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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.S.C.E.S. PÉROLA NEGRA - CARNAVAL 2007
Enredo: Venda como arte, comércio como sua principal representação

Carnavalescos
Carnavalesco: Jorge M. Freitas

Abertura – Dois nascimentos: Comércio e dinheiro

Durante milhares de anos as comunidades humanas tiveram uma economia de subsistência. Isso quer dizer que elas produziam tudo que necessitavam. Não havia nenhuma sobra, nenhum excedente.

Com o passar dos tempos começou o desenvolvimento da divisão do trabalho mudando toda essa situação.

As comunidades começaram a produzir mais do que elas podiam consumir, ou seja, elas já tinham condições de produzirem um excedente e começaram a trocar tudo aquilo que tinham de bom e de excesso.

Essas trocas eram exatamente o que nós chamamos de comércio, mas nem sempre as trocas comerciais eram possíveis. Afinal, quem disse que uma comunidade sempre produzia o que interessava a outra? Era necessário encontrar uma mercadoria que todos quisessem.

Para a maioria das comunidades antigas, metais preciosos raros e bonitos, como ouro, prata e até cobre, eram muito valiosos. Então os comerciantes passaram a querer receber e pagar com pedaços de metais preciosos. O dinheiro foi inventado exatamente para facilitar o comércio. Com ele, era possível comprar qualquer mercadoria.

1º setor – “Comerciantes do mediterrâneo”

Os fenícios foram os grandes comerciantes do antigo mundo mediterrâneo.

Destacavam-se pelo comércio marítimo.

Eram artesãos habilidosos e tinham como arte a fabricação de diversos produtos, que eram vendidos por eles ao longo das costas do Mediterrâneo.

Os fenícios foram os maiores navegadores da Antigüidade.

Acredita-se que os fenícios foram uns dos primeiros povos a terem contatos com os nativos brasileiros.

Há relatos de que em 1100 a.C., aconteceu a primeira viagem de uma frota fenícia ao Brasil. Eles teriam saído da costa africana atravessando o Atlântico. Encontraram correntes marítimas, que os trouxeram para terras brasileiras.

Correntezas essas, que mais tarde Pedro Álvares Cabral aproveitaria para navegar em águas tupiniquins.

2º setor – “Especiarias orientais e tupiniquins”

A frota cabralina sai de Portugal com um objetivo principal: chegar às Índias em busca de especiarias, trocar mercadorias e voltar abarrotado de produtos do Oriente.

No meio da viagem a frota foi alterada, e fazendo da mesma forma que os antigos fenícios, chegaram às costas brasileiras.

Aqui encontraram além dos nativos, diversos produtos que foram comercializados na Europa, mas o principal foi o pau-brasil, uma madeira que fornecia um corante vermelho vivo e bem bonito que rendeu bons lucros para os portugueses na Europa.

A arte da venda de produtos tupiniquins em terras européias fez com que o comércio português crescesse e rendesse muito para a coroa portuguesa.

3º setor – “Tô vendendo, vai comprar”

Tempos se passaram, e hoje somos uma grande nação, mas há alguns fatos que, mesmo com o passar do tempo, nos remetem a um passado tão desigual, mostrando o lado triste de um comércio em que se destacam: prostituição, drogas, contrabandos, pirataria e até a venda de um pedacinho no céu.

Embora o comércio possa, em alguns momentos, ter uma conotação negativa, observamos também o lado limpo e bom de uma transação que muito enobrece uma nação.

Tudo isso através do comércio globalizado faz com que o ser humano entenda que, desde a antigüidade até os dias atuais, as transações comerciais foram feitas e são necessárias para o desenvolvimento de qualquer nação, resta, porém, fazê-las com dignidade, respeito e retidão, pois, a venda é uma arte e o comécio a sua principal representação.


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