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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.E.S. IMPÉRIO DE CASA VERDE - CARNAVAL 1998
Enredo: No Império Reina o Reisado

O Grêmio Recreativo
Autor: Raul Diniz

 

Qualquer que seja nossa filosofia de via a cor da nossa pele, a origem de nosso país, todos temos em comum algo de muito importante: um profundo amor pela nossa terra. Nós acreditamos que uma demonstração de amor é a de procurar conhecer este nosso país-continente.

A Império de Casa Verde, deseja que você saiba mais sobre sua terra ou simplesmente participe da nossa viagem através de tipos e costumes que muitas vezes somente sobrevivem no rico folclore brasileiro ou na nossa fantasia.

NO IMPÉRIO REINA O REISADO

O panorama folclórico brasileiro é muito vasto, por isso é difícil apresentar em poucas palavras uma visão integral dessa imensidão. O folclore estuda a expressão de sentir, do pensar, do agir, do ser social, do homem na sociedade em que vive.

Somos um país em desenvolvimento, em mudança e progresso, portanto é um erro dizer que uma área ou região é mais rica em folclore do que a outra. Para esse ano, a Escola de Samba Império de Casa Verde, pretende apresentar um pouco da riqueza da nossa cultura popular que contou com a contribuição desde a exploração do pau-brasil, a cultura do açúcar, o boi que em passos lerdos ajudou a ganhar o sertão, os garimpeiros, o café, os colonos com sua miscigenação de línguas e os costumes, os índios, os negros e os brancos contribuíram muito nos fatos folclóricos graças a interação e a manifestação da vida popular em sua totalidade.

O reisado foi introduzido no Brasil colônia pelo portugueses, é um espetáculo popular das festas de natal e reis, cuja ribalta é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir de 24 de dezembro, saem os vários reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando, os músicos tocam sanfona, pandeiro, caixa de guerra e zabumba. Ao chegar nas portas das casas ou na praça, cantam pedindo licença. Fazem louvações aos donos da casa ou dos cercados e agradecem os comes e bebes oferecidos, depois cantam a retirada ou despedida, que vieram do Oriente para visitar o menino Jesus em Belém.

O grupo tem uma função religiosa devocional. É um rancho alegre que sai tocando, cantando, louvações, repetindo a história do nascimento de Jesus, saúdam a quem visitam e pedem contribuições para a festa. Percorrem as cidades nordestinas com a representação do teatro ambulante simulando pequenas lutas de espadas entre reis e fidalgos.

No reisado encontramos alguns personagens que se apresentam também no bumba-meu-boi. As figuras são variadas rei, rainha, secretário, guias e contra guias, mestre, contra mestre, palhaços, lira, embaixadores, embaixatriz, estrela, índio peri e sereia. A coreografia é muito simples: corrupios, gingados, galopes, pisa mansinho...

Os chapéus dos participantes são ricamente enfeitados. Há cópia das tiara do papa, reproduções de fachadas de igrejas com suas torres, são riquíssimos e levam meses e meses para fazê-los. São as peças mais atraentes enfeitadas de fitas douradas, estrelas e espelhinhos.

Os espelhos são simples enfeites, tem uma finalidade mágica e funcionam como um amuleto, servem para o choque de retorno, todo o mal, os maus olhados, os maus desejos que baterem nos espelhos voltarão contra quem desejou.

O fato folclórico é antes de tudo, vivo e utilizado pelo povo, os brasileiros tem grande acervo de tradições populares que devem ser conhecidas. Os povos que esquecem e as desprezam acabam perdendo consciência do seu próprio destino. Mais ama o povo quem a ama em suas tradições.

 


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