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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
A.C.S.E.S. MOCIDADE CAMISA VERDE E BRANCO - CARNAVAL 2016
Enredo: Nas águas sagradas de Oxum, Iemanjá e Oxalá, Camisa Verde dá um banho de alegria !

O Grêmio Recreativo

Autor: Anselmo Brito

Introdução

Hoje, o samba traz no seu batuque a magia africana. Vem pedindo bênção e proteção aos Orixás Oxum, Iemanjá e Oxalá, senhoras e senhor das águas, para purificar a todos ao banhar-se com suas águas sagradas. Esta relação remete à nossa própria existência, partindo do princípio que nos desenvolvemos em uma bolsa de água (placenta), durante nove meses. E a partir daí, esta coexistência em nossas vidas: água para beber, para lavar, para curar e também purificar.
A ligação com este elemento da natureza é tão antiga, quanto à história da própria Humanidade. Pois existem muitas formas de se encontrar com a água. Mais que um hábito de higiene, o banho é também reflexo da cultura de um povo, assim como de seu tempo e de suas crenças. Entre o público e o privado, a história do banho acompanha a trajetória das civilizações.
O que será reproduzido e apresentado em nosso desfile é um caminho surpreendente entre o Ocidente e o Oriente, feitos de ciência e de fé, relatado ao longo da História, e será contado por personagens anônimos e lendários aproximados três mil anos.
Do antigo Egito ao Brasil atual, o banho sofreu transformação , assim como, o Universo. Entretanto alguns ritos permanecem quase intocados, como se o banho fosse uma necessidade inquestionável, vital e eterno, pois em toda Civilização, a cada período da História, tivera o seu banho, e cada banho o seu significado.

Sinopse

A história do banho, público ou privado, sagrado ou profano é uma tradição milenar. Em nome da religião, da beleza e da saúde, civilizações celebraram e amaldiçoaram o ato de banhar-se...
Com as bênçãos de Oxum, Iemanjá e Oxalá, e suas águas sagradas de muito axé, vem a Camisa Verde e Branco, banhando o seu povo.
Hoje, nós iremos “mergulhar” de corpo e alma no azul cristalino das águas do tempo, para contarmos e celebrarmos a trajetória do banho. Partimos de três mil anos atrás, até a atualidade.
Os primeiros registros do ato de se banhar pertencem aos Egípcios, que realizavam rituais sagrados nas águas e banhava-se diariamente, dedicando-se este ato, às suas divindades. Além de limpar o corpo, os Egípcios presumiam que a água purificava a alma. Esta crença era válida tanto para realeza quanto para as populações mais pobres. O banho tornou ato de luxúria e adoração.
A Grécia foi um dos locais em que o banho prosperou devido às suas avançadas técnicas de distribuição de água. O banho também era uma extensão necessária da prática de ginástica, onde os gregos antigos evocavam a proteção dos deuses durante o banho. Os gregos tomavam banho por prazer; e para ter uma vida longa e saudável, motivados pela higiene e espiritualidade. E os mesmos foram louvados pelos diferentes tipos de banhos, tendo como práticas, os “banhos - púbicos”.
Embora os gregos tenham iniciado a prática dos banhos públicos no ocidente os pioneiros em banhos coletivos foram os babilônios.
Os turcos utilizavam-se das técnicas de banho como forma de adoração. Acreditava-se, que lavando e perfumando o corpo às suas orações, purificava assim às suas preces. Como no Haman, prática esta de meditação, entre os pecados do corpo e a limpeza da alma.
No século II a.C., os romanos se tornaram o povo da antiguidade que mais se importaram em transformar o banho, em um grande evento - construindo as suntuosas Termas públicas - para todos desfrutar dos prazeres proporcionados pelo banho e de toda sua luxúria.
Os romanos e o mundo perderam seu maior prazer: banhar-se com liberdade – onde se banhar e ficarem nus em público foi entrando em declínio, à medida que uma nova religião tornava-se popular por toda Europa – o Cristianismo, que pregava a castidade e se tornou crença oficial em Roma no ano 380 d.C. Menos de um século depois a queda do Império, e de vários costumes.
Enquanto isso, a Igreja seguia cada vez “mais forte”. Foi à gota d’água para que os prazeres do banho fossem boicotados durante cinco séculos. Começava a Idade Média, o banho foi excomungado.
Sem água corrente as pessoas viravam-se como podiam. A limpeza da pele era feita apenas com um pano úmido - mesmo entre os nobres - esse ritual era repetido poucas vezes. Os cabelos deviam ser escovados com um tipo de pó e, utilizavam-se das perucas, para manter os fios limpos. E como não poderia deixar de ser, era preciso muita maquiagem e perfumes nas roupas e no corpo para amenizar o mau cheiro e as pestes.
No período das Cruzadas - Batalhas religiosas travadas entre os séculos XI e XIII – foi onde muitos puderam novamente dedicar-se aos prazeres do banho. Com a expansão marítima, os europeus foram conduzidos ao descobrimento de novas terras, denominadas de Novo Mundo - a atual América do Sul.
A chegada de homens brancos impressionou os índios - devido à sua aparência suja chamava-os de mal cheirosos e porcos. Os mesmos também observavam os indígenas- nativos das terras recém descobertas, e com eles, aprenderam diversos conhecimentos sobre limpeza e higiene contribuindo para o progresso do costume de se banhar.
O banho, atualmente, é associado ao cuidado com a pele e ao bem estar; além de deixar o corpo limpo, cheiroso; afrodisíaco e relaxante, dentre outras associações...
Hoje, o banho virou moda no chuveiro, e em banheiras. Banho de cheiro, de sol e sais para o banho. Banho de mar e de lua; banho de gato e de chuva. Ou seja - refrescar, seduzir, relaxar e estimular o corpo e alma, estão às várias finalidades e tipos de banhos, que proporcionam vastos benefícios para o corpo e para a alma.
A propósito quem banha o corpo lava a alma através da purificação, afastando as energias negativas e os maus espíritos, atraindo assim, a positividade.
É desta maneira que Camisa Verde e Branco evoca os deuses do panteão africano Oxum, Iemanjá e Oxalá para derramarem sobre todos nós às suas águas milagrosas, nos banhando com todo Axé e protegendo este elemento tão precioso para a Humanidade: a água.

Montagem do Enredo

Comissão de Frente: Águas sagradas de Oxum, Iemanjá, e Oxalá
1 Primeiro casal M.S.P.B: Egito a arte milenar de se banhar
Ala1: Baianas (Águas do rio Nilo, o grande banho á céu aberto)
Alegoria: Abre-Alas Templo grego, Sagrado banho dos deuses.
Ala 2: O prazer de banhar-se conquista as civilizações
Ala 3: Babilônios, banhos com aromas e perfumes
Ala 4: Os Turcos e seus banhos de purificação
Ala 5: Romanos, a suntuosidade do banho
Ala 6: A delicia de se banhar é excomungada
Alegoria 2 ( A idade das trevas - O período da imundice)
Ala 7: Santa inquisição (O banho é condenado pela fé)
Ala 8: A corte é perfumada
Ala 9: A sujeira é disfarçada na corte
Ala 10: Cavaleiros Templários (O resgate do ato de se banhar)
Ala 11: Caravelas ao mar. Os portugueses (O banho navega rumo ao Brasil)
Ala 12: Índios (Ensinamentos encantados do banho nativo)
Alegoria 3 (As limpas e formosas índias do novo mundo)
Ala 13: O moderno banho de chuveiro
Ala 14: Banho, Numa banheira de espuma
Ala 15: A sensualidade do banho de gato
Ala 16:Banho de mar e cachoeira
Ala 17:Banho de sol e de lua
Ala 18: A lavagem do Bom Fim (Um banho de devoção)
Ala 19:Bateria( Os babalorixás e o banho de axé)
Alegoria 4 (Aos orixás a nossa fé Quem banha o corpo lava a alma

 


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