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		No trato com 
		os indígenas era necessário ferro, pois eram atraídos por anzóis e 
		facas. Em uma carta de 1553 o Padre Manoel da Nóbrega, já nos brindava 
		com a informação que existiam aqui em São Paulo, ferreiros para o 
		trabalho. Mas só em 1607 é que Diogo Quadros em companhia de seu cunhado 
		Francisco Lopes Pinto, principiaram a funcionar o engenho de Nossa 
		Senhora da Assunção do Ibirapuera, que se localizava a beira de uma 
		afluente do Rio Pinheiros (onde hoje se localiza o Centro Empresarial). 
		Pois ali havia minérios de ferro argiloso de cor branca, as vezes de cor 
		vermelha. Neste local o metal corria em buchos, numa rocha quartzoza. 
		Neste princípio o processo de fundição era provavelmente uma imitação do 
		usado na Galizia Espanhola, onde limitava-se a construção de um forno de 
		refino e uma pequena forja onde o minério de ferro era trabalho, com um 
		grande fole de couro movia-se a mão e o vento era soprado, enquanto era 
		estirado o ferro por longos martelos de cauda. 
		
		Em 11 de 
		agosto de 1609, perante o tabelião Simão Borges Cerqueira, Diogo Quadros 
		e Francisco Lopes Pinto assinaram termos de Escritura de Sociedade sobre 
		a extração de ferro. É interessante ressaltar que esta foi a primeira 
		siderúrgica da América. Visto que o mais antigo forno dos Estados Unidos 
		data de 1622 e situava-se no estado da Virgínia. Fazia-se neste engenho 
		de ferro de Santo Amaro sendo o minério de baixa qualidade apenas 
		artigos toscos tais como: foice, enxadas, cunhas, machados, almocafres, 
		pregos, cavilhas, verdugos e terçados. O engenho de ferro existiu por 20 
		anos, liquidando-se com a morte de Luiz Fernandes, e com o confisco de 
		bens de Cornélio de Arzão. No processo que Francisco Lopes Pinto, fora 
		também ameaçado de processo do qual se livrou a tempo, fazendo prova de 
		sua limpeza de sangue do pioneirismo deste homem, Santo Amaro passou a 
		figurar na história, sendo o berço da siderúrgica nas duas Américas. 
		
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