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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. TORCIDA JOVEM - CARNAVAL 2010
Enredo: Divina Sedução

O Grêmio Recreativo
Autor: Pedrinho

 

Princípio dos tempos. Sob o manto azul que a terra, o sol e a lua, o casal do Cosmos, lança suas irradiações ao aprazível Monte Olimpo, lugar maior de todos os deuses. Monte Olimpo de Zeus deus dos deuses. Senhor soberano de todas as fontes de energia. Rei do Olimpo.

Criador impecável de Vênus, deusa do amor e a mais bela da Grécia. E, de Vulcano, deus do fogo e de fortes emoções. Da união desses dois deuses, nasceu Eros ou Cupido, menino que se especializou em provocar o mais desejado e paradoxal dos sentimentos: o amor. Com suas flechadas, transformava seu atingido em tresloucado amante. Um dia porém, o feitiço virou contra o feiticeiro, ao partir para flechar Psique, atordoado com sua beleza, tropeçou e, se espetou com a flecha que lhe destinara. Ferido de amor, acabou se apaixonando por Psique, sendo ao mesmo tempo correspondido por ela. Estava assim descoberta, a Divina Sedução do amor.

O amor de mil faces e mil emoções.

O amor que não tem dia e não tem hora.

O amor que é o desejo de possuir o que é bom.

O amor que está sempre desejando o belo.

O amor que vive a criar maquinações.

O amor que é virtuoso e poeta.

O amor que nos conduz ao conhecimento da beleza absoluta.

O amor dos gestos mais simples aos mais sofisticados.

O amor do mas, porém, todavia, contudo, talvez e quem sabe.

E é nessa escalada de sentimentos e emoções fortes, que atravessaremos o túnel do tempo da história, montados na carruagem grega dos sonhos, vivendo um mundo de prazer e de paixão. Prazer e paixão que Adão e Eva só conheceram pelo sacrifício e sofrimento do pecado original. Amor e pecado que formaram juntos para sempre, um laço de pecado e castigo. Condenados a viver fora do Paraíso, trouxeram consigo os primeiros símbolos do amor em forma de pecado: a cobra e a maçã. Entretanto, outros foram surgindo e permanecem indestrutíveis e cheios de sentimentos: o coração pintado de vermelho, e as rosas vermelhas sempre presenteadas e imbuídas de muita paixão, amor ou sensuais interesses.

Mas, não só as rosas vermelhas simbolizam o amor. Um amor em forma de flor atravessa os tempos é a flor do amor-perfeito, para um amor mais que perfeito. Associada ao amor romântico, duradouro, amor para toda vida.

Mas, para que todos esses sentimentos se tornem realidade, as vezes necessitamos até da ajuda de uma força maior espiritual. Em se falando de religião, não poderíamos esquecer da Índia de vários deuses, onde Krishina o iluminado, conhecido como o deus do amor, formou com Radha, o casal indiano símbolo do amor perfeito.

Da terra dos deuses e dos incensos passamos para os sonhos musicais do amor na música clássica onde Chopin e George Sand compuseram juntos os noturnos de paixão eterna.

No teatro, duas famílias preferiram a guerra entre si a reconhecer o amor arrebatador de seus filhos, Romeu e Julieta. Razão porque, tiveram que viver esse amor, unidos pela morte no túmulo da felicidade. Dos palácios de Romeu e Julieta, passamos aos palácios imperiais do Brasil antigo, onde duas paixões fulminantes atravessam os tempos da nossa história.

A primeira da escrava que virou sinhá: Chica da Silva. A pérola negra de sensuais linhas e africanos modos, que conquistou o coração do primeiro contratador de diamantes do império, o português Dom João Fernandes.

A segunda de Dom Pedro I, com seu régio uniforme de gala, com o peito a faiscar de medalhas, aparece a sorrir, heróico, e belo, diante da atordoada e deslumbrada Domitilia de Castro, e sem mais demora, tomou-lhe ardentemente as mãos, e colocou-lhe à boca um devorante e sôfrego beijo: nascia ali a Marquesa de Santos.

De um império apaixonante passamos a um triângulo amoroso que atravessa os tempos na história do carnaval: as paixões fulminantes de Pierrô - Colombina e Arlequim. História essa que uma cantiga de carnaval antiga, traduz o resultado final de tanto amor: "Um pierrô apaixonado que vivia só cantando, por causa de uma colombina acabou chorando".

Mas no mundo infantil, também temos exemplo de amor e paixão, como no filme Aladim e a lâmpada maravilhosa, onde Aladim e a Princesa Jasmine, sob as bênçãos do gênio místico e sedutor, ficam felizes para sempre.

Não menos sedutor mas, tão místico quanto, também é o exemplo de amor entre o cabra-macho capitão Virgulino de personalidade marcante e destemida e a corajosa e cheia de vontade Maria Déia, que formam até hoje ó símbolo do amor bandido: Lampião e Maria Bonita.

Entretanto, não com modos tão rudes e coragem destemida mas, com modos mais singelos, e ao som da viola que anima e consola, temos o amor brejeiro de Chico Bento e Rosinha esses "namoradim" da revista em quadrinhos tão lida e festejada. Festejada, exuberante e contagiante, como a explosão de amor de uma torcida pelo seu clube do coração, num verdadeiro exemplo do amor no esporte.

Como o da Torcida Jovem sempre leal e dedicada ao seu time do coração o Santos Futebol Clube, onde e quando ele estiver seja como for. Portanto, enquanto existirem dois corpos, dois olhares, dois corações apaixonados, ou até mesmo alguns motivos, haverá sempre um momento de prazer, em que dois lábios trêmulos e cheios de vontade, murmurarão apaixonados: Eu Te Amo.

 


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