Em uma área de terra, preparam-se, silenciosamente,
misteriosamente, filtros e aromas; o perfume expande-se através
dos cálices das flores, e o homem, desde a Antigüidade, tem
procurado colher-lhes a íntima essência para conservá-la
longamente, e, com o tempo, transformou isso em uma arte requintada e
preciosa.
É anunciado o início do mundo!
Os guardiões da essência sagrada, liberam um magnífico
odor sobre a terra obedecendo às leis do criador, que, misturada
aos odores vulcânicos, fazem surgir de forma harmoniosa, uma verdadeira
dança aromática.
Logo depois, o homem já se faz presente sobre a Terra e, circundado
por flores e pelos seus aromas, sente nascer em si a ânsia de captar
e aprisionar os perfumes da natureza.
A rosa, pela sua essência e beleza, é apreciada e cultivada desde os tempos mais remotos para ilustrar a arte do perfume e expressar o mais belo dos sentimentos humanos: o amor.
Mais tarde, o homem primitivo aprendeu a fazer o fogo e descobriu que certas plantas desprendiam fragrâncias agradáveis quando eram queimadas. Passaram, pois a oferecê-las aos deuses como forma de agradecimento, então, graças ao progresso realizado mediante a utilização do fogo, diversos povos da Antiguidade adquiriam a capacidade de tratar, como extrair deles as oleosas essências perfumadas.
Nascido no Egito como oferenda para os deuses, o perfume era considerado o néctar dos deuses e, com ele, a alma dos mortos podia ser tocada. Os perfumes transpuseram os limites dos templos e das pirâmides e se transformaram em um acessório apreciado pelos ricos mortais.
Considerado uma espécie de intermediário entre os homens e os deuses, o perfume teve uma grande importância em diversas civilizações da Antigüidade, exercendo uma enorme fascinação dos homens a ponto de que cada divindade tivesse o seu perfume.
Os povos semitas que migraram para o Egito produziram uma literatura importante contida, sobretudo, na Bíblia Sagrada reunindo um maravilhoso registro sobre a relevância do perfume no Antigo Oriente.
A história do perfume remonta há três mil anos e as lendas que envolvem sua criação vão mais longe ainda. Foi na Índia e na Arábia que surgiram os primeiros mestres da perfumaria. Ali já havia sido criada a água de colônia, obtida pela maceração de pétalas de rosas.
Os árabes não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também tinham conhecimentos avançados de higiene e medicina.
As fragrâncias percorreram um longo e surpreendente caminho dos magos da Antigüidade aos alquimistas da Idade Média.
Na Idade Média, os cruzados conseguiam no Oriente os óleos perfumados, onde, mais tarde, os nobres e ricos de toda a Europa começariam a utilizá-lo despertando uma grande fascinação.
O perfume é relacionado a diversas coisas do mundo, é um impulso mágico do homem.
A perfumaria é uma arte alquímica, que dá total liberdade à imaginação.
Os aromas sensuais, juntamente às novas especiarias desconhecidas no Ocidente, encheram as lojas dos mercadores das cidades marítimas. Mais tarde o perfume ganha novos usos, como o terapêutico, por exemplo.
O esplendor da perfumaria florescia com a renascença. Foi então, na Europa, que o perfume desenvolveu e se popularizou. Mesmo feito ainda de forma artesanal, desempenhava sua forma social como parte dos luxos diários e necessários de toda mulher, encantando com suas doces fragrâncias e charmosos frascos, capazes de transformar os perfumes até os dias de hoje, em verdadeiros objetos de desejo.
Foi nessa época que Paris se tornou uma referência mundial em produção de fragrâncias e perfumes e fez com que os perfumes franceses conquistassem o mundo.
Embora tenha emergido na França, junto com o século XVIII, a indústria do perfume só chegou ao Brasil, junto com o século XX. O hábito de perfumar-se, veio com a Corte Portuguesa que chegou ao Brasil em 1808, fugindo dos exércitos de Napoleão. Coube a ela a tarefa de revelar ao Brasil pequenos luxos acondicionados em belos frascos, ao trazer em sua bagagem usos e costumes da metrópole.
Aos poucos uma personalidade inédita está se formando genuinamente brasileira, com valores próprios fincados em fundas raízes. Tem tudo para ser responsável pela próxima revolução da perfumaria mundial.
E assim o perfume da Rosas de Ouro é um pouco do céu que desce à terra e um pouco da terra que sobe ao céu.
...as pessoas podem fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podem tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podem escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, ela não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguido lá, categoricamente, entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio.
Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.
“... Há o poder de comunicação ao perfume que é mais forte de que palavras, de que olhar, sentimento e vontade”.
O poder de comunicação do aroma não pode ser descartado, entra dentro de nós como o ar em nossos pulmões nos ocupa completamente, não há antídoto contra ele.
Sair de casa sem borrifar a fragrância predileta, jamais!
ROSAESSÊNCIA
Não nos responsabilizamos pelos efeitos que nossas fragrâncias podem causar. |