
Mesmo com vários obstáculos o Brasil foi descoberto em 1500, e em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia portuguesa, na recém-descoberta América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das primeiras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa. Pernambuco torna-se a mais promissora das capitanias da Colônia Portuguesa na América. Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses que, entre 1630 e 1654 ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, estabeleceu-se no Recife, fazendo-a capital do Brasil holandês e traz para Pernambuco uma forma de administrar inovadora.
Os povos e a diversidade caminham de mãos dadas desde o início da formação do Estado de Pernambuco. Heterogeneidade é a palavra que descreve o povo pernambucano. Na sua formação, o Estado teve um elevado número de imigrantes portugueses, italianos, espanhóis, árabes, judeus, japoneses, alemães, holandeses, ingleses e africanos, além da forte influência Indígena na qual Pernambuco é uma denominação nas línguas indígenas locais da tupi Paranã- Poca, que significa "onde o mar se arrebenta", uma vez que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredes de recifes de coral, deixou também como maior herança a arte da pesca, sua deliciosa culinária e seu artesanato em palha, osso, barre etc.
Trata-se de um caldeirão cultural de riqueza ímpar, traduzida no jeito de ser de uma gente que aprendeu, desde sempre, a lutar por liberdade. O espírito guerreiro e o amor pela terra vêm desde os primórdios. Foi esta garra que fez com que os pernambucanos se unissem para derrubar o domínio holandês no estado em 1645, quando teve início a Insurreição Pernambucana. O movimento foi o responsável pelo começo de um sentimento conhecido como pernambucanidade.
Povo festeiro, acolhedor e trabalhador, dedicado à arte de receber bem e de cultivar as tradições, celeiro de artistas plásticos, personagem, poetas e escritores reconhecidos em todo mundo.
Não por acaso, o estado é conhecido no país como um dos que têm a cena cultural mais viva. Sem falar em um de seus maiores movimentos o carnaval, que é a maior festa não só dos pernambucanos, mas de todos que visitam o estado na época dessa democrática festa seja na capital, nas praias, no interior, como o Zé Pereira que com seu tambor anuncia a chegada do carnaval foi introduzida na folia com uma música adaptada e traduzida de uma peça teatral francesa e se transformou no nosso verdadeiro hino carnavalesco, sendo tocado até hoje.
"E viva o Zé Pereira, pois a ninguém faz mal, e viva a bebedeira nos dias de carnaval".
As festas aconteciam em meio a brincadeiras que variavam de acordo com o local e o grupo social envolvido. Os típicos bailes foram importados dos carnavais de Paris e Veneza e a festa começou a ganhar forma e características típicas de nosso povo.
As festas se tornaram tão populares que se expandiu pra as ruas, exemplo o Galo da Madrugada, o maior bloco de rua do mundo (segundo o Guinness Book), também tem o maracatu, o caboclinho, o coco de roda, a ciranda e o maior de todos os representantes o frevo! O ritmo, aliás, é único e teve origem no próprio estado como outros, o forró, o xaxado o balão sendo divulgado mundialmente por um de seus filhos mais ilustre Luiz Gonzaga também é a terra do São João o período junino no estado é um dos mais tradicionais do país. A cidade de Caruaru, no agreste, é o ponto central onde acontecem 30 dias de festa. Mas não só é nesta cidade, onde acontecem os festejos, da capital ao interior são muitas as homenagens ao Santo.
Tudo isso é apenas uma demonstração da rica cultura de Pernambuco que é, antes de tudo, um estado marcado pela diversidade cultural, uma cultura que orgulha os pernambucanos, tem uma população que respira e valoriza essa cultura, passando de geração em geração, verdadeira referência para o mundo que fazem de Pernambuco um caldeirão cultural, mas que só pode ser sentida em sua alma em seu Estado. Por isso, para conhecer um pouco mais do que o povo pernambucano tem a oferecer não basta estudar e ler... Faça como o Vale Encantado tem que experimentar.
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