ARGUMENTO
Hoje é dia do carnaval
moderno prestar homenagem aos carnavais passados em
sua expressão musical mais marcante: As Marchas
Carnavalescas.
As popularmente
conhecidas "marchinhas" atingiram seu auge em meados
do século passado sendo que esse gênero musical
animou os desfiles dos Cordões Carnavalescos -
ancestrais das Escolas de Samba - os quais
desfilavam com as denominadas "marchas sambadas".
Posteriormente, as
marchinhas passaram a animar os bailes de carnaval,
sendo que seu sucesso passou a ultrapassar o período
carnavalesco. Muitas delas são conhecidas até hoje
recebendo, inclusive interpretações contemporâneas
como Ta-hi gravada por Carmem Miranda e que recebe
reinterpretação de Mariana Aydar, ou, Lata d'água na
Cabeça, imortalizada na interpretação de Elza
Soares.
Dentre tantos
sucessos, escolhemos alguns aos quais o samba hoje
prestará homenagem.
Do grande clássico
precursor Oh! Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga à
atual e oportuna Bota a Camisinha, de Chacrinha,
quase dá para escrever uma História do Brasil como a
do mestre Lamartine Babo.
E, se o mestre disse
que quem inventou o Brasil foi Seu Cabral, vamos
mostrar que as marchinhas inventaram o carnaval.
SINOPSE
Chiquinha Gonzaga
pede: "Oh! Abre Alas", a São Miguel vai passar.
Passar lembrando as grandes herdeiras da composição
pioneira da grande maestrina.
Dê a "chupeta para o
bebê não chorar" e entre no ritmo porque "vamos
fazer de tudo pra você gostar de nós". "E lá vai
Maria" rodopiando nesse asfalto e dizendo: "mas que
calor!" Temos alegria, cores e "bananas para dar" e
também para vender se alguém der "um dinheiro aí..."
São diversos chapéus,
diversos penteados, diversos arranjos, diversas
cabeleiras, "olha a do Zezé!" Mas também, têm "os
carecas - de quem elas gostam mais..."
Hoje pode ser até que
a "pipa do Vovô suba" porque já deram "sumiço em sua
cueca": ela virou um oportuno pano de prato pra
enxugar esse suor, esse calor. Queremos água, água
ardente, cachaça... "Cachaça ou Água?"
A noite é maravilhosa,
a festa está começando bem e, para terminar legal,
"vamos botar a camisinha", vamos meu amor? Vamos que
queremos viver, se esse coração cansado de sofrer
agüentar. Se ele não agüentar trocamos por "outro
coração, mas tem que ser corintiano".
"Quanto riso, quanta
alegria" nesta noite de carnaval. "Mais de mil
palhaços", Arlequins, Pierrôs e Colombinas nesta
avenida, chorando de amor, de alegria, de saudades
dos grandes bailes da "Cidade Maravilhosa".
O dia hoje é só de
felicidade. Vamos erguer a "bandeira branca da paz"
e navegar neste mar de gente e alegorias e, "se a
nossa canoa não virar", se tudo der certo, a gente
chega lá. Aonde? Ao título, é claro!
Bom carnaval! Para
todos nós.