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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.E.S. IMPÉRIO DE CASA VERDE - CARNAVAL 2000
Enredo: Descobrimento ou Invasão? Eis a Questão!

O Grêmio Recreativo
Autor: Marco Aurélio Ruffin

 

Arabutã, terra onde o azul do céu é mais azul.

O sol brilha mais forte e desponta no horizonte anunciando um novo dia.

O Uirapuru canta despertando "índios" de todas as tribos que aparecem aos milhares como que brotando da terra. Caminham em direção ao rio para pedir a Yara fartura na pescaria que vai durar o dia todo.

Sente-se no ar um aroma agradável, plantas e flores criam um cenário exótico, onde uma infinidade de borboletas voando em todas as direções iniciam um bailado de sonhos. Os animais caminham pela floresta em busca de alimento.

É como se a vida estivesse a orquestrar a natureza!

Com a chegada da noite, as estrelas no céu fazem da escuridão um espetáculo de rara beleza, tornando-se completo com o surgimento da luz, banhando a natureza com sua luz prateada.

O ambiente apresenta um clima de mistério. É aí que o "índio", no centro da aldeia, ao lado do fogo, aproveita para contar histórias de magia, de guerras e de heróis místicos. Elas envolvem o bem e o mal, vida e morte, dia e noite, água e fogo, sol e lua, terra e infinito, estrelas e cometas, além de florestas, trovões, relâmpagos, chuvas, homens, animais, pássaros, insetos, peixes, sonhos e espíritos.

Esses elementos fazem parte de seus rituais, suas criações artísticas e festivas em que se pode observar a forma, a cor, movimentos e sons.

Desse jeito o gentio da terra (indígena), manifesta seus mais puros sentimentos.

O "índio" festeja a liberdade refletindo a própria natureza, com a qual vive em completa integração. Por isso é feliz.

E sempre foi assim ano após ano, século após séculos... Até a data cristã de 22 de abril de 1.500.

- Um bravo guerreiro avistou treze "canoas grandes" invadindo seu território. Ao ver aqueles homens brancos e barbudos imaginou que eram seres sobrenaturais e gritou: Caraíba (mesma designação dada a profetas indígenas ou de um ser mitológico).

O "índio" mitificou o português como se fosse uma divindade.

O português mitificou o "índio" como um ser sem alma.

Este momento para o português ficou marcado como o descobrimento de uma nova terra, batizada com o nome de Brasil.

Para os indígenas - reais donos da terra, foi marcado como uma invasão que levou a sua civilização à escravidão, ao genocídio e ao extermínio.

 


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