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		A partir do século XV, os portugueses 
		realizaram grandes viagens pelo Oceano Atlântico, com o objetivo de 
		encontrar mercadorias para serem vendidas na Europa. Numa dessas viagens 
		a esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, chegou a costa 
		brasileira. 
		Dia 09 de março de 1.500, o porto de 
		Lisboa estava movimentado. As caravelas vão partir, o rei D. Manuel dá 
		as últimas ordens à Cabral. 
		Esta expedição era muito importante para o 
		desenvolvimento do comércio, Cabral deveria trazer a maior quantidade 
		possível de mercadorias da Índia. Porém no dia 22 de março a esquadra, 
		por causa de uma calmaria, desviou da rota e seguiu viagem, porém no dia 
		21 de abril avistaram aves e plantas marinhas, estavam perto de alguma 
		terra, no dia 22 de abril avistaram um alto monte que foi chamado de 
		monte Pascoal e as praias da terra de Vera Cruz, no dia 23 de abril a 
		esquadra aproximou-se da costa, no dia seguinte desembarcaram e chegaram 
		ao local que foi chamado de Baía de Porto Seguro, logo após Frei 
		Henrique de Coimbra rezou a primeira missa em terra firme. 
		Os primeiros contatos entre os portugueses 
		e os habitantes da nova terra, que depois foi chamada de Brasil, 
		provocaram muita admiração e espanto de ambos os lados. Eram diferentes 
		em tudo, no aspecto físico, na língua, e no modo de viver. 
		Após os primeiros contatos entre os 
		portugueses e os índios deu-se início à colonização. Para colonizar o 
		Brasil era preciso desenvolver aqui atividades econômicas que dessem 
		maiores lucros que o pau-brasil que já era comercializado, como o açúcar 
		era um produto muito procurado pelos europeus, os portugueses se 
		dedicaram inteiramente ao plantio de cana-de-açúcar. 
		Como os índios não se adaptavam a 
		trabalhar como escravos nos canaviais os portugueses trouxeram os negros 
		que eram mais obedientes e melhores agricultores. 
		A lavoura da cana-de-açúcar no Brasil 
		Colonial, desenvolveu-se em enormes propriedades rurais, latifúndios, 
		com a utilização de trabalho escravo. Para formar essas grandes fazendas 
		o governo português doava sesmarias aos colonos (sesmaria era uma grande 
		extensão de terra, que os colonos deviam cultivar as terras com seus 
		próprios recursos). O rei para ajudar os colonos facilitava o 
		fornecimento de instrumentos agrícolas, tais como: machados e enxadas, 
		bem como o cobre e o ferro para a construção de engenhos. 
		A lavoura açucareira trouxe várias 
		mudanças importantes para o Brasil, tais como econômica, geográfica e 
		social. 
		Durante muito tempo da escravidão, 
		formaram-se muitos quilombos no Brasil. O mais importante foi o Quilombo 
		de Palmares no atual estado de Alagoas, que resistiu durante 65 anos às 
		tentativas que os senhores de engenho e o governo colonial faziam para 
		destruí-lo. 
		O Quilombo era formado por várias aldeias, 
		chamadas de mocambos. O mocambo tinha um chefe, os chefes elegiam o mais 
		forte e corajoso para ser o rei do quilombo. O primeiro rei de Palmares 
		foi Ganga-Zumba, após sua morte, foi substituído pelo seu sobrinho Zumbi 
		que reinou por muitos anos, trazendo com a verdadeira raiz para a 
		liberdade, e toda cultura negra que até hoje existe no Brasil. 
		A divisão do Novo Mundo entre Portugal e 
		Espanha determinada pelo Tratado de Tordesilhas jamais foi aceito por 
		franceses e holandeses, que invadiram e tentaram formar colônias em 
		terras brasileiras, mas logo foram expulsos. 
		Missionários catequizando o índio, 
		bandeirantes a procura de ouro, estes foram os exploradores do sertão 
		brasileiro. 
		Durante o século XVI, a colonização do 
		Brasil ficou apenas no litoral, onde era cultivada a cana-de-açúcar, nos 
		séculos XVII e XVIII, deu-se a ocupação do interior, os colonos 
		começaram a afastar-se do litoral e penetraram no sertão desconhecido. 
		O avanço pelo sertão deu-se principalmente 
		aos seguintes fatos, atividades missionárias dos padres, catequizando os 
		indígenas, a criação de gado, as expedições de bandeirantes buscando 
		novas fontes de riqueza, principalmente metais preciosos. 
		Já no início da colonização os portugueses 
		fizeram algumas tentativas de explorar o interior, essa expedição foi 
		chamada de Entrada. As Entradas partiam de São Vicente, Porto Seguro e 
		Salvador e tinham as seguintes finalidades: Procurar ouro, explorar o 
		território brasileiro e aprisionar índios. 
		Um pouco mais tarde, já no século XVII, 
		novas e mais importantes expedições seguiam para o interior, as 
		Bandeiras eram grandes expedições que partiam geralmente de São Paulo, 
		penetravam pelo sertão ultrapassando a linha de Tordesilhas. As Entradas 
		eram organizadas pelo governo não iam além da linha de Tordesilhas, as 
		Bandeiras ao contrário eram organizadas por particulares e ultrapassavam 
		os limites de Tordesilhas. 
		A Bandeira de Fernão Dias Paes, percorreu 
		o sertão de Minas Gerais durante sete anos, chegou até o Vale do Rio 
		Jequitinhonha, e descobriu umas pedras verdes, parecidas com valiosas 
		esmeraldas, mas eram apenas turmalinas quase sem valor, Fernão Dias 
		então retornou à São Paulo, pois morreu de maleita, as margens do rio 
		das Velhas. Sua Bandeira foi muito importante porque abriu caminho para 
		outros sertanistas, que acabaram por encontrar ouro. 
		A descoberta do ouro iniciou uma nova 
		época para o Brasil, a riqueza trazida pelo ouro fez surgir cidades 
		importantes e foi responsável por grandes mudanças na vida da colônia. 
		A notícia da descoberta do ouro atraiu 
		milhares de pessoas para a região das minas, gente de todo o Brasil, e 
		também de Portugal dirigiram-se para lá. Com os mineradores, chegaram 
		numerosos escravos e índios. 
		Esse povoamento intenso, ligado às minas e 
		ao comércio do ouro, deu origem à muitas cidades, vilas e povoados, tais 
		como São João Del Rei, Mariana, Vila Rica, atual Ouro Preto. A mineração 
		foi uma das mais importantes etapas da economia colonial trazendo 
		mudanças nas áreas econômicas e sociais. 
		A partir do século XVII, ocorreram 
		revoltas em diversas regiões do Brasil. Embora muito diferente umas das 
		outras, todas elas mostram o descontentamento dos habitantes da colônia 
		contra vários aspectos da situação do Brasil. 
		As principais revoltas que aconteceram no 
		Brasil colonial foram: Revolta de Beckman em São Luis do Maranhão, 
		Guerra dos Mascates em Olinda, Recife, Inconfidência Baiana em Salvador, 
		Revolta de Felipe dos Santos, Guerra dos Emboabas, Inconfidência 
		Mineira, em Vila Rica, Minas Gerais. 
		Em 1.808, ocorreu um fato de grande 
		importância que trouxe muitas conseqüências para o futuro do Brasil, a 
		família real mudou-se para cá. A vinda da família real foi motivada por 
		uma série de problemas que estavam acontecendo na Europa naquela época. 
		Napoleão Bonaparte, imperador da França, 
		já dominava quase toda a Europa, a Inglaterra era outra grande potência 
		da Europa. Napoleão não tinha condições de submetê-la a seu poder porque 
		a marinha inglesa era superior a da França, daí o imperador francês 
		chegou à conclusão que a única maneira de conseguir que a Inglaterra 
		fosse dominada pela França, seria dificultando as atividades econômicas 
		dos ingleses. 
		Por isso, Napoleão decretou o bloqueio 
		continental, pelo qual proibia as nações da Europa Continental de 
		comerciarem com a Inglaterra, nenhum país europeu poderia vender ou 
		comprar produtos ingleses. 
		Para Portugal era muito difícil cumprir as 
		ordens do Governo Francês. Portugal devia muito dinheiro aos ingleses. 
		Além disso, o comércio com a Inglaterra 
		era muito importante para a economia portuguesa. Por esse motivo os 
		portugueses não obedeceram ao decreto Francês. Então Napoleão resolveu 
		atacar Portugal. 
		A fim de se prevenir dessa invasão, o 
		príncipe regente D. João aceitou o conselho da Inglaterra e mudou o seu 
		governo para o Brasil, a vinda de D. João trouxe grandes mudanças para o 
		Brasil. A mais importante foi a abertura dos portos, pela qual o Brasil 
		ficou livre para comerciar com outras nações. 
		Depois com a elevação à categoria de 
		reino, nosso país deixou de ser colônia de Portugal, embora permanecesse 
		unido a ele, com um só governo. Depois de D. João ter ido embora, o 
		Brasil tornou-se independente, separando-se de Portugal e passando a ter 
		seu próprio governo. 
		De lá pra cá o Brasil foi tomando o seu 
		rumo, foi se aperfeiçoando na área da educação, literatura, arquitetura, 
		música, ourivesaria, esculturas e artes, tornando-se assim uma grande 
		metrópole, mundialmente conhecida e respeitada. 
		Vivemos hoje em plena época da informática 
		com todo modernismo. Depositando em nossas crianças a fé e esperança de 
		um futuro promissor para o nosso querido e sempre amado Brasil. 
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