceu verdadeiro fascínio sobre o homem. Seja no ponto de vista puramente astrológico, ou mesmo no campo das tradições populares. Desabrochado mês a mês, tão perto, e, no entanto ainda tão longe de nós, a LUA permanece quase desconhecida da maioria dos homens. A euforia que se segue após os primeiros passos do homem sobre nosso satélite, deu origem a uma nova etapa na maneira de sentir pensar e agir sobre a LUA.
1º PARTE - A LUA E A HISTÓRIA DOS HOMENS (MITOLOGIA)
OS GREGOS
Selene era o nome pelo qual os povos gregos chamavam a LUA, sendo que duas divindades era ÁRTEMIS (Deusa), filha de ZEUS e de LETO, irmã gemia de Apolo, era uma das três deusas virgens do OLIMPO (VESTA, ATNA, ÁRTEMIS), (APOLO, é seu oposto representa o SOL, aparecerá no enredo como forma explicativa). Virgem, ele é, paradoxalmente, a deusa do parto e, como tal, deusa lunar, virgem mais protetora das crianças, ela é representada, às vezes, com 20 (vinte) seios.
OS ROMANOS
Diana, deusa ambivalente, ora aparece como protetora, (protegia sobretudo crianças e mulheres grávidas) ora vingativa (Virgem vingativa que transformava seus opositores em animais para que seus cães os devorassem). Era habitualmente as três fases do ciclo lunar (crescente, minguante e desaparição) bem como as três etapas da vida (infância, juventude e maturidade) ainda os três níveis do mundo (céu-terra-inferno).
OS JUDEUS E ÁRABES
A LUA simboliza o povo hebreu, sempre em busca de nova morada NOMADES, mudando de lugar perpetuamente. Para os judeus como para os Árabes é de certa forma para os cristãos a LUA é o regulador dos atos religiosos. A exemplo disso a festa da Páscoa que alguns séculos foi fixada apenas em função de uma fase da LUA, Atribuíam também às forças dos movimentos da LUA e a fertilidade do Solo.
OS CHINESES
A astrologia chinesa ao contrário da nossa, baseia-se num calendário lunar, onde cada período de duas horas, como cada ano, caracteriza-se por um animal emblemático representados pela ordem: Rato, Boi (ou Búfalo), Tigre, Lebre (ou Gati), Dragão, Serpente, Cavalo, carneiro, Macaco, Galo (ou Galinha), Cão, Porco. Cada animal está relacionado com uma hora, um mês ou um ano.
O ÍNDIO
Conta a lenda dos Índios urubus que: Maíra, terra mãe de toda a natureza e céus, criara Lumiã, mãe das águas e dos peixes representada por Jací (A LUA) e Arapiã, o Fogo, representado por Guarací (O SOL). Houve uma grande disputa entre os dois pelo poder Maíra, transformou os dois em flechas e os atirou para o céu, para que dessa forma eles não cruzassem no espaço dando origem as duas divindades opostas dos URUBUS-KAAPOS.
Concluímos assim que, para os povos antigos a LUA simbolizava tudo que está em mudança: O tempo que passa, o sonho que foge, o animal ou o homem que se transformam, o ciclo que muda e recomeça etc. Símbolo de desestabilização a LUA é igualmente o símbolo da esperança, pois, anuncia a vida e que a esperança é a primeira virtude Humana.
2º PARTE - A LUA NAS TRADIÇÕES POPULARES
Tradição popular e conhecimento científico, são coisas que aparentemente se opõe, mas na verdade, na maioria dos casos pode-se chegar à comprovação cientifica de uma tradição por outro lado há conhecimento que embora cientifico não faz parte da sabedoria popular.
O ECLIPSE
Os eclipses raramente são considerados como de bom augúrio e sempre são interpretados como um acontecimento dramático.
Os chineses que também conheciam a mecânica celeste, tem por tradição a antiga idéia de que os eclipses são provocados pela conduta desregrada dos soberanos e de suas esposas.
Para os Árabes, a LUA empalidece de desgosto diante dos acontecimentos vergonhosos que ela prevê.
Cristóvão Colombo, ameaçado de morrer de fome na Jamaica, com seu pequeno exército, conseguiu obter alimentos, ameaçando os caraibas de retirar a Luz da LUA, logo se iniciou o eclipse e eles se renderam.
Os peruanos, temiam o eclipse lunar achando que esta ao perder a cor morreria se chegasse a perda total da luz, assim chicoteavam os cães na esperança que a LUA ouvindo clamor desse animal preferido seu, desistisse de morrer.
A LICANTROPIA
(Lobisomem) - Licantropia é a metamorfose de um ser humano em lobo. Durante a Idade Média acreditava-se que esta transformação acontecia nas noites de LUA cheia, as Lobisomens corriam pelos campos sendo temidos até pelos homens mais corajosos. No Brasil, acredita-se que filhos de padres são amaldiçoados e carregam este Carma.
AS BRUXAS
Marcadas por um horrível destino como punição de pecados. As mulheres que teên essa marca são bruxas que como Saturno devoram seus filhos ou assistem esse espetáculo, sem nada fazerem, mais uma vez a marca da qualidade de comportamento das pessoas influenciadas pela LUA.
3º PARTE - A SEDUÇÃO NA NOITE
O LUAR
Tomando como forma deste fenômeno a celebre canção francesa:
MEU AMIGO PIERROT
EMPRESTA-ME TUA PENA PARA ESCREVER UM VERSO,
MINHA CANDEIA ESTÁ MORTA,
ABRE-ME A PORTA PELO AMOR DE DEUS,
Nesta pare nos imbuiremos de todo romantismo onde a
LUA surgira como fonte inspiradora dos poetas,
enamorados e seresteiros apaixonados onde a trilogia
do amor ( Pierrot, Colombina e Arlequim) aparece com
síntese de toda essa inspiração.
OS SERESTEIROS DA LUA
Da época em que os acendedores de lampiões faziam o romantismo aflorar e o luar fazia o cenário e trazia a inspiração aos versos.
OS NAMORADOS
Num reino onde sete luas perfaziam uma lunação. Eros torna-se Deus do amor e seu emissário, um cupido sedutor, se encarrega de com sua flecha colocar o amor em pares que se enamoravam.
O LUAR
As noites de LUA CHEIA quando a alva espuma das ondas do mar as praias vem beijar e seus raios prateiam a alava areia, esta assim formando o cenário ideal para um LUAR, onde jovens que de dia se arriscam em revoltas ondas, ai mergulham nos méritos destes raios embriagantes.
A BOSSA NOVA
CELI E TONY CAMPELO, com a música BANHO DE LUA são exemplos vivo de como nessa fase da música popular brasileira a lua foi cantada e descantada. Há quem afirme que a lua foi a musa da Bossa Nova.
O LUAR DO SERTÃO
Catúlo da Paixão Cearense, tão bem soube expressar o sentimento e a alma do sertanejo e o seu apego a vida e a paisagem bucólica onde nas noites a viola como companheira fazia nascer a canção no coração.
4º PARTE - O DESENCANTO
A conquista do Espaço
O homem chega a Lua
Os poetas da lua sentem essa agressão a sua musa
inspiradora e cantam
"LUA, MINHA AMADA,
TE LAMENTAS DO PROGRESSO
MAS NÃO FIQUES PREOCUPADA
AINDA ÉS MUSA DOS MEUS VERSOS" - Dilson Pinheiro
NOTA
Este trabalho é dedicado ao grande artífice do carnaval: IZIDORO SANTOS.