A LUZ QUE BRILHOU LÁ NA PEDREIRA
É A COROA DO MEU REI XANGÔ
CAÔ, CAÔ MEU PAI, CAÔ, CAÔ.
SUA JUSTIÇA SÓ TARDOU, MAS NÃO FALHOU
O NEGRO ESBANJA FELICIDADE
SEMENTE QUE A MÃE ÁFRICA PLANTOU
ESQUECEU O HOMEM DO DINHEIRO
O SUFOCO DO NEGREIRO
A CORRENTE QUE ARRASTOU.
CALOU-SE A CHIBATA DO FEITOR
DO MAIS NEGRO CATIVEIRO
FICOU A MIGALHA CONSUMIDA NA SENZALA
É A FEIJOADA O PRATO MAIS BRASILEIRO.
CANTOU PARA XANGÔ
UM CANTO DE AMOR
AO SOM DO TAMBOR
BATEU CABEÇA NO CONGÁ
O NEGRO SOFREU
MAS NÃO PERDEU A FÉ NOS ORIXÁS
NO RIO DE JANEIRO DAS MÃOS DA PRINCESA
A LIBERDADE E A ESPERANÇA
E OS FILHOS DE XANGÔ
TIVERAM A GLÓRIA COMO HERANÇA
O MANDATÁRIO DA POTÊNCIA MUNDIAL
O PRESIDENTE DO SUPREMO NACIONAL
O ATLETA ESPETACULAR
COM O SOCO NO AR COMEMORAVA O GOL
SOU AMIZADE E TRAGO NO PEITO
FÉ E RESPEITO A SUA LEI XANGÔ |