Desde o surgimento de seu surgimento no
universo, o homem sempre buscou o conhecimento em diversas áreas e não
foi diferente com a história da medicina, levando-o a uma luta constante
em prol da vida já que muitos morriam sem que houvesse alguma
explicação. Assim faremos uma viagem ao tempo, para desvendar os
segredos das antigas civilizações que colaboraram para o início de uma
descoberta que mudaria o rumo de nossa história.
Essa viagem começa no antigo Egito terra
de deuses e faraós. Por meios de descobertas arqueológicas descobriu-se
que os povos da antiguidade como os egípcios, já realizavam operações
complexas, fato este que comprova o grande desenvolvimento desse povo.
Este povo fez grandes avanços na medicina, graças ao seu sofisticado
processo de mumificação de corpos, por meio do qual muito conhecimento
sobre a anatomia humana foi adquirido. Em diversos papiros encontrados
em tumbas de faraós, são citados medicamentos e ingredientes o que
demonstra a importância dos egípcios para o processo de construção da
medicina. Além disso, os vestígios de ervas, e elementos tais como:
urinas, sêmen e fezes, dissolvidos que serviam como analgésico foram
apontados como comuns no processo de tratamento a doenças. Os médicos
egípcios segundo estudos eram chamados de Sunus (palavra equivalente a
doutor). Os Sunus dividiam-se em três grupos de terapeutas, o primeiro
grupo era o dos sacerdotes da terrível Deusa “Seckmet, acusada de ser a
principal causadora de todos os males.O segundo grupo tinha uma visão
ligeiramente diferente do assunto, para eles a doença não era um simples
castigo da deusa, mas sim um banho de maus espíritos os quais eles
tentavam exorcizar. Já o terceiro grupo é que parece mais se aproximar
dos médicos como vemos hoje, pois recebiam instruções médicas da chamada
‘Per Ankh”que significa "Casa da Vida", era a faculdade de medicina da
época, onde era possível aprender todos os princípios conhecidos sobre o
funcionamento do organismo humano.
Outra civilização que muito colaborou para
a evolução da medicina foram os gregos. A civilização grega em seus
primórdios utilizou-se da matemática egípcia e de sua astronomia, para
fundamentar a filosofia e a lógica da medicina. Acreditavam na
influência dos deuses nas questões relativas à vida e a morte. As
doenças eram vistas inicialmente como um castigo divino, foi com
Hipócrates à medicina adquiriu outro sentido, ele estabeleceu os passos
principais a serem seguidos pelo médico, definindo uma metodologia de
atuação. Primeiro descobrir os sintomas, depois a doença, em seguida a
tratamento adequado para o caso. Com o passar do tempo a medicina que
antes era mágica, religiosa e empírica foi contraposta a uma medicina
baseada em testes científicos e suportes teóricos para entender e
interagir nos fenômenos que acometiam a saúde humana. O grande
conhecimento que Hipócrates obtinha criou um tipo de fórmula conhecida
como “Juramento Hipocrático” dado a seus alunos como ponto inicial em
seus estudos onde ele ligava o divino ao racional e com um só objetivo a
saúde do homem. Foi através de Cláudio Galeno que o povo greco-romano
vivenciou um grande avanço em estudos e pesquisas dos mais diversos
males. Depois disso com a queda de Roma seguiu-se um período de trevas
onde a igreja condenava as pesquisas cientificas comparando-a a
charlatanismo. A igreja condenava as pesquisas cientifica, alegando que
o homem deveria ter tolerância a dor em sinal de fé e salvação de
espírito, tornado esse um período obscuro, onde a medicina obteve poucos
avanços na Europa. Porém grandes avanços são agregados a medicina neste
período no Oriente Médio.
No Renascimento cultural a medicina volta
a progredir como ciência na Europa. Este período corresponde ao século
XV e XVI, momento em que a invenção da imprensa e o interesse pelas
pesquisas produziram um considerável impulso na ciência médica,
reforçado pelo nascimento de uma escola de arte dedicada à investigação
anatômica. Leonardo da Vinci, Michelangelo, foram grandes estudiosos do
corpo humano, e Andréas Versalius se tornou pioneiro da anatomia
científica moderna. No século XVII Wilhians Harvey fez uma nova
descoberta o sistema circulatório do sangue. A partir disso os homens
passaram a compreender melhor a anatomia e a fisiologia. Já no século
XIX o conhecimento ficou mais apurado após a invenção do microscópio
acromático, com esta invenção Louis Pasteur conseguiu um enorme avanço
para a medicina ao descobrir que as bactérias são as responsáveis por
grande parte das doenças. Foi quando no início da primeira guerra
mundial (1914-1918) que Alexander Fleming bacteriologista inglês,
descobriu a penicilina um antibiótico que mais tarde salvaria a vida de
milhões de soldados, que durante a Primeira Guerra sofriam com os
ferimentos graves. Esta descoberta foi um marco para a época já que
alguns anos mais tarde com a chegada da Segunda Guerra soldados já não
sofriam como antes, pois houve um significativo avanço na criação de
antibióticos e remédios tendo com isso um novo feito decisivo para a
saúde humana e a expectativa de vida da população. Assim surge uma nova
Era dos medicamentos um importante fator neste mesmo período que
contribuiu para um número menor de óbitos foi o surgimento da
Anti-sepsia, pois durante e após as cirurgias ainda morriam muitas
pessoas pela falta de cuidados pré e pós operatórios. Podemos observar
que após a Segunda Guerra mundial muitos foram os avanços na medicina
posto que neste período de guerra o governo destinava muitos recursos
para pesquisas nessa área.
A alta
tecnologia permitiu a descoberta de novos remédios, novas fronteiras,
enfim novos modos de interpretação dos fatos. Ajudando o homem no
conhecimento da nova medicina através do trabalho dos cientistas, que
desenvolvem por meio de suas pesquisas medicamentos capazes de curar ou
amenizar as enfermidades. Temos “como exemplo o trabalho dos
profissionais do ‘Instituto Butantã” que desenvolvem soros e vacinas
imunobiológicas em prol da saúde humana. A tecnologia auxilia na
descoberta de curas e formas de enxergar as doenças abre-se caminho
para o Raio-X , o Ultra-som e a Ressonância Magnética. Desta maneira é
possível observar as grandes transformações ocorridas na medicina desde
sua origem. Apesar dos avanços da medicina alopática muitos ainda
recorrem a cura através das ervas, do curandeirismo, da espiritualidade
e da medicina oriental para obter a sua cura buscando as suas verdades
através da medicina alternativa. Assim finalizamos essa viagem pela
história da medicina desde quando as doenças eram vistas como castigo
dos deuses até a visão que temos hoje. Os chamados “Anjos do Asfalto”,
são exemplo de dedicação no intento de salvar vidas. Diariamente temos
mudanças na área da medicina jamais imaginadas, como a cirurgia feita à
distância por meio da Tele-Medicina uma realidade virtual, que facilita
diversos, atendimentos. Dando ao homem a possibilidade de uma vida
saudável outrora impossível. Desta maneira pode-se entender a medicina
como a nobre arte de salvar vidas.
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