Eu sou cabra da peste
Lá do nordeste, valente
sertão!
Trilhei meu caminho
bordei de esperança
Trazendo a saudade no meu
coração
Cheguei ao eldorado
abençoado
Meu sonho agora é
realidade
Com fé no meu santo,
“padim ciço” é proteção, devoção
Sou a história e tenho
estórias pra contar
Do folclore popular
Vem provar o sabor do meu
tempero
A culinária é “arretada
pra daná”
Delícias da minha terra
Sarapatel, baião de dois
e vatapá
São Paulo, terra da garoa
de gente tão boa
Que em teus braços me
acolheu
Se hoje sou um vencedor
Te agradeço meu amor
A noite é um convite pra
dançar
Vem forrozear até o dia
clarear
No xote, no xaxado, no
baião
Puxa o fole sanfoneiro
Arrasta pé no São João
E hoje sou um filho deste
chão
Mantendo a tradição e a
cultura
Na grande festa da
integração
Nesse embalo me leva amor
A minha alma é
nordestina, “sim sinhô”
Tucuruvi hoje é a voz da
nossa gente
Que tem orgulho em dizer
oxente!