::.. CARNAVAL 2016 - G.R.S.C.E.S. PÉROLA NEGRA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  05/02/2016
Ordem de entrada:  1
Enredo:  Do Canindé ao Samba no Pé! A Vila Madalena nos Passos do Balé
Carnavalesco:  Fábio Borges
Grupo:  Especial
Classificação:  13º
Pontuação Total:  264,0 - [Vejas as justificativas]
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Geraldo Bezerra - "Dinho"
Diretor de Carnaval:  Comissão de Carnaval
Diretoria de Harmonia:  Valmir Telles
Mestre de Bateria:  Mestre Nê
Intérprete:  Juninho Branco
Coreógrafo da Comissão de Frente:  Oyama Queiroz
Rainha de Bateria:  Carmen Mouro
Mestre-Sala:  Everson Sena
Porta-bandeira:  Gisa Camillo
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO
AO VIVO DA AVENIDA

Samba Enredo

COMPOSITORES: JAIRO ROIZEN/CELSINHO MODY/GUGA MERCADANTE/NANDO DO CAVACO/MARCELO ZOLA/SIDNEY ARRUDA/FILOSOFIA DILEY/XANDINHO NOCERA

É NA GINGA DA DANÇA... QUE EU VOU
SOLTA O CORPO E BALANÇA... AMOR
VEM VER COMO É QUE É, SAMBAR NA PONTA DO PÉ
PÉROLA NEGRA VEM NOS PASSOS DO BALÉ


É CARNAVAL, A MINHA VILA CONTAGIA
A JOIA RARA TE CONVIDA PRA DANÇAR
O SOM DA MATA ECOOU EM SINFONIA
A REVOADA CORTANDO O AR
DAS ÁGUAS, O BAILAR DA SUTILEZA
CELEBRANDO A NATUREZA
O ÍNDIO CANTOU E DANÇOU A NOITE INTEIRA
DA FÉ RITUAIS EM LOUVOR, ÔÔ
TEM CHEIRO DE MATO, O SOM DA VIOLA EMBALOU

NEGRO FIRMA O BATUQUE NA PALMA DA MÃO
VEM NO TOQUE DE ANGOLA, LEVANTA A POEIRA DO CHÃO
FAZENDO FESTA PRO SEU REI COROAR
"SEMBA" IOIÔ, SAMBA IAIÁ!


EH SANFONEIRO PUXA O FOLE BEM LIGEIRO
PRA FOLIA COMEÇAR
BATE ZABUMBA E PANDEIRO
TEM QUADRILHA NO ARRAIÁ
NAS RUAS O POVO ESPALHA ALEGRIA
A BOEMIA ENCONTRA O SEU "SANTO LAR"
DE PORTAS ABERTAS A CULTURA
RITMANDO A MISTURA DA ARTE POPULAR
OLÉ, OLÉ, OLÉ, OLÁ,
FAZ MAIS UM EU QUERO VER A GALERA DELIRAR
E NESSE EMBALO LÁ VOU EU
NA "VILA MADALENA"
SAMBA ATÉ QUEM JÁ MORREU!

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo

Autor: Fábio Borges

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O território onde hoje se situa o bairro de Vila Madalena fazia parte de uma imensa floresta, cenário grandioso onde era encenado um apoteótico bailado. Os sons da Mata Atlântica criavam uma sinfonia selvagem, de ritmo bárbaro e grandioso, enquanto bandos de araras num sincronizado vôo exibiam sua coreografia aérea. Na sinuosa dança das águas dos igarapés, cardumes de peixes encenavam seu balé aquático. No chão, animais dançavam para seduzir suas fêmeas, e serpentes em suave dueto deslizavam entre arbustos. Embaladas pelo vento, as árvores iam e vinham num ritmado "balancê".

Os índios, como parte integrante dessa imensa floresta, cantavam e dançavam por qualquer motivo, inspirados por esse balé da natureza. Presos aos tornozelos dos hábeis bailadores, chocalhos feitos de seixos, sementes e dentes, marcavam o compasso da dança. Canindé, Canindé, cantavam e dançavam pedindo vitória na guerra.

Os jesuítas, em seu processo de catequese, para atrair os silvícolas introduziram as danças nativas nos rituais da nova religião. Criaram versos em tupi para os cateretês que os índios dançavam em frente às ocas. Adultos vestidos de penas e listrados de urucu, acrescentavam o crucifixo a seus adornos, e compunham as orquestras onde a guararapeva acompanhava o canto e a dança dos novos rituais.

Nessa "zona rural" de São Paulo de Piratininga, passavam tropeiros com seu imponente bailado equestre, e os "cortadores de mato" dançavam a catira e o fandango.

Os negros, que se refugiaram nessa "vila dos farrapos", ao fugir da escravidão, encontraram na música e na dança o consolo à crueldade dos castigos que tentavam esquecer. A grande variedade de instrumentos de percussão facilitava a execução de notável polirritmia, com um extenso quadro de danças dramáticas fetichistas, os batucajés, ou as alegres danças profanas, os desenfreados batuques. Aqueles vindos de Angola praticaram aqui os rituais de coroação do Rei do Congo. Um belo cisne negro em seu vôo migratório, fascinado pela dança dos homens de sua cor resolve ficar por aqui.

Quando essa Vila Madalena não passava de um amontoado de casas e pequenas chácaras, seus moradores iam de casa em casa encenando a Folia de Reis, e dançavam a quadrilha em volta de fogueiras.

Mas o espírito festivo que conhecemos na Vila Madalena de hoje, chegou com os estudantes da USP, "dançarinos saltimbancos" que encheram o bairro de alegria e irreverência.

Chegaram os hippies e seus cabelões , e o som do roqueiro Piriri "balançou" os bares e as ruas da "Vila Woodstock". Entre girassois, purpurina, harmonia e simpatia, a irreverência dançou no "Santa Casa". A Feira da Vila abriu as portas para a entrada de "bailarinos giramundo", brincantes que chegaram com a capoeira, o frevo, o reisado, o maracatu, o boi-bumbá e a gafieira.

Dançarinos foliões vindos do mundo inteiro escolheram a vila como cenário para a encenação da gigantesca "ôla" que deixou saudades depois da Copa do Mundo.

Pelas ruas que dançam num sobe-e-desce, os blocos carnavalescos arrastam multidões: SACUDAVILA, Os Madalena.........

Pois é mesmo o samba, PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DO BRASIL, que traduz a alma dançante da Vila Madalena. Ao som da bateria da Pérola Negra, até os mais silenciosos vizinhos, os moradores do Cemitério São Paulo, vão "balançar o esqueleto".

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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