::.. CARNAVAL 2014 - G.R.C.E.S. EXPLOSÃO DA ZONA NORTE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  03/03/2014
Ordem de entrada:  1
Enredo:  No coração do Brasil, o Leão da Zona Norte se depara com lendas e magias das tribos indígenas
Carnavalesco:  Emerson Branco
Grupo:  3
Classificação:  12º
Pontuação Total:  175,3 - [Vejas as justificativas]
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Luciano Quintino da Silva
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Leonardo Silva
Porta-bandeira:  Virginia Costa
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Nova pagina 2
COMPOSITORES: ARMÊNIO POESIA/ MAURINHO DA MAZZEI/ TUCA MAIA/ XANDINHO


PAJÉ, FEITO UM LEÃO VALENTE
TRAZ O PODER NA SEMENTE
INCORPORANDO A FONTE DO SABER
AMAZÔNIA...
EM TUAS MÃOS A VIDA VAI RESPLANDECER
ENTRE LENDAS E MISTÉRIOS CONHECI
O BOTO COM O DOM DE SEDUZIR
UM LINDO CANTAR ME FASCINOU
DO UIRAPURU PRA TER DE VOLTO O SEU AMOR

TEM FESTA NA ALDEIA, UM RITUAL
LUAR CLAREIA, ILUMINA O CURUMIM
FEITIÇARIA PRA CURAR O MAL
é A MINHA ALEGRIA NÃO TER FIM


NA MITOLOGIA CAIAPÓ
ME ENVOLVO NESSA TEIA UNIVERSAL
A FORÇA E A CORAGEM SE ENCONTRARAM
E ALÇARAM UM VOO REAL
CANANXIUE
AS LÁGRIMAS INVOCAM PROTEÇÃO
DAS MATAS É O GRANDE GUARDIÃO
VEM NOS DEFENDER DE NOVO
COM SABEDORIA A PURIFICAÇÃO
PAJELANÇA PRO MEU POVO

SOU ÍNDIO GUERREIRO, DA TRIBO EXPLOSÃO
VOU MIRAR MINHA LANÇA NO SEU CORAÇÃO.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Márcia Miranda

No continente americano, as lendas indígenas fascinam gerações. Ligadas à magia e feitiçaria, tem o poder de doutrinar índios mais jovens e arredios, além de ser a fonte de passagem do conhecimento de seus antepassados.
 
As lendas indígenas estão diretamente ligadas aos fatos ocorridos ou à crença dos índios em que plantas, animais, igarapés, rios e mares possuem protetores que exigem respeito e inspiram temor.
 
No pulmão do mundo e coração do nosso Brasil está a Amazônia, berço de tribos indígenas, habitat de animais espetaculares de nossa fauna, de flora peculiar e muito rica em lendas, mitos, folclore, magias e sabedoria.
 
É para este universo mítico e poderoso que o nosso Leão da zona norte seguirá, em busca de desvendar seus mistérios, adquirir sabedoria e mergulhar nas aldeias indígenas, em seus rituais, lendas e magias. O poder da cura para os males do corpo, do respeito aos sagrados animais, aos frutos desta terra, plantas e flores. É assim que tudo começa... O leão se transformará no grandioso pajé e adentrará a maior floresta do mundo, que detém a maior concentração de água doce e diversidade do planeta.
 
A nossa viagem tem início no artesanato indígena, nos vasos marajoaras fabricados pelos índios da Ilha do Marajó. Estas peças são decorativas e utilitárias, como vasos, potes, urnas funerárias, machados, bonecas, entre outros. Os entalhes no barro representam animais, chamados de zoomortificados, ou são semelhantes à forma humana, chamados de antropomortificados, geralmente os entalhes são misturados e são chamados de zooantropomorfos.
 
O pajé-leão na floresta se depara com o Curupira, um menino de cabelos cor de fogo e pés virados para trás. Conta a lenda que é o protetor da mata e de seus habitantes. Por ser muito veloz, possui o dom de encantar as pessoas fazendo com que se percam pela floresta.
 
O nosso pajé não se deixou enfeitiçar pelo Curupira, logo mais adiante encontrou a Cobra Grande - Boiúna, cuja lenda diz que é filha de uma índia que engravidou e deu à luz a duas crianças. A índia jogou as crianças no rio para matá-las, mas as crianças sobreviveram e foram criadas como cobras d'água. Maria e Honorato eram os nomes das crianças, sendo ela cruel e má, e ele bondoso e meigo, então em uma luta fatal, Honorato mata Maria e livra a floresta de suas maldades. Após a luta, Honorato faz um ritual para se tornar humano novamente, tornando-se um bravo soldado.
 
Às margens do rio, o pajé substitui suas garras por nadadeiras e observa o Boto Cor - de- Rosa, um belo rapaz de andar desajeitado, todo de branco, com um chapéu que cobre parte de seu rosto e o buraco que tem no alto da cabeça. O Boto aparece nas festas à noite, seduz moças donzelas, que por ele se apaixonam ao primeiro olhar. Depois de conseguir o que deseja, corre para o rio ou igarapé e mergulha, não voltando mais a ver a moça, transformando-se em boto novamente.
 
Encantado com estas lendas fantásticas, o nosso pajé ouve o canto do Uirapuru, outro animal mítico e substitui as nadadeiras por asas para seguir o Uirapuru, que é um guerreiro transformado em um maravilhoso pássaro, para poder se aproximar de sua amada, sendo o seu canto o mais lindo de todas as aves da floresta Amazônica, O Uirapuru vem de dentro das matas, canta para sua amada e para as matas volta, esperando que ela um dia descubra o seu canto e encanto.
 
Seguindo o Uirapuru, o nosso pajé chega à aldeia, sendo recebido pelos curumins, as crianças da tribo, e pelos curadores, pajés curandeiros que segundo o Xamanismo transmitem conhecimento sobre rituais e plantas medicinais, que portam poderes espirituais ocultos de evocação das entidades e mantêm uma ligação direta com os deuses, detentores da sabedoria maior. Em sinal de respeito e admiração, o nosso pajé os saúda com danças evocando os ritmos curadores da aldeia.
 
Em clima de festa, o nosso pajé é convidado a conhecer os rituais e magias da aldeia, começando pelas lendas dos animais terrestres.
 
Presencia o ritual da tucandeira, denominado o Ritual da Coragem como rito de passagem dos curumins para a fase adulta. Por meio deste ritual se mede a coragem do guerreiro, onde o curumim veste uma luva feita com folha de bananeira e palha, cheia de formigas tucandeiras em seu interior, devendo este permanecer com a luva por determinado período de tempo, sempre acompanhado de cânticos e danças.
 
O nosso pajé é presenteado com um caçador de sonhos, um artefato indígena que filtra sonhos ruins, feito com um aro de bambu e em seu interior é tecida uma teia, como a das aranhas, por onde passam os sonhos. A teia das aranhas representa o povoamento da Terra na mitologia Caiapó, ou seja, a teia de aranha representa que o mundo está interligado através da teia universal. Mas os índios também temem o lado negativo das aranhas, considerando-as grandes bruxas.
 
Na simbologia indígena, os animais são seres sagrados que representam deuses, instintos e sentimentos, sendo assim, cada animal está ligado a uma lenda.
 
O gavião-real é a ave mais forte da Amazônia. Bela e agressiva é muito respeitada pelos índios. Segundo a lenda, esta ave de garras afiadas, ataca pessoas e come crianças, porém dizem os pajés que a finalidade desta lenda e espantar os homens brancos deste animal, que está desaparecendo da floresta por causa da caça indiscriminada e destruição de seu habitat natural pelos desmatamentos das áreas florestais.
 
Existe a lenda de Cananxiuê, senhor das matas, animais, montes, águas e flores, onde está entidade poderosa desceu do céu em forma da grande arara-vermelha para buscar seu filho Uadi, nascido do ventre de Tainá-racan, esposa do guerreiro Maluá. O senhor Cananxiuê apiedou-se pelo choro da índia por seu filho e fez nascer o pequizeiro, cujo fruto pequi é cor de ouro, com aroma inesquecível, como o seu filho Uadi. Tornando-se este outro animal sagrado para os índios.
 
Segundo a tradição Guarani, a coruja representa o grande espírito Pai-Mãe-Criador, Nanandu, sendo que este se manifestou na forma de uma coruja, criando a sabedoria.
 
Dentre todos os animais, o mais respeitado pelos índios da Amazônia é a onça-pintada. Também chamada de jaguar é o maior felídeo de nosso continente. Segundo a mitologia Maia é sagrada por ser o símbolo da coragem, representando o guerreiro da selva. Nas tribos, os índios passam a gordura deste animal no corpo das crianças, pois acreditam que lhes dá força. A ingestão desta gordura na ponta de uma flecha torna-os mais corajosos, como se fosse uma poção mágica de um feiticeiro. Por sua pele ser muito apreciada pelo homem branco, encontra-se ameaçada de extinção.
 
Depois de tantas descobertas o nosso pajé-leão transforma-se no pajé-curador para dar início ao último e grandioso momento da apoteose, com o ritual da cura. Pedindo a proteção dos índios Xamantes Guardiões, inicia-se a pajelança, a cerimônia xamanistica que promove a cura, que evoca o espírito por meio de cânticos, danças e a purificação do local, até que se obtenha a receita da cura.
 
É assim que a Explosão da Zona Norte e o nosso pajé-leão convidam a todos para esta viagem maravilhosa e a participarem do nosso ritual final de cura do corpo e da mente. Com muita alegria vamos expor o nosso respeito, aos sábios índios, às suas lendas, mitos e ritos. Além do imenso respeito à nossa floresta Amazônica, aos nossos animais e à natureza como um todo, buscando a conscientização de todos para um mundo melhor, saudável e equilibrado.
 
Obrigado a todos e tenham um excelente carnaval!!!!

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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