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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.S. UNIÃO IMPERIAL - CARNAVAL 2010
Enredo: No Universo das Cores, a Saga de uma Deusa Heroína. Íris, Arco de Aliança Entre a Criação e a Redenção

O Grêmio Recreativo
Autor: Comissão de Carnaval

 

FUNDAMENTAÇÃO DO ENREDO

O Grêmio Recreativo Escola de Samba União Imperial, este ano vem, sob a proteção dos deuses gregos, elucidar uma história que desde os tempos mais antigos, povos de todo o mundo fabularam.

Contado, repetido e em evolução constante por entre as estirpes, ao mesmo tempo fabuloso e familiar, o mito grego que conheceremos forma um elo vivo desde os tempos imemoriais.

E, com a maravilhosa missão de cantar e contar no Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo esta obra que tem Íris, a deusa do arco-íris como protagonista, a família Imperial narrará que a filha de Taumas e Electra, mensageira de Zeus e Hera, numa luminosa inspiração fez das sete cores a mais sublime criação. E assim, firmou o culto humano às suas mensagens, simbolizado pelo significado destas cores.

A heroína era conhecida em seu reino por ser detentora da fórmula que possibilitou a criação das cores, mas também, principalmente, por deixar o Olimpo apenas para transmitir ordenamentos divinos à raça humana, livrando-a por vezes de seus próprios vícios, o que faz ser considerada sua conselheira.

Para inteirar esta conjunção mitológica, evocaremos o coadjuvante deste conto o arco-íris, pois somente através dele será possível alicerçar, e também desvendar a originalidade e solenidade das sete cores maculadas nos céus por Íris. Afinal, para os gregos, eram as intercessões de Íris entre os seres humanos que condicionava a ligação entre os homens e os deuses, simbolizada pelo arco-íris.

Ainda, na antiguidade, era sabido que somente após sobreviver a uma tempestade, os olhos teriam a alegria de visualizar o arco-íris.

Todavia, quando tal fenômeno se abatia com grande intensidade sobre os mortais, isto significava o desequilíbrio moral do homem, ocasionado pela quebra dos preceitos soberanos (paixão, energia, fartura, esperança, tranqüilidade, harmonia e sabedoria) delimitados pela deusa Íris, conforme significado de cada uma das sete cores.

Portanto, a aparição repentina do arco-íris através de um rastro de cores, conjeturava um significado especial, que era o sinal positivo de Íris, ao surgir no céu caminhando pelo arco formado por sete cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta) para findar a tempestade e difundir mensagens divinais aos homens, sobrepondo seus inconfessos vícios (cobiça (avareza), soberba, luxúria, ira, inveja, preguiça e gula), atos responsáveis por escoriar a ética e a moral, verdadeiros causadores da destruição de uma raça.

Por fim, é indispensável frisar que cometer um desses sete vícios não significava que a redenção não poderia ser alcançada, pois essas moléstias poderiam ser purgadas por Íris através das variáveis das sete cores, e assim, o homem realcançaria seu equilíbrio.

E hoje, conduzido pela energia e magia deste enredo, o Grêmio Recreativo Escola de Samba União Imperial adentra o Anhembi com todo o seu esplendor e galhardia.

SINOPSE DO ENREDO

A CRIAÇÃO

A perpetuação da figura de Íris se deu à beira de uma singela cachoeira de sete quedas, quando o incessante vôo de uma borboleta circundava seu caldeirão.

Era chegado o momento do segredo herdado de seus ancestrais resplandecer. Então, naquele instante a flutuante suprema divindade aterrissou no recipiente, e após adentrá-lo, transformou-se em pura pigmentação. Por sua vez, Íris recolheu sete cálices daquela água, sendo um deles de uma das sete quedas, os adicionou a substância oriunda do até então ser alado, e assim, eis a origem das sete cores.

Na seqüência, a imagem da linda deusa virgem foi agregadas um par de asas e mantos brilhantes, além de um aro de luz sobre sua cabeça, para que assim, pudesse deixar seu rastro nos céus, legitimando sua função de defensora de nobres ideais.

A DESTRUIÇÃO

Ainda, segundo a lenda, a sobreposição da crueldade dos homens era algo real, porém tangível pela bondade de Íris, uma vez que não se tratava de uma ameaça coletiva. Entretanto, jamais a deusa do arco-íris topava tal questão como trivial, pois a injustiça e a ferocidade, características dos seres humanos inferiores, queriam que figuras maléficas fossem percebidas como uma personificação da maldade concreta, para que pudessem justificar seus próprios delitos.

Era curioso, como se via, mortais se faziam deuses "infligindo o uniforme maligno, na tentativa de inverter papéis, onde o mal seria o bem".

E, naquela ótica infame, os vícios possuíam sentido contrário: a cobiça seria sábia previdência, a soberba grandeza de alma, a luxúria garantiria boa saúde física e moral, a ira seria marca de generosidade, a inveja seria baixeza, enquanto que a preguiça e a gula eram taxadas de paradoxais.

Seria possível que seres pensantes pudessem se iludir com tais sofismas de uma minoria? Seria possível que a música adentrasse as cores? Eram realmente dignos de lástima aqueles que confiante naquelas deduções degeneradas, obstinavam-se em não compreender que na luta misteriosamente representada por Íris e seus guardiões, profundo símbolo da bondade, o bem triunfaria.

A REDENÇÃO

Atos imundos da humanidade buscaram invariavelmente consumar a desonra da heroína do arco-íris. Mas, foi através de ritual inverso que o conjunto de qualidades morais foi maculado. Por isso, tabernáculos ruíram diante da vergonha e o espírito vivificante partiu para longe dos escombros sem valor, mas consigo levou para mais longe ainda a enumeração das formas malditas que a crença cega e usurpadora dos homens criou.

Tão logo, a designação da mensageira Íris foi servir de redentora de todos esses vícios capitais. A cobiça, que quando desmedida levaria à destruição, a soberba, ridícula pretensão de superioridade, a luxúria, ilustrada por desejos carnais irrestritos, a ira, destruição insana, a inveja demonstrada pela sensação de inferioridade, a preguiça, ícone do atraso de vida e, por fim, a gula, efeito de extremos, encontra seu espaço no erro, que difere da verdade, assim como as trevas da luz.

 


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