"... Educação é 
							política, não é neutra. É bom lembrar que numa 
							cultura como a nossa, violenta e agressiva, é muito 
							difícil mudar a prática escolar".
							
							"... Neste imenso 
							quadro negro que é o quadro do País"
							
							É baseada nesta 
							afirmação, que a nossa escola vem exigir educação. E 
							nada mais justo quando se fala em educação, saudar o 
							grande eterno mestre Paulo Freire.
							
							"... 
							
							Falar de Paulo Freire é evocar 
							mananciais de lucidez. É descobrir  torvelinhos de 
							protesto justo e valoroso em favor da esquecida 
							dignidade de toda pessoa. É referir-se a uma tenaz e 
							serena vigília pela liberdade dos oprimidos, pela 
							educação e pelo domínio de si mesmo. 
							É reafirmar a 
							convicção profunda de que todos devemos colaborar 
							com a grande aventura do acesso ao conhecimento, do 
							despertar do imenso e emblemático potencial criativo 
							que habita cada ser humano. Falar de Paulo Freire é 
							levantar-se contra a miopia do reducionismo 
							econômico e abrir de par em par as janelas da 
							criatividade e do esforço. É, também, alçar o vôo da 
							imaginação e do sonho, frente ao mesquinho 
							procedimento daqueles que ficam contabilizando seus 
							compatriotas em enquetes e eleições, sem procurar 
							torná-los cidadãos plenos na vida pública.
							
							Paulo Freire é, com 
							sua longa e brilhante trajetória na arte de educar, 
							uma figura lendária. Não há outra pedagogia que a 
							pedagogia do amor. E da inquietude: a pedagogia que 
							situa a todos – homens e mulheres – na cornija do 
							exercício de sua responsabilidade, de sua decisão 
							sem ingerências externas, no fio exato das luzes e 
							das sombras, entre o nevoeiro e o resplendor, aí 
							aonde a liberdade é essência, cume e razão de cada 
							vida.
							
							Podemos oferecer-vos, 
							filhos, interrogações múltiplas e mínimas certezas. 
							Podemos oferecer-vos o ímpeto de nosso esforço 
							permanente para diminuir vossa perplexidade e 
							dar-vos confiança. “Podem porque crêem que podem”, 
							proclamou Virgílio. Somente a educação e o 
							conhecimento de cada um permitem esperar. Esperar em 
							si mesmo e nos demais; esperança ainda mais 
							necessária quando a tormenta se aproxima e o vento 
							se intensifica. “A ave canta enquanto o galho da 
							árvore crepita, porque conhece a força de suas 
							asas”. Alvaro Cunqueiro expressou desse modo 
							magistral a força íntima que proporciona o saber. 
							Dar a cada pessoa o domínio de si mesma, a 
							capacidade de traçar no espaço infinito do espírito, 
							o próprio desenho de sua forma de ser e projetar."
							
							Frederico Mayor
							
							A obra de Paulo Freire 
							está orientada para a emancipação da pessoa humana, 
							para a liberdade dos povos e a justiça social entre 
							os homens, para a democracia autêntica como 
							soberania popular e para a paz entre os cidadãos, 
							num clima de humanização e de conscientização 
							tencionava alfabetizar, politizando, 5 milhões de 
							adultos. Estes poderiam, pela lei vigente da época, 
							fazer parte, em futuro próximo, do ainda restrito 
							colégio eleitoral brasileiro do início dos anos 60. 
							Tinham votado na recente eleição presidencial, na 
							qual saíram vencedores o Sr. Jânio da Silva Quadros 
							e João Belchior Goulart, apenas pouco mais de 11 
							milhões e seiscentos mil eleitores.
							
							No seu processo de 
							alfabetização, estes novos eleitores, provenientes 
							das camadas populares, seriam desafiados a perceber 
							as injustiças que os oprimiam e a necessidade de 
							lutar por mudanças. As classes dominantes 
							identificaram a ameaça e, obviamente, colocaram-se 
							contra o Programa, que, oficializado em 21 de 
							janeiro de 1964, pelo Decreto nº. 53.465, foi 
							extinto pelo governo militar em 14 de abril do mesmo 
							ano, através do Decreto nº. 53.886.
							
							"... Sua obra teórica, 
							reflexão sobre sua prática, tem servido para 
							fundamento teórico de trabalhos acadêmicos e 
							inspirado práticas em diversas partes do mundo, 
							desde os mocambos do Recife às comunidades 
							barakumins do Japão, passando pelas mais consagradas 
							instituições educacionais do Brasil e do exterior.
							
							Tal influência abrange 
							as mais diversas áreas do saber: pedagogia, 
							filosofia, teologia, antropologia, serviço social, 
							ecologia, medicina, psicoterapia, psicologia, 
							museologia, história, jornalismo, artes plásticas, 
							teatro, música, educação física, sociologia, 
							pesquisa participante, metodologia do ensino de 
							ciências e letras, ciência política, currículo 
							escolar e política de educação dos meninos e meninas 
							de rua."
							
							"... Da vida de Paulo 
							Freire
							
							Na alfabetização"
							
							"... Se você não sabe 
							ler
							
							Não vai saber plantar
							
							Porque não vai saber
							
							Que plantando tudo dá
							
							Milho, arroz e 
							macaxeira
							
							Feijão e carne jabá"
							
							Gostaríamos de 
							esclarecer que a redação não é obra nossa, (como diz 
							o ditado: Nada se cria). Assim sendo como texto 
							utilizado possuí um alto nível, não nos atrevemos a 
							alterá-lo. Servimos apenas de um compilador dos 
							vários textos e das pesquisas realizadas. Porém cabe 
							ressaltar que a Educação é Cidadania e como tal deve 
							ser praticada. O ser humano sem esta prática é um 
							ser vegetativo, sem direitos, e cerceado do vôo para 
							liberdade.