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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.S. UNIDOS DO VALE ENCANTADO - CARNAVAL 2014
Enredo: Olodum: A luta continua !

O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

SURGIMENTO (ORIGEM)
 
A palavra OLODUM é de origem yoruba e no ritual religioso do candomblé significa "Deus dos Deuses" ou "Deus maior", OLODUMARÉ, que não representa um orixá, e sim, o Deus criador do universo.
 
Olodum tem a cor verde que representa as florestas equatoriais da África, o vermelho o sangue da raça negra, o amarelo o ouro da África, o preto o orgulho da raça negra, o branco a paz mundial.
 
INFLUÊNCIA DOS DEUSES AFRICANOS
 
Os africanos prezam muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes, morte etc. Não utilizavam textos e nem imagens para se basearem, mas fazem seus ritos a partir do conhecimento repassado através de gerações antigas.
 
Os tambores são tão ancestrais como o próprio homem, os primeiros tambores foram feitos na pré-história para o homem cultuar seus deuses, acreditava que a pele de sua caça esticada em troncos de arvores reproduzia o choro do animal morto, foi com esse grande "remorso" e a consagração da morte de sua caça que se deu os princípios da religião e a origem dos tambores. Seu toque revela a arte de conectar-se com a Mãe Terra e com nosso eu interior, sintonizando nosso coração ao coração dela, e de viajar ao mundo do invisível, constatando nossa ancestralidade e todos os reinos da natureza.
 
A dança originou-se como parte essência da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre uma atividade grupal, geralmente enfeitam o corpo com tinta para tornar seus movimentos mais expressivos. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses.
 
FONTE DE INSPIRAÇÃO
 
A Revolta dos Búzios (nome dado devido ao fato de os revoltosos usarem búzios presos no punho para facilitar a identificação entre si), também conhecida como a revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana que propunha um movimento que assumiu imenso significado para a história do país, pois os seus ideais estavam muito à frente de seu tempo. Pregavam a Proclamação da República, o livre comércio, a abertura dos portos e a abolição da escravatura um século antes do mesmo acontecer.
 
Compartilhavam dos ideais de Igualdade, liberdade e fraternidade colocados em circulação na Europa do século XVIII, graças à Revolução Francesa. Conviviam com a cruel escravidão e um país em precárias e insalubres condições de vida para o povo. Era um momento de caos social! Tudo isto fez com que surgisse, num primeiro momento, uma articulação entre os jovens negros conscientes. Na linha de frente destacavam-se o alfaiate João de Deus do Nascimento, os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Manoel Faustino dos Santos e o jovem Lucas Dantas, que tinham em comum a consciência racial; conviviam e combatiam a discriminação da qual eram vítimas, sabiam ler e escrever pessoas essas que na manhã de agosto de 1.798 iniciam uma panfletagem como forma de obter mais apoio popular e incitá-los à rebelião. A cidade amanheceu com um manifesto que dizia palavras de liberdade, igualdade e justiça, o que as autoridades coloniais chamavam de "abomináveis princípios franceses".
 
Após a delação feita por pessoas infiltradas no movimento, os líderes da revolução foram presos um a um. Durante essa fase, centenas de pessoas foram denunciadas; E no inquérito aberto pelo governo, apareciam nomes importantes e influentes da Bahia. Nesta hora, todos tentaram se livrar acusando uns aos outros dizendo que nada tinham a ver com aquela revolta. Apenas quatro líderes, em atitudes heroicas mantiveram-se firmes em suas declarações: não negaram, e sim, confessaram a participação; tiveram a bravura de mártires, sendo condenados à morte por enforcamento.
 
NASCIMENTO
 
O Bloco Afro Olodum foi fundado 25 de abril de 1979, pelos moradores do Maciel Pelourinho, na Rua Santa Isabel, no bairro do Pelourinho Bahia/Brasil.
 
Depois da estreia no carnaval de 1980, a banda conquistou quase dois mil associados e passou a abordar temas históricos relativos às culturas africana e brasileira. O primeiro LP da banda foi chamado de "Egito, Madagascar" e foi gravado em 1987, ele estourou na Bahia com a música "Faraó", a ideia deste LP foi homenagear as raízes do grupo e mostrar ao Brasil a Mamma África, e também apresentar como surgiu o grupo (do batuque as influências dos Deuses africanos). Pouco depois, o Olodum passou a ser conhecido internacionalmente como grupo de percussão afro-brasileira e excursionou por muitos países de diversos continentes.
 
IDEAIS
 
Na época o Pelourinho era reduto de marginalidade e prostituição, e as únicas metas do bloco eram chamar a atenção para a degradação do centro histórico de Salvador e divulgar a música, a dança e os costumes africanos. Três décadas e muitos trabalhos de inclusão social depois, o Olodum ajudou o mundo a abrir os olhos e o coração para o Pelourinho. Boa parte dos seus casarões foram restaurados e revitalizados. O centro histórico recebeu da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura fundou-se a 16 de novembro de 1945 com o objetivo de contribuir para a paz e segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações.) o título de patrimônio cultural da humanidade e, desde então, é a atração mais visitada pelos turistas que chegam à capital baiana.
 
O Olodum desenvolve ações sociais e ideológicas no combate à discriminação social estimulam a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas são fatores importantes para o combate à desigualdade na Bahia, no Brasil e no mundo, uma prova que nem sempre é preciso pegar em armas para lutar pela igualdade social; basta apenas dedicação e identidade!
 
A luta pela igualdade muitas vezes dura a vida inteira, como a Intolerância religiosa e racial que é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de outros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política. Pode-se também resultar em perseguições religiosas e ambas têm sido comuns através da história.
 
Quando uma pessoa chega a uma idade avançada e nota que as portas do mercado de trabalho ignoram sua experiência e se fecham para ela, como se a velhice fosse um atestado de incapacidade. Julgamento semelhante recebem os portadores de necessidades especiais, ao terem que provar, dia após dia, que são aptos a realizarem as mesmas tarefas de qualquer outra pessoa e que o fato de não enxergarem ou estarem numa cadeira de rodas não os tornam diferentes de ninguém.
 
Nos últimos anos, a mulher tem conquistado cada vez mais espaço na nossa sociedade, fruto da sua luta árdua pela igualdade de direitos com os homens, embora sofra injustiça pouco a pouco vem ocupando em todos os campos um espaço que tempos atrás não era imaginado. Há de chegar o dia em que as pessoas não serão julgadas e perseguidas por causa da sua orientação sexual, em que tanto faz ser hétero ou homossexual para a conquista de direitos civis básicos de igualdade perante a sociedade.
 
É com imenso orgulho que o Vale Encantado vem compartilhar e celebrar os ideais de Igualdade, venha conosco nessa passeata da alegria, fazer valer a luta de nossos ancestrais pela esperança um mundo melhor.

 


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