Era um vez...

Estava na concentração montando uma alegoria para que a minha escola querida pudesse apresentar no carnaval e de tão cansado adormeci e sonhei...

... sonhei que estava lá na África num quilombo chamado Malungos (na linguagem iorubá, malungos que dizer companheiros, amigos), e estava havendo uma grande festa. Era uma espécie de mostra de países, cidades, povos e tribos africanas.

Nações procedentes de toda a África mostravam, das mais diversas formas, a vida de sua gente, do seu povo, de sua população, enfim de seu país.

A África, que é o segundo maior continente do mundo estava em festa. 30 milhões de quilômetros quadrados, 53 nações. Terra quente de geleiras eternas; grandes montes, rios imensos, lagos gigantes e dos super desertos. Ilhas belíssimas e paradisíaca; dos oceanos titãs Atlântico e Índico.

Cada povo mostrava o que tinha. Povos e raças diversos.

De arte e cultura de instrumentos, dança, música, escultura, lendas e contos populares, costumes, aparelhos e outros.

Eram mais de 1.000 línguas e dialetos, numa representação fantástica dos atuais 750 milhões de africanos, mostrando um grande continente fértil e promissor.

Gente dos campos, das savanas, do deserto, dos lagos, dos mares e das cidades. Eram reverenciados os deuses, orixás, sacerdotes, credos e crenças. Era visto o orgulho africano.

Eu via grandes nomes, verdadeiras lendas, que fizeram a história. Narravam as suas epopéias ou suas biografias. Como fizeram revoluções, guerras, cerimônias, combates e rebeliões. Como se libertavam do colonialismo, escravidão e apartheid.

Verdadeiros libertadores e líderes. Eu vi homens fabulosos.

Uma das grandes atrações da mostra eram os animais. Cada um mais bonito que o outro. Os mais lindos. Os Maiores. Pequenos. Exóticos. Outra grande atração era flora. Vegetais estranhos. Flores lindas. Exclusivas. Eram fascinantes e charmosas.

Nas amostras de recursos minerais também foram exibidos os maiores produtores do mundo. E eram muitos. De um continente que será a grande certeza do século 21.

Havia também muitas atrações sobre a história e turismo de um continente que é o berço da humanidade, embora muitos não reconheçam.

Acordei assustado com um grande alarde de pessoas numa arquibancada. Era a apuração dos resultados do carnaval. Companheiros e amigos, os malungos da escola faziam uma grande festa.

Minha escola tinha ganho o carnaval.