PRÓLOGO
Baseado na obra de Darcy Ribeiro. O povo
brasileiro, e em diversos escritos de Mário de Andrade e Euclides da
Cunha, o enredo do Águia de Ouro busca visualizar, dentro do universo
onírico permitido pelo carnaval, os fatos históricos formadores da nossa
característica como povo.
O Brasil é formado por três culturas
básicas, índio, branco e negro, que serão destacadas ao longo do
desenvolvimento do desfile.
ENREDO
O Brasil, nação da esperança, é cantada
pelo Águia de Ouro, num desfile de sonhos. O sambista procura suas
origens como brasileiro. Procura seu rosto na história de sua gente.
O Águia de Ouro, iluminado pelas
divindades, canta o seu sonho de como o povo brasileiro se formou. Povo
criado à imagem e semelhança dos Deuses.
As culturas se fundiram formando o rosto
forte de esperança que reluz no cenário mundial.
O país que esbanja riquezas naturais tem
como sua maior riqueza um povo que tem a alegria como brasão.
O Águia de Ouro inicia o seu sonho
vislumbrando o Quilombo das três raças, o ouro sagrado dos deuses e
pergunta sobre a sua origem. Através de uma viagem ao passado passa a
ver sua história. Vê-se na pele dos bandeirantes. Homens que desafiavam
os mistérios e perigos das matas em busca de riquezas. Vê-se índio, dono
da terra e amante da natureza. Contempla a arara sagrada que o leva até
Morenah, o paraíso sagrado dos índios, onde a vida não possuía fim.
Foi o Jesuíta nas Missões que defendeu os
índios, que tentou criar uma cultura cristã-indígena.
Vê-se na pele de Zumbi dos Palmares, negro
com força e com graça, o guerreiro da raça que lutou pela liberdade.
O sonho termina quando o folião descobre
que o Brasil é uma grande festa onde a magia está presente em todos os
elementos de sua cultura. O Brasil traz dentro de si um mundo de
felicidade. O gigante adormecido desperta na avenida.
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