| Abertura – Dois nascimentos: Comércio e dinheiro Durante milhares de anos as comunidades humanas tiveram uma economia de subsistência. Isso quer dizer que elas produziam tudo que necessitavam. Não havia nenhuma sobra, nenhum excedente. Com o passar dos tempos começou o desenvolvimento da divisão do trabalho mudando toda essa situação. As comunidades começaram a produzir mais do que elas podiam consumir, ou seja, elas já tinham condições de produzirem um excedente e começaram a trocar tudo aquilo que tinham de bom e de excesso. Essas trocas eram exatamente o que nós chamamos de comércio, mas nem sempre as trocas comerciais eram possíveis. Afinal, quem disse que uma comunidade sempre produzia o que interessava a outra? Era necessário encontrar uma mercadoria que todos quisessem. Para a maioria das comunidades antigas, metais preciosos raros e bonitos, como ouro, prata e até cobre, eram muito valiosos. Então os comerciantes passaram a querer receber e pagar com pedaços de metais preciosos. O dinheiro foi inventado exatamente para facilitar o comércio. Com ele, era possível comprar qualquer mercadoria. 1º setor – “Comerciantes do mediterrâneo” Os fenícios foram os grandes comerciantes do antigo mundo mediterrâneo. Destacavam-se pelo comércio marítimo.  Eram artesãos habilidosos e tinham como arte a fabricação de diversos produtos, que eram vendidos por eles ao longo das costas do Mediterrâneo. Os fenícios foram os maiores navegadores da Antigüidade. Acredita-se que os fenícios foram uns dos primeiros povos a terem contatos com os nativos brasileiros. Há relatos de que em 1100 a.C., aconteceu a primeira viagem de uma frota fenícia ao Brasil. Eles teriam saído da costa africana atravessando o Atlântico. Encontraram correntes marítimas, que os trouxeram para terras brasileiras. Correntezas essas, que mais tarde Pedro Álvares Cabral aproveitaria para navegar em águas tupiniquins. 2º setor – “Especiarias orientais e tupiniquins” A frota cabralina sai de Portugal com um objetivo principal: chegar às Índias em busca de especiarias, trocar mercadorias e voltar abarrotado de produtos do Oriente. No meio da viagem a frota foi alterada, e fazendo da mesma forma que os antigos fenícios, chegaram às costas brasileiras. Aqui encontraram além dos nativos, diversos produtos que foram comercializados na Europa, mas o principal foi o pau-brasil, uma madeira que fornecia um corante vermelho vivo e bem bonito que rendeu bons lucros para os portugueses na Europa. A arte da venda de produtos tupiniquins em terras européias fez com que o comércio português crescesse e rendesse muito para a coroa portuguesa. 3º setor – “Tô vendendo, vai comprar” Tempos se passaram, e hoje somos uma grande nação, mas há alguns fatos que, mesmo com o passar do tempo, nos remetem a um passado tão desigual, mostrando o lado triste de um comércio em que se destacam: prostituição, drogas, contrabandos, pirataria e até a venda de um pedacinho no céu. Embora o comércio possa, em alguns momentos, ter uma conotação negativa, observamos também o lado limpo e bom de uma transação que muito enobrece uma nação. Tudo isso através do comércio globalizado faz com que o ser humano entenda que, desde a antigüidade até os dias atuais, as transações comerciais foram feitas e são necessárias para o desenvolvimento de qualquer nação, resta, porém, fazê-las com dignidade, respeito e retidão, pois, a venda é uma arte e o comécio a sua principal representação. |